A importância de Paulo Gustavo e sua arte no entretenimento brasileiro
Ontem, dia 4 de maio de 2021 nos despedimos de um dos maiores nomes do entretenimento brasileiro. O ator e comediante Paulo Gustavo, faleceu na noite dessa terça-feira por complicações do COVID-19, deixando para trás um país mais cinza. As homenagens ao artista se espalharam Brasil a fora e seus momentos felizes e cheios de risos foram compartilhados com todos os seus fãs.
Quando falamos e lembramos de Paulo Gustavo é impossível não lembrarmos de seus característicos papéis na televisão e no cinema e em como ele usava o humor para falar de temas necessários, importantes e urgentes. Em seu maior filme, Minha Mãe É Uma Peça, onde ele retratava uma persona da própria mãe, Paulo introduziu a pauta LGBTQIA+ de forma muito sutil e delicada, desmistificando o assunto para um público que ainda não estava preparado para ver um homem gay interpretando uma mulher em todos os cinemas do país.
No terceiro filme da trilogia Minha Mãe É Uma Peça, Paulo Gustavo levou mais de 9 milhões de brasileiros ao cinema para assistir a um longa que girava em torno de de um casamento gay, se tornando a comédia com maior público da história do cinema nacional. No país que mais mata LGBTQIA+ no mundo, a importância disso é indiscutível.
Além de seus papéis e seus feitos para a comunidade LGBTQIA+, Paulo tinha um dos trabalhamos mais importantes de todos, transformar a arte em riso. Com um estilo de humor acessível, baseado em cenas típicas e cotidianas da família brasileira, ele conquistou o Brasil e teve uma trajetória linda, cheia de recordes e aclamações. Em momentos como o que estamos vivendo, com milhares de perdas diárias e uma crise sem precedentes, devemos continuar rindo, porque como Paulo Gustavo mesmo disse, "o riso é um ato de resistência".
