Todo ano, é natural que a gente queira saber o que vai estar em alta na próxima temporada, seja na decoração, moda ou beleza. E quando se trata da decoração 2026, a sensação é unânime: em meio a um mundo acelerado e digital, nossas casas ganham um novo papel — o de verdadeiros refúgios.
Ambientes mais calmos, naturais, sensoriais e profundamente humanos começam a ocupar o lugar daqueles espaços super minimalistas e impessoais. A busca por bem-estar, cuidado e responsabilidade ambiental fortalece um design mais consciente, que respeita o planeta e abraça quem vive nele.
Acima de tudo, queremos casas que tenham alma, que contem histórias, revelem afetos e reflitam nosso estilo de vida. Por isso, a arquiteta Ana Rozenblit, da Spaço Interior, reuniu as cinco grandes apostas para 2026.
decoração 2026: tendências para apostar
paleta de cores, materiais e sensações: aconchego, natureza e autenticidade
Em 2026, o olhar se volta para cores que abraçam: terracota, argila, verde oliva, bege quente, tons amadeirados e azuis suaves.
Os materiais acompanham esse movimento: madeiras em tonalidades mais escuras, linho, palhinha, fibras naturais e texturas mais orgânicas. Tudo isso cria uma atmosfera de acolhimento — aquela sensação de chegar em casa e respirar fundo.
A estética do “feito à mão” também ganha força. Imperfeições, texturas, peças artesanais e sinais de uso passam a ser vistos como poesia: marcas de vida que tornam o ambiente único e verdadeiro.
formas, móveis e arquitetura de interiores: curvas, modularidade e personalidade
Os móveis seguem um caminho mais suave e fluido. Curvas, linhas orgânicas e peças com aparência quase escultural invadem salas, quartos e áreas sociais. Ao mesmo tempo, a funcionalidade aparece de forma inteligente: móveis modulares, soluções embutidas e layouts flexíveis, perfeitos para a dinâmica atual das cidades e dos apartamentos menores.
E um detalhe: há um retorno delicado de elementos clássicos como molduras, painéis, rodapés elaborados e sancas, que trazem profundidade e aquela sensação de ambiente “bem-vestido”.
sustentabilidade, biofilia e conexão com o ambiente: casas mais conscientes
A pauta ambiental deixa de ser tendência e se torna compromisso. Em 2026, veremos cada vez mais materiais reciclados, soluções de baixo impacto, tintas menos tóxicas e projetos energeticamente eficientes.
O design biofílico — essa ponte entre casa e natureza — também se fortalece com plantas, janelas generosas, integração entre interior e exterior, pedras naturais e fibras vegetais. São escolhas que elevam o bem-estar e transformam a luz, o ar e a energia dos espaços.
A tecnologia continua presente, mas quase imperceptível: iluminação inteligente, automação discreta e sistemas de conforto invisíveis, pensados para facilitar a rotina, sem interferir na estética.
individualidade, estilo pessoal e curadoria: adeus, ambientes de catálogo
Mais do que estética perfeita, a casa de 2026 valoriza histórias. A decoração passa a incorporar peças artesanais, objetos cheios de significado, achados vintage, lembranças de família e aquilo que faz sentido para cada morador.
Os interiores ganham um olhar mais curatorial: arte, composições afetivas, móveis escolhidos com intenção.
É o momento de receber bem o “máximo com equilíbrio”: um maximalismo consciente, onde camadas de textura, cor e luz convivem de forma harmônica, sem exageros.
arquitetura e tecnologia: casas que se adaptam, conectam e duram
A arquitetura de interiores acompanha o ritmo da vida contemporânea com projetos flexíveis e funcionais. Plantas integradas, soluções multifuncionais e armazenamento inteligente se tornam essenciais.
A tecnologia aparece como aliada silenciosa (climatização, automação, sensores, iluminação dinâmica), tudo pensado para proporcionar conforto sem transformar a casa em um painel de gadgets.
E, acima de tudo, surge uma valorização crescente da arquitetura consciente: espaços duráveis, sustentáveis, confortáveis e pensados para acompanhar as mudanças da vida por muitos anos.
