Julia Levestein é o tipo de garota cool que vemos nos filmes. A brasileira de 23 anos mora em Los Angeles e sabe muito bem sobre o que falar quando o assunto é criar lookinhos que sejam neutros e descolados com aquele ar de "effortless" que a gente tanto ama. Entre suas maiores dicas de estilo estão o uso poderoso de batons e acessórios statement.
Sendo assim, nada mais justo do que nós a destacarmos como girl crush do dia, né? Além disso, batemos um papo com a Julia para entender como surgiu a vontade de ir para L.A. cursar negócios da música, quais os planos de carreira dela e como isso se relaciona com a moda. Amou? Então olha só nossa conversa com a bela:
Sempre gostei muito de moda, mas desde que sou novinha tenho minhas desavenças com a balança e com o meu corpo e isso sempre foi um empecilho na hora de me aventurar nesse mundo. Me custou alguns bons anos pra entender que todo corpo é único e lindo e que você pode usar o que quiser independente do seu manequim. Depois de 23 anos eu entendi que por mais clichê que seja, a roupa mais bonita que você pode usar é sua auto confiança.
Eu sempre desejei muito trabalhar com música mas nunca soube muito bem o que exatamente queria fazer. Meu sonho é poder fazer parte de um dos melhores dias da vida de alguém, mudar a vida dessa pessoa indiretamente, ter um dedinho em algo que fez alguém sorrir. Vou constantemente em shows e festivais e o que mais gosto é de observar como as pessoas recebem a música que escutam e como isso as afeta.
Todo mundo fica feliz em um show, a música mexe com absolutamente todas as nossas emoções e só eu sei o que eu sinto nesse tipo de ambiente e como essa energia me faz bem. Um show pode ser usado de escape para alguém que não esteja bem, assim como um concerto também pode unir amigos e famílias, é toda uma experiência. Para mim, é muito mais do que a performance de um artista que você gosta. Pode ser, de fato, o melhor dia da vida de alguém e eu quero fazer parte disso.
E música e moda andam juntos sempre, né? Não foi do dia para a noite que comecei a achar pied-de-poule linda. Gwen Stefani em sua época de No Doubt nos anos 90 é a maior responsável pelo sucesso dessa estampa. Assim como paête, glitter, ombreiras, couro, matching suits surgiram por causa Freddie Mercury, Tom Petty, Bowie e Rod Stewart, que serão sempre ícones fashion pra mim.
Freddie Mercury vale? Eu me inspiro muito nos meus ídolos da música na hora de me vestir, mesmo. E acho que eu sempre vou. Mas tenho minhas fases também, por exemplo agora estou amando a francesa Jeanne Damas e marcas como Réalisation Par.
Se você não sabe o que vestir, aposte em um brincão e um batom vermelho e pronto, look cool em instantes!
Uma boa calça mom. Você consegue usar a peça inspirada nos anos 90 em absolutamente qualquer ocasião.
É muito diferente morar em Los Angeles. A pior diferença é o preço, ô cidadezinha cara! Mas acho que o que eu mais senti diferença foi nas pessoas. Tem o lado bom e o ruim né. Brasileiro é mais caloroso, é mais parceiro, já LA respira arte, vive por arte. Poderia ficar aqui apontando as diferenças, mas LA é um lugar único, nunca vi nada igual. E Brasil é minha casa né.
Por incrível que pareça, sinto que o ensino no Brasil é mais puxado. Creio que na verdade a falta de flexibilidade no hemisfério sul ajuda a dar essa impressão. Sou formada em ADM na FAAP no Brasil, já estudei um tempo finanças na UCBerkeley e agora negócios da música na UCLA. Aqui você monta a sua própria grade, faz aulas que tem a ver com você, com o que você quer - o que eu, particularmente, prefiro.
Durante uma aula na faculdade, logo quando comprei o meu apartamento, conversando com uma colega de sala que é arquiteta, veio a ideia de criar esse Instagram. Começamos a trocar figurinha, mostrei todas as minhas ideias e inspirações e acabou que ela aceitou o projeto! A partir de então, criamos tudo e ela executou. Foi um perrengue, viu! Cheguei a documentar bastante no Instagram e no meu canal do Youtube. É um teste de paciência sem fim. Perrengue atras de perrengue. Nada da certo e nada funciona da maneira que você imagina, mas no final é lindo. Você aprende muito sobre muitas coisas que nem imaginava.