Fazia tempo que uma estampa não dominava tanto os looks como a oncinha. Tão clássica e versátil, há quem a considere quase um neutro no guarda-roupa. Na sua versão mais tradicional, com tons de marrom e preto, ela realmente cumpre esse papel. Popular ao longo da história — e acredite, existem registros milenares de roupas imitando a pele de animais — a oncinha encontrou seu lugar de destaque no mainstream da moda pelas mãos de Christian Dior, na década de 40. Desde então, é indissociável do legado de nomes como Roberto Cavalli, Dolce & Gabbana, Alaïa e Tom Ford, em sua era Gucci.
Do revival da estética indie sleaze ao longo caso de amor com o período Y2K, o animal print, em suas mais variadas formas, está mais forte do que nunca. E apesar de a onça não perder a majestade, outros bichos vem pedindo passagem nos looks, nesse eterno jogo de revezamento como estampa selvagem queridinha da vez. Hoje, a gente analisa o cenário, e tenta desvendar quem será o próximo no pódio de favorito: o que vem depois da oncinha? Qual o futuro do animal print?
apresentando 3 candidatos
Será que vai dar zebra? A zebra vem galopando com suas listras em preto e branco, trazendo um toque gráfico e moderno, perfeita para quem quer um visual mais cool e menos óbvio. Marcas influentes como Bottega Veneta, The Attico e Jacquemus, em sua última coleção “La Casa” já adotaram a zebra em seu usual preto e branco. Além disso, a NYFW, que está rolou na última semana, aponta para uma predileção por estampas P&B, aumentando o apelo do zebrado.
Cowgirls à solta: Se depender do street style, a estampa de vaca será o próximo hit. As frequentadoras da semana de moda de Copenhagen foram recordistas no uso, com diversos flagras de convidadas a bordo da estampa. Seu sucesso faz sentido, já que a cow print conversa perfeitamente com o clima western que a moda vive atualmente. Nos feeds do Instagram, ela é a maior favorita da nova leva de concorrentes e representa fortemente o futuro do animal print.
De olho na serpente: Com diversas facetas, da mais sóbria, em tons acinzentados, às cores primárias, a estampa de cobra só perdeu para a oncinha na temporada Resort mais recente. Ela apareceu tanto em detalhes, inserida em acessórios, quanto em looks completos, mostrando sua versatilidade em se adequar aos mais variados estilos.
Variações felinas: A tentativa de expandir o universo felino aparece no destaque para outros membros da família, como o tigre, "primo-irmão" da onça, que tem marcado presença, ainda que timidamente, demonstrando seu potencial.
Recebendo inclusive o aval de Rihanna, que vestiu uma produção inteira inspirada no felino.
Outro movimento interessante é a subversão da cartela de cores tradicional, com tons vibrantes transformando as estampas felinas em algo mais pop, bem anos 80, como visto nas coleções da Diesel e da Versace.
Tudo ao mesmo tempo: Por fim, na temporada Resort, chamou atenção o truque de styling de misturar estampas de animal no mesmo look, particularmente cobra e onça, como visto na Valentino e na Givenchy.
Lembrando sempre que essa análise reflete as tendências que ditam os caminhos da indústria, mas o nosso guarda-roupa é outra história. O animal print, independentemente do tipo, é um clássico e uma ferramenta de autoexpressão para usarmos e abusarmos como quisermos. No final das contas, o único pré-requisito para qualquer peça é ela fazer sentido com nosso estilo de vida, gosto pessoal e, claro, com nossas vontades. Dito isso, qual dos exemplos citados você vai apostar e qual sua aposta para o futuro do animal print?
