Bolsas de luxo da China? Entenda a polêmica sobre a origem das peças
Nos últimos dias, as tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para a China têm impactado significativamente o mercado global — inclusive a indústria da moda. No entanto, no meio desse cenário, um outro assunto surgiu, sobre as bolsas de luxo da China.
Se você não ouviu falar da polêmica, explicamos: supostos fornecedores chineses das grandes maisons disseram que, na verdade, são eles os responsáveis pela fabricação, em larga escala, de bolsas e outros produtos de luxo, que são vendidos como trabalho artesanal feito nos ateliês de seus países de origem. Isso, é claro, viralizou rapidamente, com o público questionando a autoridade e transparência das grifes em relação à cadeia de produção de seus produtos.
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De acordo com as denúncias — que, até agora, não foram comprovadas — as bolsas, sapatos e roupas são produzidas em fábricas chinesas por preços baixos e mandadas para os países das marcas, que ficam responsáveis apenas pela montagem final de cada produto. Dessa maneira, seria permitido que o item pudesse receber o selo de "Made in Italy” ou “Made in France”, dependendo do local de origem da maison.
Tecnicamente, esse processo estaria dentro da lei, mas fere a imagem de exclusividade e tradição artesanal que essas grifes construíram ao longo das décadas e comunicam até hoje.
Além disso, por receberem salários muito baixos, os supostos fornecedores teriam como forma de compensar essa defasagem fabricando os famosos “superdupes” — réplicas quase idênticas às bolsas originais —, o que acabaria alimentando ainda mais a indústria da falsificação.
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Toda essa situação levantou um questionamento sobre a transparência das marcas de luxo com seus consumidores, que pagam valores altos por um produto que é vendido como autêntico, manual e exclusivo.
Se as denúncias forem confirmadas, elas irão levantar dúvidas sobre a credibilidade e as práticas éticas da indústria de luxo.
E aí, qual sua opinião sobre o assunto?