O Navio Numanice rolou essa semana e eu, que nunca tinha feito um cruzeiro e sou fã da Ludmilla, tive a oportunidade de viver essa experiência surreal graças ao convite da Seda, uma das patrocinadoras oficiais do navio. Foram cinco dias imersos em uma viagem cheia de atrações, shows e festas em alto mar que já deixaram saudade.
E é claro que vou contar tudo sobre essa experiência e ainda compartilhar algumas dicas para quem também pensa em fazer um cruzeiro temático. Já adianto que foi uma daquelas viagens que ficam para sempre na memória e que nem parecem reais de tanta coisa incrível que acontece.
Leia também: 10 hotéis assinados por marcas de luxo
primeiras impressões
Assim que eu cheguei, a primeira coisa que pensei foi que o navio era bem luxuoso. Escadas cheias de cristais, piano, lustres, esculturas… A decoração é linda e chama muita atenção, principalmente para quem nunca tinha entrado em um navio, como eu. E, olha, ele era muito maior do que eu poderia ter imaginado. Pode ser ingenuidade minha, mas apesar de saber que ele seria grande, não tinha dimensão do quanto.
Outra coisa que foi bem legal é já entrar no clima do Numanice, as músicas estavam tocando em todo o navio, havia paineis temáticos para tirar foto, era quase como se estivéssemos na cidade Numanice.
As primeiras horas foram um pouco caóticas porque todo mundo ainda estava tentando se encontrar, achar suas cabines e também tinham algumas questões para resolver em relação a pacote de internet e bebida, por exemplo. Então foi bem agitado, mas logo foi resolvido e já ficou mais tranquilo.
a cabine
Ao ir para o meu andar e entrar na minha cabine pela primeira vez, achei que ia ficar muito perdida toda vez que tivesse que entrar e sair de lá, porque é muito grande, com vários corredores, mas pelo número do quarto você se acha fácil e se acostuma rápido, eu juro.
Conheci minha cabine, que era externa com varanda, então tinha uma vista linda do mar (mas que a noite dá medo, confesso). Ela era bem ampla. Tinha uma cama grande, sofá, mesa para trabalho e armário. O banheiro era compacto, mas o espaço é bem ok.
Ah, um fato sobre o navio é que a tomada é padrão internacional. Por sorte, porque eu não sabia disso, eu levei meu adaptador que tinha comprado para uma outra viagem que acabei não precisando. Então, fica a dica.
Eu também apanhei um pouco do chuveiro, demorei a entender como funcionava, mas ele basicamente tem duas extremidades em que a de cima serve para controlar a temperatura e a de baixo a quantidade de água. Depois que peguei o jeito, foi moleza.
comidas e bebidas
As comidas eram liberadas em dois restaurantes. O principal era no 14º andar, que é gigantesco e funcionava como buffet. Havia várias estações com muitos tipos de comida, que mudavam dependendo do horário do dia. Ele fica aberto 24 horas, então dava para comer a qualquer hora mesmo.
Já o outro restaurante, no 5º andar, tinha horário certo de funcionamento e você era servido na mesa com uma entrada, prato principal e sobremesa à sua escolha dentro das opções disponíveis. Acabei indo só uma vez por conta da maior praticidade do outro, mas super gostei, principalmente da sobremesa — um sorvete de chocolate meio amargo muito gostoso.
As bebidas inclusas dependiam do pacote que você comprava. O meu incluía qualquer coisa que custasse até US$10, o que era muita coisa. Refrigerantes, sucos, água, cervejas, drinks, taças de alguns vinhos e espumante eram algumas das opções.
espaços e experiências
Como o Navio Numanice era muito grande, é claro que ele tinha muitos espaços públicos, até mais do que era possível ser explorado em cinco dias. Entre eles, teatro, academia, spa, restaurantes, bares, galeria, lojas, piscinas, tobogã, cassino, cinema, espaço de games e muito mais.
O cassino é muito legal e apesar de eu não ter apostado nada por lá, amei ficar admirando e tomando drinks, porque você se sente em um filme que se passa em Las Vegas. As máquinas pedem a partir de alguns centavos de dólar, mas eu preferi não arriscar porque fiquei com medo de apertar algum botão errado e gastar mais dólares que eu poderia pagar, haha.
Tinha vários bares bem lindos também, mas que acabaram ficando vazios, porque as pessoas iam mais aos shows e festas na piscina. De qualquer forma, foi ótimo passar por lá e explorar o espaço.
Também tinha várias atividades super legais, como aula de dança, aeróbico, yoga, competição de karaokê, brincadeiras para as crianças, encontros de adolescentes e muito mais.
Pelo que eu vi, essa parte é bem mais procurada em cruzeiros que não são temáticos, porque as pessoas têm muito mais tempo livre e aí exploram mais o navio.
Algo muito legal que também rolou foi o salão de Seda, que era livre para quem quisesse fazer penteados para as festas e colocar acessórios no cabelo.
pool party
A pool party fez muito sucesso e era super divertida. Havia festas nas duas piscinas disponíveis, cada uma com um estilo de música, mas a minha favorita foi a que Seda promoveu, porque além de DJ, eles encheram a piscina de boias e ainda teve fitdance, que eu particularmente amo muito.
Resultado: me acabei de tanto dançar à beira da piscina. Talvez eu até tenha pagado um leve mico por dançar mal e estar do lado de muitos tiktokers profissionais que filmaram tudo, o que me levou a aparecer nos vídeos.
Seda ainda tinha um espaço para fotos, que se você postasse ganhava produtos incríveis da linha ceramidas, prebióticos e Seda boom, além de bolsa, viseira e canga. Foi tudo!
shows
Agora, a parte mais importante: os shows do Navio Numanice. Foram quatro dias de show, sendo dois dedicados ao projeto que dá título ao evento e dois com artistas convidados.
O primeiro dia já foi de Numanice e a Ludmilla cantou músicas do primeiro, segundo e recém-lançado terceiro álbum de pagode. Foi emocionante vê-la cantando pela primeira vez e todo mundo sabendo todas as letras com dez dias de lançamento.
Eu nunca tinha ido a um show de Numanice, então estava muito empolgada e ela não me decepcionou. Cantou minhas músicas favoritas dos álbuns, incluindo “Maldivas”, quando Brunna, esposa dela, tradicionalmente sobe no palco para dançar. Ver esse momento ao vivo foi surreal.
No segundo dia, acabou chovendo bastante e entre as três atrações, só o DJ Dennis conseguiu tocar. Nesse dia eu acabei perdendo o show, porque sou uma jovem senhora e ele começou tarde, quando a chuva parou.
Já no terceiro dia, que seria apenas Numanice, rolou os outros dois shows que seriam da noite anterior, só que durante a tarde. Teve Felipe Ret e Belo e foi incrível.
Preciso falar especificamente do Belo, porque eu amo esse homem, sou fã de pagode então é impossível não se emocionar com uma apresentação dele. O show foi MUITO bom, chorei, cantei até ficar sem voz e foi um momento mágico de verdade.
À noite teve Ludmilla de novo com mais pagode, cantando músicas que ela não tinha cantado no primeiro dia e atendendo os pedidos do público. Depois também rolou Lud Brisa, que é a versão DJ da Ludmilla e nessa hora o show vira uma grande bagunça boa, a galera sobe no palco, dança muito e se diverte. Foi maravilhoso!
Para fechar com chave de ouro, o último dia teve Pixote, Gloria Groove e a DJ Bárbara Labres. Como já deu para perceber, sou pagodeira e nem consigo descrever o que senti vendo Pixote tão de perto, cantando as músicas que eu ouço desde a adolescência.
A Gloria foi um verdadeiro espetáculo, juro! Ela tem tudo que a gente ama em uma diva pop: serviu looks, medleys, dança, cenário, conceito, carisma e hits. Fiquei apaixonada.
A gente, inclusive, entrevistou a cantora e vou até deixar por aqui o TikTok para quem quiser conferir.
looks
As noites foram temáticas, o que fez a galera soltar a criatividade na hora de montar os looks. Os temas foram: anos 2000, numahype, festa do pijama e rolou uma noite livre. As produções para a piscina também estavam mega estilosas e eu saí de lá super inspirada pelos looks. O mais legal foi que ninguém teve medo de ousar, todo mundo foi bem autêntico e quase não tinha produções básicas, viu? Afinal, não tem oportunidade melhor para se jogar na criatividade que em festas temáticas.
perrengues
Como nada na vida é perfeito, também teve perrengue no navio. Principalmente no segundo e no quarto dia, estava balançando bastante porque ele estava indo bem mais rápido. Creio que foi por conta da chuva, que acabou atrasando um pouco o trajeto. E aí não tinha remédio de enjoo que dava conta do incômodo que é ter o chão balançando, você se desequilibrando e a sensação de tonteira que dá. Nesses momentos eu tentei dormir um pouco, mas ainda assim não era nada bom. São coisas que fazem parte de estar em alto mar.
Deixo aqui a dica: sempre leve pelo menos dois remédios para enjoo que não dêem sono, só para garantir.
o que achei do Navio Numanice
Para finalizar, acho que a experiência é daquelas que todo mundo precisa viver uma vez na vida. Se você é fã de um artista e ele fizer um cruzeiro temático, só vai! É muito legal porque está todo mundo na mesma vibe, é uma festa o tempo todo, as expectativas são grandes e o clima é algo que não dá nem para explicar de tão bom.
No entanto, eu, Karen, não faria um cruzeiro novamente por causa da parte chata do balanço, além de não ficar exatamente confortável em ficar tantos dias em um lugar que não dá para sair. Ser o navio da Ludmilla foi fundamental para que a experiência fosse incrível, em outro contexto eu não sei se me adaptaria.
No fim, é claro que valeu a pena porque foi uma oportunidade que me trouxe muitos momentos inesquecíveis. Obrigada pelo convite, Seda!
