Todos sabemos que a sustentabilidade é o tópico do momento. E, se você não sabia, agora já sabe! A verdade é que o assunto é muito mais do que uma tendência, apesar de estar sendo aderida pela maioria das marcas de moda. O olhar sustentável é, antes de tudo, uma necessidade. Com as mudanças climáticas, o consumo desenfreado e a geração de cada vez mais lixo no planeta, perceber a moda de uma maneira menos agressiva ao meio ambiente não é só cool, mas também urgente. Mas se você pensa que essa mudança de hábitos é muito difícil e que não é pra você, nosso objetivo é te mostrar algumas dicas práticas e fáceis para começar a enxergar a moda de uma maneira mais sustentável. Topa o desafio? Então vem por aqui:
Antes de entrarmos em qualquer dica, você tem que deixar do lado de fora a partir de JÁ esse conceito equivocado de que repetir roupa é feio. Essa ideia ficou lá no passado e não passa de uma grande mentira... a verdade é que toda fashion girl que se preze repete sim - e muito - suas roupas. A diversão está, de fato, nas novas misturas e combinações que o seu guarda-roupa pode criar! Então, se devemos começar de alguma forma, com certeza temos que te dizer: repetir roupa é TUDO!
Ás vezes, na correria do dia a dia, nosso guarda-roupas pode se tornar um mundo paralelo de Nárnia em que jogamos todas as nossas peças sem ter medo de ser feliz. Sempre prometemos pra nós mesmas que vamos arrumá-lo (e até dividi-lo em seções, cores, tamanhos, etc) no final de semana, mas esse momento nunca chega. Deixa eu te dizer - e digo pra mim também: você precisa saber o que tem dentro desse armário, querida! No meio de um bolo de roupas, é fácil cairmos na cilada de acharmos que não temos o que vestir. E aí o que acontece? Compramos mais, e sem necessidade. Ter tudo mais ou menos em ordem nos faz visualizar melhor as nossas opções e combinações. Inclusive, a arrumação, nesse caso, é o primeiro passo para a criatividade na hora de se vestir!
A gente sempre fala sobre isso por aqui - fanáticas por brechós que somos - mas se você ainda não se convenceu de que garimpar é uma das melhores decisões que você pode fazer, a gente não economiza argumentos. Há quem pense que comprar em brechós é anti-higiênico e até atrai coisas ruins, mas somos da opinião de que não tem nada de errado - nada mesmo! - em ajudar o planeta reciclando peças! Nos brechós, você encontra tesouros - desde acessórios, sapatos e principalmente roupas - em um ótimo estado e que estão prontas pra terem um novo dono. Praticar o hábito de repassar suas próprias peças para brechós e adquirir novas é um grande passo em direção à sustentabilidade!
A regra é muito simples: só posso comprar qualquer peça se consigo imaginá-la em, pelo menos, 3 looks diferentes. Pensar dessa forma na hora de comprar novas roupas te ajuda a construir um guarda-roupa inteligente e prático - além de impedir que você compre por impulso algumas coisas que, no final, você nem vai usar tanto assim.
Sempre pense a longo prazo. Claro, uma compra ali ou aqui das tendências do momento não faz mal a ninguém - mas a verdade é que investir em peças de boa qualidade, de marcas que você confia, é o melhor caminho para aplicar a moda sustentável. Pensa só: se você paga mais caro em uma jaqueta, mas ela vai durar muitos e muitos e muitos anos, no final vale a pena, já que, se você comprasse algo com menos qualidade, teria que gastar mais vezes e jogar as anteriores fora - gerando lixo.
A customização não está morta! Pras fashionistas que gostam de botar a mão na massa, essa é uma dica de ouro: transformar jaquetas em coletes, calças em shorts, estampar camisetas são apenas algumas das customizações que você pode fazer nas suas peças para renová-las. Claro, quem não tem o dom do corte, da costura e da pintura, também tá mais do que liberado encontrar uma costureira em quem você confie pra repaginar algumas coisas!
Por fim, é de extrema importância que nós, como consumidores, dialoguemos e questionemos as marcas que nos rodeiam. Esteja sempre atento ás redes sociais das suas marcas favoritas, tire dúvidas via email e DM sobre questões que você considera importantes, como a procedência das peças, os materiais usados, a mão de obra, etc. Dessa forma, agimos ativamente como fiscalizadores das marcas - e cada vez mais poderemos consumir conscientemente.