Tudo o que Você Precisa Saber Sobre Melasma

por The Look Stealers

Para quem não sabe, melasma é o nome dado à disfunção na pigmentação da pele graças à concentração da melanina. Calma, a gente traduz! Em uma linguagem mais simples, o melasma nada mais é do que manchas escuras na pele, que aparecem principalmente no rosto, onde é mais comum na região do buço, mas também podem se espalhar para o colo e os braços.

O problema afeta majoritariamente as mulheres e pode influenciar muito na autoestima, já que infelizmente a sociedade ainda impõe o padrão impossível da pele "perfeita". Então, se você tem melasma, se incomoda e quer saber mais sobre as causas e os tratamentos ideais, você está no lugar certo!

Conversamos com a nossa dermatologista colaboradora Dra. Giovana Moraes para saber tudo sobre esse problema super comum que atinge muito as mulheres brasileiras, e ela tirou várias dúvidas nossas - que também podem ser as suas. Pronta? Vem ver tudo:

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"A principal causa do melasma é o sol - os raios UVA, UVB - e até o infravermelho e a luz visível, como a do computador e do escritório, também reativam ou ativam o melasma em quem tem a tendência a ter. 

Além disso, outra grande causa de melasma é o anticoncepcional hormonal combinado. Apesar dele melhorar a pele com relação à acne, ele piora as manchas, graças aos componentes -  a gestrinona e o estrogênio. O melasma está muito ligado ao sol, ao calor, mas também com alterações hormonais, principalmente durante a gravidez ou o uso de anticoncepcionais hormonais orais. Para quem tem melasma, o ideal é parar de tomar o anticoncepcional oral e substituí-lo pelo DIU de cobre, que não tem nenhuma ação hormonal, porque até o Mirena tem um pouquinho de gestrinona e pode pigmentar também, apesar de ser bem menos do que a pílula oral combinada com estrogênio." 

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"Para evitar o melasma é essencial aliar um filtro solar oral ao protetor de uso tópico, ambos com proteção contra os raios UVA e UVB, contra a luz visível e com antioxidantes, para proteger a pele do infravermelho.

Outra coisa importante é saber que não adianta proteger só o rosto. Tomar sol no corpo também pode reativar o melasma na face, e às vezes, mesmo estando embaixo de um guarda-sol, só o calor já pode reativar o melasma, então tem que ter muito cuidado."

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Para tratar o melasma, o aconselhado é procurar um dermatologista antes de qualquer coisa, para que ele possa recomendar a melhor opção para sua pele. Entre os tratamentos mais utilizados estão o peeling, a aplicação de laser ou luz pulsada e o microagulhamento, além dos medicamentos de uso oral e tópico, como os filtros solares e cremes prontos ou com fórmulas manipuladas.

O peeling pode ser feito com ácidos - que variam de intensidade de acordo com a profundidade das manchas -, ou com cristais, que funcionam como um esfoliante e removem a camada superficial da pele. O procedimento com luz pulsada não costuma ser a opção inicial e, assim como o tratamento com laser, deve ser sempre feito com cuidado para não correr o risco de piorar a pigmentação na pele. Além disso, um dos procedimentos mais utilizados atualmente é o microagulhamento, que costuma apresentar resultados excelentes no tratamento do melasma. Lembrando que todos os tratamentos devem ser realizados apenas por especialistas!

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"O microagulhamento é o nome dado ao tratamento feito pela perfuração da pele com microagulhas que estimulam a produção de colágeno e a circulação do sangue da pele. O procedimento pode ser realizado sozinho ou com a adição de ativos (medicamentos) clareadores, que penetram nos "espaços" abertos pelas agulhas e ajudam na eficácia do tratamento. Com a plataforma de microagulhamento, que permite dosar o quanto a agulha está entrando na derme - para melasma, o ideal é fazer de 0.9 a 1.5 milímetros - é possível atingir o rosto todo uniformemente, sem agredir excessivamente a pele, o que pode acabar piorando o problema. Além disso, a plataforma dá a opção de ligar ou não a radiofrequência. No caso do melasma, o calor (radiofrequência) fica desligado e é feito apenas o procedimento com as microagulhas, que abrem e preparam a derme e as células responsáveis pelo melasma para receber o medicamento que introduzimos depois. Para melasma, são recomendadas de 3 a 5, ou às vezes até 6 sessões.

O procedimento também pode ser usado para tratar cicatrizes - de acne, cirurgias ou remoções de pinta -, com uma penetração um pouco mais profunda das microagulhas. Ele consegue melhorar desde as linhas finas e os poros, até tratar melasma, cicatrizes, estrias etc. Tudo depende do que será usado depois do processo de microagulhamento, quando o "caminho" está aberto para a introdução dos medicamentos."

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"Por ser feito sem radiofrequência, o microagulhamento pode ser feito em quem está amamentando e até em gestantes. A gente tenta evitar fazer durante a gestação porque nesse período, os hormônios - a progesterona e o estrogênio - estão aumentados, então as manchas ainda vão surgir, e podem até melhorar naturalmente ao final da gestação. Então o ideal é realizar o microagulhamento depois disso, inclusive no período de amamentação."

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"Quem tem a pele negra também pode fazer o microagulhamento, apesar do melasma acometer muito mais as peles claras. A vantagem desse tratamento é que ele pode ser realizado em qualquer fototipo, porque ele não pigmenta e a chance de manchar é muito pequena, mesmo nas peles mais escuras, que são as que mais mancham com laser."

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"Depois de tratado, o melasma precisa ser controlado. Não adianta só fazer uma vez o microagulhamento e abandonar o tratamento. Para conseguir ficar sem ele, é essencial escolher um filtro solar bom - com proteção contra raios UVA, UVB, infravermelho e luz visível -, de preferência que tenha cor, ou sempre associado a outro produto com cor, e reaplicar o filtro ao longo do dia, de 4 em 4 horas, e de 2 em 2 horas se estiver na praia.

Além disso, outra coisa muito utilizada atualmente são os filtros solares orais, que podem ser comprados prontos nas farmácias, ou manipulados. Os filtros orais devem ter antioxidantes, como vitamina C, vitamina E e goji berry, além de antiinflamatórios que ajudam a pele a não reativar o melasma com o calor - mas sempre associado ao filtro de uso tópico. E por último, apostar proteções físicas, como chapéus, blusas, sombrinhas etc., idealmente de algodão, para reforçar a proteção da pele contra os raios solares diretos. 

Não existe filtro solar 100%, então fazer essas associações é muito importante para reforçar a proteção. Para quem tem melasma, o ideal é que o filtro tenha FPS 50 ou mais, PPT acima de 18, antioxidantes, e sempre associar a filtros orais, principalmente no verão, além da proteção física, sem deixar o sol atingir diretamente a pele.

Depois do tratamento, o melhor a se fazer é acompanhar os hormônios, voltar no dermatologista de três em três meses e usar produtos com compostos clareadores durante a noite."

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"Melasma é totalmente diferente de sarda. As sardas são mais superficiais, muitas vezes genéticas e às vezes confundidas com manchinhas de sol. Dá para tratar o melasma sem tirar as sardinhas. O tratamento pode até clareá-las um pouco, mas elas continuarão ali, até porque é muito mais difícil tirar sardas do que tratar o melasma."

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