Women’s March: Rachel Maia

por Aline Santos

Ela é mãe, negra e uma das mulheres mais poderosas do Brasil, segundo a revista Forbes em 2017. Desde então, muita coisa mudou na vida de Rachel Maia que aos 49 anos, reveza entre a maternidade, o trabalho e o seu projeto de educação e empregabilidade para jovens carentes. A nossa homenageada de hoje, na série Women's March, representa 0,4% das mulheres negras em cargos de presidência e óbvio, ela poderia não de ficar dessa.

E não foi à toa que em 2018, Rachel foi um dos maiores destaques do Push, evento de carreira e empreendedorismo feminino, no qual foi aplaudida de pé por mais de 400 mulheres que se emocionaram com os discursos de representatividade e determinação da executiva. Inclusive, foi no mesmo evento que ficamos sabendo em primeira mão sobre a nova etapa profissional da então futura CEO da grife francesa, Lacoste.

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Foto: Rachel Maia


E não, a história de Rachel Maia não para por aqui. Se você assim como nós adora celebrar as mulheres que quebram preconceitos e vencem barreiras no mercado de trabalho, continue esse post que te contamos um pouco mais sobre a brasileira que é referência no mercado fashion de luxo, vem ver:

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Desde muito jovem, Rachel já sabia o que queria para o seu futuro: ser aeromoça. Mal sabia ela que poderia voar até um pouco mais alto anos depois. Ainda na adolescência, a jovem arrumou um trabalho de meio período para bancar os dois últimos anos do ensino médio em uma escola particular. Mesmo depois de se formar, o sonho de ser aeromoça parecia não querer ir embora e quase na época de entrar para a área, e por insistência do pai, Rachel prestou vestibular e cursou Ciências Contábeis, na FMU. Em seguida, vieram MBA na FGV e cursos de especialização em Harvard e na University of Victoria, no Canadá. 

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Logo que saiu da faculdade, Rachel arrumou um emprego como controller na 7-Eleven, onde ficou por 7 anos. Pediu demissão e foi estudar no Canadá, para aprimorar o inglês, e foi graças a mais esse estudo que logo que voltou para o Brasil consquistou o cargo de "Senior Business Controller" na Novartis, onde ficou por mais 4 anos até decidir sair do país para estudar novamente. Meses depois, com os planos de voltar a industria, Rachel acabou conquistando um espaço na marca luxuosa de joias, Tiffany & Co. Foram 7 anos na grife que ingressou no país já com Rachel Maia na equipe (5 deles como diretora financeira e 2 como diretora executiva). Nesse tempo, recebeu 3 propostas da marca dinamarquesa, Pandora, nos qual todas foram recusadas pela paulista. Foi só em 2010, depois que deixou a Tiffany para estudar em Harvard, que Rachel decidiu mergulhar em uma nova "aventura" profissional. Decidiu então ir com a cara e a coragem tentar aquela vaga que havia sido oferecida anos atrás e que por coincidência ou não, estava só à espera dela. Logo nos primeiros meses um susto: a executiva que até então não poderia ficar grávida (e que já estava à espera na fila de adoção), descobriu que se tornaria mãe aos 40 anos. Sabemos que infelizmente em diversos casos, a gravidez pode não ser bem vinda em certas áreas profissionais, mas o apoio do presidente da empresa foi essencial para essa nova jornada. E lá a girl boss ficou por mais de 8 anos.

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Foi então no final de 2018 que Rachel decidiu mudar novamente o seu foco, mas sem sair do mercado de luxo. Hoje, CEO da marca francesa, Lacoste, a executiva teve como uma de suas missões, trazer o público feminino para o universo da grife esportista. Apaixonada pelo mercado da moda e referência na área, Rachel, que em 2017 foi eleita pela revista Forbes como uma das 40 mulheres mais poderosas do Brasil e em 2019 virou capa da mesma publicação, não se contenta em crescer sozinha. Em 2018 a executiva fundou o projeto "Capacita-me", que prepara jovens carentes para o mercado de trabalho, dando uma oportunidade de educação e empregabilidade para todos que desejam aprender um pouco com ela. Um ícone de mulher, apenas!

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