5 livros de poesia para ter na cabeceira

por The Look Stealers

Chegamos em tempo com mais indicações de livros para o seu fim de semana e lista de quarentena. Hoje em pauta estão os livros de poesia, que Paula Medeiros do @chicasedicas indica pra gente. Então que tal dar uma pausa nas ficções, biografias e autoajuda para entrar um pouco no universo dos poemas? Paula conta sobre 5 livros de poesia que estão sempre na sua mesa de cabeceira e que valem a leitura, olha só:

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   Toda poesia – Paulo Leminski

Paulo Leminski foi um poeta fora da curva e não à toa é um dos poetas brasileiros mais lidos das últimas décadas. Multifacetado e talentoso, caminhou entre a poesia concreta e a lírica, e em um curto período de tempo nos deixou um legado corajoso e encantador com sua obra, que passa também por haikais e canções. É fácil gostar de Leminski: basta ler qualquer coisa dele para se encantar com sua criatividade e sensibilidade aguçadas. E esse livro é perfeito para isso, pois reúne sua trajetória poética completa, como entrega o título.

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   Poemas escolhidos - Mia Couto

Quem já leu a prosa de Mia Couto consegue imaginar a lindeza que é sua poesia. O autor usa elementos simples como uma flor, uma nuvem e uma casa para refletir sobre as delicadezas do cotidiano, a busca pelo sentido da vida, as dores, os amores e as lições que carregamos. Sempre muito delicado e apaixonante, Mia traduz na poesia o sublime de uma conversa ou gesto despretensiosos, os sentidos de uma noite de insônia ou de amor. Sua poesia passa por assuntos comuns a todos, como as dúvidas e a beleza em se olhar no espelho, o reconhecimento de nossas raízes, o reconhecimento da criança que fomos e a grande busca do sentido de nosso existir.

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   Manoel de Barros – o meu quintal é maior que o mundo

Como não amar Manoel de Barros? Quem lê as palavras do autor sobre as coisas mais simples que nos rodeiam sente logo um quentinho no coração. Com aparente simplicidade e muita originalidade, Manoel de Barros sempre fez poesia carregada de emoção, brincando com as palavras e transformando os significados das coisas que nos cercam e que muitas vezes ignoramos. Intensamente ligado à natureza e à infância, seus poemas acolhem a nossa criança interior e fazem a gente sorrir com a perspicácia de seu olhar atento aos detalhes encantadores da vida. Um poeta eterno!

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  Hilda Hilst – Júbilo, memória, noviciado da paixão

Hilda Hilst sempre será um dos maiores nomes da literatura brasileira. Este livro foi lançado originalmente em 1974, sendo o primeiro volume de poesia depois de sua estreia na ficção e, para nossa felicidade, reeditado em 2018, ano em que a autora foi homenageada na Flip. Hilda fala como ninguém sobre a verdade crua que existe nas nuances do desejo, amor, solidão e medo. O livro se tornou umas das obras mais lidas e enaltecidas da autora, que logo nos primeiros poemas declara: “Olha-me de novo. Com menos altivez. E mais atento.”

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  A duração do dia - Adélia Prado

Adélia Prado, autora mineira de 84 anos, é um fenômeno na literatura (e de popularidade!), e sem dúvidas uma das maiores poetisas do Brasil. Depois de ficar um bom tempo sem publicar poesia, a autora lançou esse livro há dez anos, resgatando poemas antigos e partilhando muitos outros inéditos. Seu olhar único para as coisas que parecem banais no cotidiano e a força de sua poesia sempre conquistou uma legião de fãs, lotou eventos e lhe rendeu premiações. "Eu só quero saber do microcosmo", diz o poema que abre o livro. Depois de seu lançamento, “A duração do dia” não demorou a ser reconhecido por premiações importantes, como o Prêmio Literário da Biblioteca Nacional e o Prêmio APCA.

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