Sempre que lemos as revistas de moda mais influentes do mundo, ficamos encantadas com o tema, editoriais, a escolha da capa ideal para representar toda a ideia que a redação quer passar naquela edição. São vários profissionais que ficam por trás de todo o resultado maravilhoso que vemos a cada página que viramos. Existem as(os) editoras(ers) de moda, beleza, arte, lifestyle, digital... E as(os) diretoras(es) de redação, moda e estilo. Hoje, vamos apresentar as(os) diretoras(es) de redação das mais importantes publicações do mundo fashion. Pessoas que - de fato - comandam sobre o que as revistas falarão e mostrarão mês a mês. Venha conferir:
Em janeiro de 2017, Silvia Rogar assumiu o cargo de diretora da Vogue após a saída de Daniela Falcão ser diretora editorial da EGCN - ou seja, os editores-chefes dos quatro títulos Glamour, GQ, Vogue e Casa Vogue respondem à ela. Também carioca, Silvia Rogar é formada em jornalismo pela UFRJ com pós graduação em jornalismo de moda na Central Saint Martins, em Londres. Silvia deu uma nova cara para a revista. Trouxe um frescor em suas capas e um certo romantismo nos temas tratados - de forma poética e bem cuidados.
Susana Barbosa começou sua carreira como produtora de moda na revista Manequim. Há 15 anos dentro da Elle, ela entrou na empresa também como produtora de moda e repórter - apesar de não ter terminado o curso da faculdade - passando por cada fase da carreira, sem ansiedade de chegar onde está. Susana também foi protagonista das principais mudanças que marcaram o melhor momento da revista no Brasil.
Toda a autenticidade, irreverência, elegância e contemporaneidade da Harper´s Bazaar Brasil é devido á Patricia Carta. Formada em jornalismo, atuou como diretora da Vogue Brasil de 2003 à 2010. Foi curadora -adjunta do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand e em 2011, assumiu o cargo de diretora da Bazaar brasileira, onde atua até hoje. Com um olhar lapidado para novos designers, suas edições não deixam nada a desejar.
A carioca Paula Merlo chegou na redação da Glamour Brasil em 2012 - junto com o primeiro exemplar da revista - para assumir o cargo de editora de comportamento e celebridades. Depois, passou a ser editora-sênior por algum tempo e em maio de 2018 - com a saída de Mônica Salgado - assumiu o cargo de diretora da Glamour. Fun, despojada e super profissional, a Glamour está mais limpa, adulta e com cara de revista de moda divertida. Diferente das edições anteriores - que se falava muito de celebridades, com design super poluído - a Glamour se re-inventou com a liderança de Paula.
Não tem como negar: a morte de Franca Sozzani aos 66 anos em dezembro de 2016 foi um baque imensurável para a Vogue Itália. A italiana revolucionária comandou por 28 anos a revista mais ousada, irreverente e artística de todo o mundo. Todas as suas edições são exemplares colecionáveis para o resto e além da vida. Franca era única e de extrema genialidade. Fez da edição italiana ser referência mundial de moda e fotografia. Mas reconhecia que a Vogue Itália se mantinha sozinha independente da criatividade de cada indivíduo. Para ocupar seu lugar, entrou Emanuele Farneti, homem que comandava a GQ e AD. Franca conhecia o trabalho de Emanuele, considerado um verdadeiro criador de revistas, capaz de trazer design, olhar e conteúdo de alta qualidade para todos os títulos que já comandou.
Em janeiro de 2017, Eugenia de la Torriente assumiu o cargo de nova diretora da Vogue Espanha, que foi dirigida cheia de sucesso por Yolanda Sacristán ao longo de mais de 16 anos. Eugenia de la Torriente é uma das jornalistas de moda mais relevantes de toda a Espanha. Foi editora de moda na Harpe´s Bazaar desde 2014. Seu olhar contemporâneo com um toque do passado consegue trazer para as edições a aliança entre a arte e a moda, de forma muito poética e esteticamente polida.
Nomeado diretor de moda da revista i-D aos 18 anos, onde assumiu o cargo por duas décadas, Edward Enninful ocupa o lugar de diretor da Vogue UK. Mas sua trajetória é tão inspiradora quanto o cargo que ele ocupa hoje. Em 1998, Enninful se tornou editor colaborador da Vogue Itália. Segundo ele, trabalhar com Franca Sozzani e com o fotógrafo Steven Meisel o incentivou a amadurecer como stylist. Na Vogue italiana, ele liderou a produção do "Black Issue"l, edição que apresentou apenas modelos negros, incluindo Naomi Campbell, Jourdan Dunn e Alek Wek. A circulação dos exemplares foi tão bem sucedida que acabou fazendo com que a Condé Nast imprimisse 40.000 cópias extras. Hoje, ocupa o lugar de Alexandra Shulman na Vogue britânica.
A parisiense Emmanuelle Alt comanda a Vogue Paris desde 2011, quando Carine Roitfeld deixou o cargo de diretora da edição. Antes de levar o nome de diretora de redação, a francesa era diretora de moda da revista ao comando de Carine. Emmanuelle até então não fez nenhuma mudança drástica que diferenciasse a Vogue quando Carine comandava a direção - e afirma em entrevista que não pretende fazer nenhum movimento por enquanto.
Em abril deste ano, começaram os rumores de que a diretora de redação da Vogue America - Anna Wintour - estaria de saída da revista após 30 anos sob seu comando. A maioria diz que a personagem de The Devil Wears Prada Miranda Priestly foi inspirada nela. Mas, os verdadeiros conhecedores de Anna dizem que absolutamente não há semelhança alguma entre as duas. Famosa por ser uma mulher decidida, com gosto de alta qualidade e ditadora do que as pessoas vão querer usar na próxima temporada, ela é responsável por cuidar da September Issue, a edição "mais importante" de todas as Vogues.
