Seja a trabalho ou a lazer, viagem é um verdadeiro ritual. Do planejamento ao momento que você chega em casa e desfaz as malas, a vivência de um novo lugar deve ser única e especial, dentro ou fora do Brasil. Quem entendeu bem esse conceito e foi pioneiro em criar uma marca que atendesse todos esses requisitos foi Arthur Blaj e sua sócia, Luiza Terpins, que juntos criaram a Além.
O produto comercializado pela Além é uma linha de malas de viagem em três tamanhos que atende todas as necessidades do viajante mas, acredite, vai muito além disso (o trocadilho é intencional)! As malas são completas, com sacola de roupa suja, sistema de compressão e, no modelo Cabine, power bank para carregar o celular em qualquer lugar e até compartimento secreto com bolsa de emergência para quando você precisa de mais espaço. Mas, mais que isso, a marca chegou para estar presente durante toda a jornada do cliente: das malas à dicas de destinos, buscando sempre uma proximidade maior com o cliente.
A Além quer entender todos os desejos de seus clientes, ajudando as pessoas a viajarem bem através de seus produtos, serviços e conteúdos - para quem ama voar, indicamos o Instagram da marca, que dá várias dicas incríveis de viagens - sem contar o guia além, que é uma plataforma online gratuita com relatos e dicas de viajantes experientes.
Amantes de viagens que somos, achamos o conceito tão incrível que fomos direto na fonte e entrevistamos Luiza Terpins, que conta mais sobre a Além e vai te transformar em mais um fã - e cliente fiel - da marca:
O Arthur, nosso fundador e CEO, também é fundador da LIVO, marca de óculos que foi a primeira DNVB brasileira em 2012. DNVB é uma sigla para digitally native vertical brand, são marcas de dna digital e verticalizadas e na prática isso significa que utilizam tecnologia e o mundo digital para estarem próximas de seu público e oferecerem produtos e experiência incríveis por um valor bem melhor do que a concorrência tradicional.
Ele acredita que esse modelo de negócios é o futuro do varejo, e quando deixou a liderança executiva da LIVO para ocupar uma posição no conselho, ficou doido para aplicar o modelo naquilo pelo que é mais apaixonado: viajar. Mas além da paixão, ele também viu uma grande oportunidade, porque além de ser um mercado que cresce exponencialmente, ele entende que existem pouquíssimas marcas de viagem no mundo que tem uma conexão emocional importante com seu público.
Ao pensar nisso, ele sabia que uma marca de viagens digital nascida quase em 2020 precisaria fazer muito mais do que vender produtos: fomentar uma comunidade através de conteúdo inspirador e informativo seria o ponto de partida e pedra fundamental para o negócio e por isso veio atrás de mim, que sou jornalista e trabalhei por seis anos como repórter na revista de bordo da Gol, que consideramos a publicação de viagens mais interessante do país. Deu match e a Além nasceu daí.
Queremos inspirar, informar e equipar as pessoas para que elas viajem mais e, com a nossa ajuda, o façam da melhor maneira possível. Acreditamos que o mundo é de quem vai, que quem fica parado não conhece nada, nem a si mesmo, e que o velho clichê de que viajar é o único dinheiro gasto que te deixa mais rico é um clichê verdadeiro.
Somos uma marca cheia de valores, mas se tivéssemos que pontuar os mais importantes, é que somos conscientes, acessíveis, e temos uma cultura digital e orientada ao cliente.
Nossa geração é uma geração consciente, que quer ser ouvida, representada e que tem valorizado cada vez mais experiências do que posses.
Quase todos nossos comportamentos e escolhas como negócio estão conectados a nossos valores: oferecemos produtos excelentes e com funcionalidades pensadas especialmente para nosso público-alvo a preços bem mais competitivos do que a concorrência, doamos uma parte do nosso faturamento à capacitação de refugiados em português, compensamos financeiramente a cooperativas de reciclagem 100% das embalagens que colocamos no mercado. Então acho que a prática reflete bem nossos valores, e nossos clientes percebem e valorizam isso.
Além de amar viajar por lazer, por conta do meu trabalho com a revista da GOL, fiquei bastante imersa nesse universo por um tempo. Fiz muitas matérias de turismo tanto no Brasil como fora do país e também algumas coberturas de bastidores da aviação – já passei a noite num hangar de Congonhas para entender o que acontece com as aeronaves durante a madrugada e dias em aeroportos do Brasil para entrevistar os passageiros para aquela seção que mostra de onde e para onde as pessoas estão indo, por exemplo.
Essas experiências – e mais outras curiosas – me fizeram enxergar o ato de viajar sob diversas perspectivas. É lazer? Sim, em muitos casos. Mas também é trabalho, é investimento, é a chance de conhecer novos cenários e culturas. Existem muitas coisas a serem feitas para melhorar a experiência de viagem das pessoas.
A relação do Arthur com viagens começou bem cedo - em 1998, com 11 anos, ele passou mais de um mês na Islândia num programa de intercâmbio com várias crianças de outros países e ali se apaixonou por conhecer lugares e culturas diferentes; desde então, viajou sempre que pôde e já conhece mais de 30 países. Além disso, o sangue de viajante está na família, que tem origem imigrante, sendo os mais recentes seus avós paternos que são imigrantes refugiados da segunda guerra. Pensando neles e em tantos refugiados que fazem esse movimento todos os anos, revertemos uma parte das nossas vendas para financiar o programa de capacitação com aulas de português do Instituto Adus. Desde o ano passado, já formamos cerca de 300 refugiados de 34 países que vieram para o Brasil em busca de novas oportunidades.
Se prepare ao máximo para não correr nenhum risco ou entrar em furadas, mas não o bastante para não deixar o acaso acontecer no destino. É muito bom saber o que vai fazer, onde e como, mas uma das coisas mais legais de viajar é andar sem rumo e conhecer lugares que não estão nos guias de viagem.
Entender quem é seu cliente e colocá-lo no centro de tudo o que faz, assim como manter um relacionamento próximo e de diálogo com ele é um dos pontos mais importantes para se manter relevante como marca. Converse sempre com o seu público para entender exatamente quais são as dores que ele têm e entender como você pode ajudá-lo hoje e amanhã. Construção de marca é um trabalho de médio-longo prazo que precisa ter coerência com seus valores e consistência ao que você se propõe.
Poucas coisas são tão lifestyle quanto viagem. Quando você escolhe um destino para ir, está levando em consideração tudo aquilo que gosta e que deseja conhecer. Quando escolhe entre ficar em hotel ou alugar uma casa, também está deixando claro sua personalidade e prioridades. O mesmo vale para a época que decide embarcar e o jeito que que quer gastar seu dinheiro no destino (em compras ou gastronomia, por exemplo?).
Dito isso, não teria como criar conteúdo e vender acessórios de viagem e serviços que ajudam as pessoas a viajarem bem sem também considerar o estilo de vida do nosso público. Viajar é um estado de espírito e tem muito a ver com quem a pessoa é naquele momento, o que ela gosta e com o que ela se identifica.
Acredito que seja o fato de todos os nossos produtos serem desenvolvidos pensando nas dores do nosso público. Antes de qualquer lançamento ou post publicado, a gente sempre pensa "isso vai ser útil para o pessoal que nos acompanha? Vai fazer a diferença na próxima viagem dele?".
Hoje a gente identifica que um carregador de 10.000 mAh na mala pode melhorar a experiência de viagem daquela pessoa que vive conectada e depende da internet para reservar um restaurante ou checar se vai ter sol ou chuva no dia seguinte. Amanhã, se a gente sentir que o nosso consumidor quer algo totalmente diferente, vamos estudar para ver como conseguimos ajudá-lo.
Putz, difícil. Eu destacaria quatro que me marcaram de maneiras diferentes:
1) Israel, em 2009. Viajar para um país que tem tantas culturas diferentes no mesmo espaço é sensacional. Ainda nenhum destino me deu a sensação (positiva, no caso) de confusão que Israel me proporcionou: a de passar o dia em uma cidade que remete tanto ao passado e respira religião (Jerusalém), e, após uma hora de carro, chegar para curtir a noite entre a galera descolada de Tel Aviv, uma versão do Rio de Janeiro no Oriente Médio.
2) Nova York, em janeiro de 2015. Foi a primeira vez que fui sozinha para lá. Peguei sensação de -26 graus e, mesmo assim, não deixei de aproveitar um segundo na rua. Voltei doente? Talvez. Até de helicóptero sem portas eu andei. Nova York pode ser meio clichê, mas a Luiza daquela viagem estava tão empolgada por ser dona do próprio nariz (e sem wifi o tempo todo, o que significa que me perdi várias vezes, claro), que tornou a viagem ainda mais especial do que poderia ser.
3) Ainda estou para conhecer lugar mais lindo e receptivo que o litoral norte de Alagoas. Sempre que bate o estresse eu fico com vontade de voltar para lá.
4) A volta ao Brasil após seis meses no Canadá. Voltar também é uma viagem, né? Principalmente quando estamos falando de 2008, uma época pré-Instagram, Facebook e WhatsApp. Passar seis meses longe de casa era muito mais intenso e acho que precisei de mais seis meses para aceitar que tinha voltado. Viajar é muito mais do que entrar num avião ou num carro e passar horas em trânsito. Envolve muito a nossa cabeça, nossos sentimentos e a experiência como um todo.
O Arthur diz que a viagem mais incrível é sempre a próxima (em abril ele vai escalar um vulcão no Congo, se o corona vírus permitir!) mas destaca além do intercâmbio na Islândia, viagens ao Atacama, Patagônia e Círculo Ártico, essa última acompanhado dos pais depois de não viajarem juntos por quase 10 anos.