Durante esse tempo em casa o que mais sinto falta são das exposições de arte. Era algo que fazia questão de ir toda semana, apreciar, fotografar e guardar além da memória. Conhecer novos artistas e novas exposições de arte sempre foi uma das minhas paixões, mas muitas coisas mudaram com o "novo normal" e tivemos que nos adaptar a eventos online - e as exposições também não ficaram de fora desse novo jeito de consumir arte.
As exposições de arte online foram uma verdadeira válvula de escape. Mesmo não sendo a mesma coisa - ver ao vivo, ver texturas reais e conhecer cores novas é sempre muito mais rico e interessante -, mas ainda sim é um passeio virtual que vale a pena fazer, onde podemos conhecer novas histórias e novas artes sem sair de casa.
E como fã atestada de exposições, hoje eu resolvi compartilhar com vocês 5 exposições de arte que vi durante esse tempo em casa, e que são boas dicas para você fazer no seu tempo livre também:
A mulher na revolução de 32 reúne fotografias e arquivos de áudios, trocas de correspondências (exclusivas do MIS - Museu da Imagem e do Som) relatando o dia a dia das voluntárias da revolução. Os documentos revelam o papel da mulher quando o Estado de São Paulo se rebelava contra o governo de Getúlio Vargas.
https://artsandculture.google.com/exhibit/6wJSXg7DS8ZpKg
O quadro Mestiço foi pintado em 1934 e pertence ao acervo da Pinacoteca de São Paulo. A obra de Portinari mostra um personagem em uma lavoura de café, trabalhando no campo.
No primeiro plano, o homem aparece sem camisa, com os braços cruzados. Pela cor de sua pele, seus traços, olhos puxados e fundos, lábios grossos e nariz largo mostra de que se trata de um mestiço, nascido de uma mistura entre brancos e negros.
https://artsandculture.google.com/story/mesti%C3%A7o/sQJCh9UqzExYLQ
A exposição é composta por alguns dos ensaios fotográficos mais conhecidos de Maureen Bisilliat, que podemos encontrar no IMS (Instituto Moreira Salles), como as equivalências fotográficas sobre os universos literários de Guimarães Rosa, Jorge Amado, João Cabral de Melo Neto, Ariano Suassuna e Euclides da Cunha. Também fazem parte da mostra fotografias do ensaio Pele Preta, composto por imagens feitas quando Maureen, que ainda era estudante, frequentava ateliês de modelo vivo.
https://artsandculture.google.com/exhibit/maureen-bisilliat/jgKyJ9XedW0eKg
Embora fosse proibido, a década de 1950 viu o futebol feminino florescer, atraindo grande público e a atenção da imprensa (o Museu do Futebol pode lhe mostrar muito mais). Mas o sonho durou pouco: ao ganhar fama pelas páginas dos jornais, as atletas atraíram o olhar dos detratores da prática, que passavam a exigir, também pelos veículos de comunicação, o cumprimento da lei. Assim, os times foram obrigados, em poucos meses, a encerrar suas atividades.
https://artsandculture.google.com/exhibit/6wLC5AmNJU9-Jw
E claro, sem deixar de falar de moda, pela primeira vez o Museu de Arte de São Paulo (Masp) exibe o seu acervo completo de vestuário da Rhodia, com roupas criadas a partir da colaboração entre artistas e estilistas na década de 1960. A coleção de 79 peças, selecionadas por Pietro Maria Bardi, diretor-fundador do museu, foi doada em 1972 pela Rhodia.
A indústria química francesa promovia seus fios sintéticos no Brasil por meio de desfiles-show, editoriais e coleções de moda, numa estratégia desenvolvida por Lívio Rangan, visionário gerente de publicidade da empresa. Os eventos, realizados entre 1960 e 1970, pareciam mais espetáculos e reuniam profissionais do teatro, da dança, música e das artes visuais.
https://artsandculture.google.com/exhibit/arte-na-moda-cole%C3%A7%C3%A3o-masp-rhodia/zAIy8-9KE1p4JQ