3 chefs de cozinha estilosas e talentosas para conhecer – e pedir delivery!

por Aline Santos

Sim, nós conseguimos unir a moda e gastronomia dentro de uma só pauta e para isso convidamos três chefs de cozinha que, além do talento reconhecido, também esbanjam estilo e inspiram mulheres do Brasil inteiro. E para quem ainda não sabe, hoje dia 13 de maio é o Dia Nacional do Chef de Cozinha.

Em um bate papo com Cafira, fundadora do Fitó, Andressa Cabral, sócia do Meza Bar, e Roberta Julião, do espaço Da Feira Ao Baile, pudemos ir além do universo da culinária e explorar assuntos que fazem parte do lifestyle do trio que faz o maior sucesso no Instagram. Para conhecer essas três mulheres empreendedoras, chefs de cozinha, poderosas e ultra fashionistas é só continuar com a gente abaixo, vem ver:

_cafira, fitó cozinha

A Cafira nasceu em Fortaleza, mas foi criada em Teresina e aos 27 anos decidiu se mudar para São Paulo. E apesar de contar que o seu restaurante, o Fitó, é um sonho recente desde que se tornou cozinheira profissional há 4 anos, a sua história com a cozinha já vem de muito antes: "Bom, sempre gostei muito de comer! E sou, desde nova, ligada às funções da cozinha, trazendo muitos questionamentos e curiosidades. E também sempre amei servir e receber pessoas, é uma coisa que me move", conta, "então acredito que a minha história com a cozinha antecede qualquer história com a culinária, que pra mim tem um significado mais profissional e caminha lado a lado com a do Fitó."

Quando questionada sobre a sua trajetória com o Fitó, restaurante inspirado na cozinha nordestina do qual Cafira é fundadora e chef de cozinha, ela conta: "Trabalhei em outras áreas quando cheguei por aqui, mas amigos e pessoas próximas começaram a perceber em mim esse "valor de cozinha" e por muitas vezes me incentivaram a ter um restaurante. E isso acabou tornando-se um sonho que, somado a encontros, oportunidades e investimentos, virou realidade."

Como sabemos, durante o último ano muitos restaurantes tiveram que fechar as portas por meses ou se adequar a um novo modelo de negócio delivery. No Fitó, a Cafira conta quais foram os maiores desafios: "O maior desafio é, sem dúvidas, manter as contas em dia, manter o staff de forma segura dentro do ambiente de trabalho e a remuneração integral das meninas", conta, "e também continuar comunicando e falando de afetividade, que é um dos pilares do Fitó, traduzir esse carinho para o mundo virtual e para uma caixinha de delivery".

Além disso, a empreendedora contou com uma série de questões burocráticas e empresariais que ela descreve como "muitos perrengues pelo caminho" e conta que, apesar de muitos ajustes, o setor gastronômico foi devastado pela pandemia: "Quase 70% dos empreendimentos estão para fechar ou já fecharam, é muito difícil olhar para esse cenário e dizer como a gente se ajustou, porque na verdade, a gente está tentando", revela, "cada dia é uma batalha, sem poder contar com ações significativas de amparo vindas do Estado, que poderiam ser mais contundentes para atravessarmos esse momento de forma menos traumática." 

ainda há um certo sexismo nas cozinhas profissionais, e grande parte delas ainda são operadas quase que exclusivamente por homens

A equipe do Fitó conta com um time 100% feminino e Cafira revela a importância de empregar mulheres nesse setor: "Somos aproximadamente 25 mulheres no restaurante, e a importância desse ato é fomentar o diálogo com a sociedade sobre equidade nos espaços de trabalho. Ainda há um certo sexismo nas cozinhas profissionais, e grande parte delas ainda são operadas quase que exclusivamente por homens. Então a nossa missão é chamar a atenção para que outras empresas e restaurantes percebam que é fundamental ter um staff equilibrado em termos de gênero", completa, "enquanto esperamos que isso aconteça, nada mais pontual em priorizar uma equipe 100% feminina."

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Foto: Cafira (Reprodução/Instagram)


Além da notável paixão da Cafira pela cozinha, acompanhando a chef pelo Instagram percebemos também um outro amor em sua vida: a moda! Por isso, ficamos curiosas para saber como surgiu esse interesse: "Sempre gostei muito das possibilidades que a moda traz pra gente caracterizar nossa essência, através de objetos, looks e acessórios", conta, "faz parte da construção da minha identidade desde sempre, com a moda eu consigo traduzir sentimentos e personalidade de uma maneira sutil porém subversiva, é um modo de cravar minhas ideias sem precisar usar palavras."

antes de me tornar Chef de cozinha, tive muita vontade de trabalhar com moda

E Cafira leva tanto jeito para a moda que não resistimos em perguntar se ela já pensou em seguir a profissão: "Sim, antes de me tornar Chef de cozinha, tive muita vontade de trabalhar com moda. Cheguei a trabalhar uns anos no comércio varejista e sempre gostei muito de costura, modelagem, gosto de tudo do que a moda envolve. No meu dia-a-dia, a moda e a indumentária é muito natural."

Além disso, a chef de cozinha é uma grande entusiasta de roupas vintage e garimpos em brechós. Inclusive, ela também está sempre praticando o desapego em seu perfil e colocando muitos looks incríveis à venda, e claro, como boas look stealers que somos ficamos curiosas para saber mais sobre essa relação: "O meu closet tem garimpo desde os meus 15 anos de idade! Volta e meia eu faço essa venda, porque precisamos fazer a energia circular né? Tenho focado bastante em diminuir essa geração de acúmulo, e mesmo que às vezes seja doloroso desapegar de algumas peças, fico super feliz quando vejo alguma peça que desapeguei passeando por aí. Tenho uma relação de acervo mesmo com as minhas peças."

E se você já estava correndo para o perfil da Cafira pedir dicas de brechós, calma que a gente já fez a lição de casa: "Os meus brechós favoritos são os bazares de igreja, mas também amo muito o B.Luxo, que tem uma curadoria impecável!"

Quando perguntamos se era possível unir a moda e gastronomia, a cozinheira fashionista respondeu: "A gastronomia, assim como a moda e outras expressões artísticas, é um trabalho muito estético, que trabalha com composição de cores, texturas, linhas, formas... A natureza, com suas vastas opções de beleza e ingredientes, é nossa aliada na criação dessa arte. Gastronomia, moda, arte, design... várias expressões lindíssimas, caminhando juntas e cada uma com a sua peculiaridade, trazendo deleite para nossos olhos, corpos e almas". 

_andressa cabral, meza bar

Andressa Cabral é empresária, chef de cozinha e sócia do Meza Bar, professora e apresentadora de tv, inclusive, já teve programa no canal GNT sobre culinária. Além disso, a carioca também é especializada em Design Thinking e conta como surgiu a ideia de uma pós graduação na área: "Estudei sobre Design Thinking justamente para poder ampliar os meus horizontes criativos para além das panelas e dos ingredientes. Inclusive, eu dou aula sobre isso porque desenvolvi a minha metodologia própria de criação em gastronomia, em que eu desenvolvo pratos e experiências gastronômicas em coleções", conta, "eu chamo de coleção porque eu desenvolvo tudo isso a partir de um conceito inicial. Eu pego uma ideia chave, me aprofundo e pesquiso sobre ela. Depois eu desenvolvo um conceito para essa minha coleção e a partir do meu método, eu transporto essa ideia para o papel e passo a traduzir as sensações e sentimentos dessa ideia em texturas, formas e depois em ingredientes e sabores, e assim eu crio os pratos."

Antes de se descobrir como chef de cozinha, Andressa estava estudando para uma área totalmente diferente da que atua hoje, conta: "Antes da gastronomia eu era estudante de medicina, eu cursei até o quinto ano da faculdade e depois decidi sair e fazer um outro vestibular. Eu tinha conseguido um curso que começava em período intermediário, tipo outubro, então eu parei uma faculdade e comecei outra logo na sequência e não larguei nunca mais". 

tem gente que acompanha o meu trabalho hoje em dia porque me conheceu na televisão e agora quer saber mais sobre o meu trabalho na internet, se interessa muito pela minha vida nos bastidores

E voltando para o spoiler acima, a Andressa já foi apresentadora de um programa no GNT e revelou um pouco sobre essa experiência: "Foi maravilhosa, mas foi muito desafiadora porque não era uma coisa que eu sempre tive vontade de fazer antes de fazer, entende? As pessoas sempre me acharam com uma certa inclinação para essas coisas das artes dramáticas, mas na verdade eu sou péssima atriz", conta, "eu sou o que sou, muito espontânea e isso para mim virou um desafio quando eu cheguei na TV e eu tinha normas, regras e hora certa para falar, mas eu consegui me adaptar. Foi bem positiva a resposta das pessoas e eu descobri um público infantil muito legal, consegui dar uma renovada no público do meu trabalho também para além do que eu faço no restaurante. Tem gente que acompanha o meu trabalho hoje em dia porque me conheceu na televisão e agora quer saber mais sobre o meu trabalho na internet, se interessa muito pela minha vida nos bastidores… estar na televisão para mim foi só alegria!"

Durante o último ano com a pandemia e os comércios tendo que fechar as portas, o Meza Bar teve que buscar se adaptar ao novo momento e a chef Andressa conta como foi esse processo de mudança: "A gente se reinventou quando fechamos o bar prestes a fazer 12 anos logo na primeira fase da pandemia. Nisso, reformulamos o conceito, mexemos na arquitetura da casa, mudamos o cardápio de comida e bebida e até a playlist! Hoje, o Meza tá com uma cara mais leve e mais despretensiosa. E a gente tem conseguido bastante sucesso, inclusive renovar o público, mas não está fácil, ainda mais nesse momento que abre e fecha e está tudo meio instável. Estamos sobrevivendo da forma que dá".

em termos subjetivos, para mim não pode faltar axé no menu. Axé é uma palavra do Yorubá que designa a sua força interior

Aproveitamos a oportunidade de entrevistar a chef de cozinha para saber: o que não pode faltar no menu da Andressa/Meza Bar? "Em termos subjetivos, para mim não pode faltar axé no menu. Axé é uma palavra do Yorubá que designa a sua força interior. E para mim a força, personalidade e a identidade da minha cozinha está no meu tempero, na presença forte e maciça dele. Quando os meus alunos fazem uma comida um pouco sem graça e meio sem tempero, eu já logo falo "essa comida tá muito sem axé", e cada um vai descobrindo o que é o seu axé. Quando eu digo que está faltando axé na minha cozinha é porque está faltando refogar mais e colocar tempero", conta, "a minha mistura básica se chama Quarteto Fantástico, que é uma mistura de cebola, aipo, gengibre e alho. Mas em termos específicos de ingrediente, eu acho que seria injusto não citar o meu favorito que é o gengibre e que o coloco em tudo, comida, salada, drink, chá..."

Quando perguntamos sobre a importância da sua profissão no mundo da culinária, Andressa responde: "A gastronomia para mim é cultura, é a forma como as pessoas se relacionam com o mundo e com a história delas. Ela se reflete nos ingredientes do prato, no copo e no ato de sentar juntas para comer, então a gastronomia costura demais a vida das pessoas e muito mais do que elas podem imaginar - isso desde os primórdios."

E claro, não poderíamos deixar de fora a pergunta que sempre gostamos de fazer para os entrevistados: qual a sua relação com a moda e de onde você busca inspiração?

"Eu tenho uma relação muito orgânica, subjetiva e inconsciente com a moda. Eu nem sei dizer se eu faço alguma coisa na moda de maneira objetiva e consciente porque vem tudo muito de dentro para mim. Como tudo que eu faço na vida, as coisas precisam ter verdade e eu me relaciono muito com uma moda que seja feita por quem eu conheço e que tenha algum significado. Se eu pudesse usaria apenas roupas de pequenas marcas", conta, "é aquela coisa, seja em uma barraca de feira no subúrbio ou seja em uma feira no Brooklyn em Nova York, alguém vai te contar alguma história sobre onde comprou o tecido e como ela criou aquela roupa. Eu gosto de coisas que tenham histórias, então eu consumo mais isso e até porque eu acho mais sustentável no sentido geral e não só ambiental."

Além da moda, Andressa conta que também é apaixonada pelo universo da beleza e que percebe que isso é algo que ela passou para a sua filha de onze anos: "Eu gosto de dialogar com esse universo de beleza e skincare, até mesmo por essa minha matriz africana. A minha relação com as minhas amigas pretas também traz muito disso, a gente pesquisa como é que vai ser o cabelo de hoje e o que que vai fazer, qual trança ou extensão... Você pisca e a mulher preta já mudou o cabelo. Isso vem desde muito cedo, a preocupação de saber qual será o cabelo para um determinado evento". 

_roberta julião, da feira ao baile café

A Roberta Julião é fundadora do restaurante Da Feira Ao Baile Café em São Paulo e acredite, o local que hoje conta com espaço físico e delivery, começou como um blog na internet há mais de uma década: "Era início de 2010 e os blogs de lifestyle e moda estavam começando a bombar, mas quase não tinham blogs de gastronomia. Então decidi criar o Da Feira ao Baile porque sempre gostei de descobrir novos lugares e frequentemente meus amigos me pediam dicas de restaurantes", conta, "as dicas iam “da feira ao baile” e por isso o nome. Com o blog acabei me interessando e aprofundando mais no universo da gastronomia e utilizei esse espaço (que depois migrou para o Instagram) para dar minhas dicas, divulgar meu trabalho e também receitas que comecei a preparar em casa."

A ideia de abrir o seu próprio espaço físico surgiu em 2015/2016 por conta de uma alta demanda, e o que antes era um hobbie, estava se tornando um empreendimento: "Os eventos e encomendas já não eram mais tão esporádicos e amadores e precisava separar a vida pessoal da profissional. Como sempre gostei de servir e receber, desde o início a ideia foi ter um café/restaurante e não apenas um atelier ou cozinha profissional e assim surgiu o Da Feira Ao Baile Café, que seguiu com o nome do blog pois já eram anos de história."

Apesar de ter começado o blog focado em gastronomia há dez anos, Roberta conta que esse não era o seu objetivo profissional quando jovem: "Quando me formei no colégio, decidi cursar administração de empresas pois não sentia nenhum “chamado” para alguma área específica e àquela época, jamais imaginaria que teria meu próprio negócio e na área de gastronomia", revela. "Sempre gostei muito de comer, provar novos ingredientes, visitar novos lugares e aos poucos fui me interessando em replicar algumas coisas que adorava comer por aí, em casa. Além disso, sempre adorei receber os amigos em casa e organizar o evento como um todo e aos poucos comecei a me aventurar na cozinha. Foi no meu aniversário em 2008 que além de organizar todo o jantar, preparei o meu bolo. Fez tanto sucesso que comecei a fazer sob encomenda para amigos conciliando o tempo entre a faculdade e o estágio no banco que trabalhava". Anos depois, formada em administração e trabalhando na área, Roberta decidiu abrir uma empresa de catering e encomendas: "Até que no meio de 2011 decidi largar o meu trabalho para cursar gastronomia e focar nessa carreira. Estagiei em alguns restaurantes, segui com o catering e as encomendas até abrir o Da Feira Ao Baile Café em 2016."

acho que no ramo de serviços, a experiência seja ela qual for sempre vai muito além do produto oferecido

Ainda sobre o espaço Da Feira Ao Baile, a Roberta conseguiu criar um lugar que vai muito além das comidas e transformou o espaço físico em uma verdadeira experiência completa, conta: "Acho que no ramo de serviços, a experiência seja ela qual for sempre vai muito além do produto oferecido. Acredito muito que a hospitalidade vem em primeiro lugar e todo detalhe do café sempre foi pensado nisso. Desde a escolha do imóvel, o projeto e decoração até aos pequenos detalhes. Sempre quis que o café fosse um espaço múltiplo. Não só um café, nem só uma doceria ou um restaurante e por isso ele é um pouco de tudo, até um espaço para dar aulas de gastronomia eu montei no segundo andar". 

Sobre as dificuldades do último ano pandêmico, a empreendedora conta como se ajustou a um novo formato: "Um pouco antes da pandemia eu havia acabado de abrir uma nova unidade e àquela época tinha certeza de que o crescimento do meu negócio estava 100% atrelado ao aumento de lojas físicas. Até então nunca havia dado atenção ao nosso delivery e muito menos parado para entender meu negócio em si. Estava gastando dinheiro, tempo e energia no lugar errado sem perceber que com uma estrutura mais enxuta e um novo direcionamento tudo poderia fluir melhor". 


Roberta precisou tomar uma decisão para conseguir dar conta desse novo cenário: "Decidi fechar a segunda unidade, dar mais atenção ao delivery e principalmente às encomendas que são e sempre foram o berço do negócio. Além disso, ao longo dos anos o nosso cardápio acabou ficando muito extenso e muito tempo e energia eram gastos em processos e produtos que não faziam sentido", conta, "com a pandemia e a equipe reduzida, precisei enxugar o cardápio e analisá-lo financeiramente. Com isso hoje temos uma produção muito mais eficaz e eficiente que fez com que a disponibilidade dos produtos favoritos aumentasse e consequentemente as vendas também. Sem dúvida hoje meu foco está muito mais voltado a entregar um serviço e experiência melhores aos nossos clientes na parte de encomendas e delivery do que ao atendimento no salão que é muito mais custoso, mais difícil e menos rentável".

para mim, tanto a gastronomia quanto a moda fazem parte do mundo da arte, da criatividade e da inspiração

Apesar do seu feed no perfil pessoal ser totalmente focado em suas criações gastronômicas, a Roberta adora compartilhar os seus looks ultra estilosos nos stories - inclusive, a chef tem um destaque só com as suas produções. Quando perguntamos se era possível unir moda e gastronomia, Roberta disparou: "Sem dúvida! Para mim, tanto a gastronomia quanto a moda fazem parte do mundo da arte, da criatividade e da inspiração. Além disso, ambas estão muito ligadas à beleza e ao visual. Antes de consumi-las sempre há a admiração e a escolha pelo visual, depois vem o conforto e caimento no caso da moda, e sabor e textura no caso da gastronomia", completa, "sendo assim, acredito que ambas possam ter processos criativos e públicos parecidos".

Finalizamos a entrevista perguntando como a moda refletia no trabalho da chef de cozinha, e ela conta: "A minha cozinha assim como o meu jeito de vestir são confortáveis, mas sempre com algum diferencial e personalidade. Não ouso em arriscar nas combinações, seja nos visuais ou seja nas receitas e tampouco me importo com determinados padrões de estética ou sabores. Sempre confio no meu gosto para ambos, sabendo que nem sempre irá agradar a todos". 

Gostou de conhecer um pouco mais sobre as três chefs de cozinha que estamos amando seguir no Instagram? Se você também segue outros perfis de mulheres que arrasam na gastronomia, compartilha aqui nos comentários!

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