Essas são as marcas brasileiras e sustentáveis que estão no radar da nossa editora de moda
Vamos começar logo de cara adiantando que, se você curte uma moda mais consciente e está constantemente procurando por novas marcas brasileiras com viés sustentável para conhecer, esse post é o seu lugar. Não é segredo para ninguém que sempre estamos com nossos radares fashion ligados, atentas a tudo o que acontece nesse universo, sejam as novas tendências ou os projetos que se destacam. Bom, e temos que dizer que, já faz um tempo que temos amado acompanhar as etiquetas integrantes do projeto Nordestesse.
Se você nos acompanha no dia a dia, deve ter visto que falamos algumas vezes sobre esse hub criativo - um espaço colaborativo que conecta pessoas, promovendo trocas e experiências, por exemplo - que tem dado voz e visibilidade para marcas brasileiras da região Nordeste do nosso país. Além de fomentar a moda nordestina, o projeto também têm como uma de suas principais preocupações a sustentabilidade. Por aqui, a nossa editora-chefe, Aline Santos, não deixou escapar nada, e nos contou um pouco sobre algumas marcas que trazem essa perspectiva em suas essências. Vem ver:
mb conceito e balbina
Para começar vamos falar sobre uma dupla de marcas brasileiras super descoladas e elegantes, a MB Conceito e a Balbina, ambas criadas e comandadas pelo diretor criativo Moab Barros. Apesar de cada uma das etiquetas terem segmentos e públicos-alvo diferentes, as duas têm em comum o objetivo de resgatar a ancestralidade negra e exaltar seu protagonismo na moda nacional. Além disso, a fim de diminuir o desperdício e o descarte de resíduos, Moab também criou um sistema de reaproveitamento das sobras dos tecidos utilizados nas coleções regulares. Desenvolvendo patchworks mega criativos e estilosos, dos quais são utilizados na criação de novas peças únicas e exclusivas.
meninos rei
Muito conhecida no cenário da moda nacional por suas criações urbanas e ressignificadas, feitas em tecidos africanos - que são tradicionalmente usados em vestimentas de cerimônias do Candomblé -, a marca Meninos Rei também se preocupa com o impacto do descarte de seus resíduos no meio ambiente. E pensando justamente nesse ponto, uma das soluções abordadas para dar um destino mais sustentável e consciente para as sobras e retalhos não aproveitados, são doados para uma empreendedora de Itapuã - bairro tradicional da capital baiana -, que os transforma em acessórios e artesanatos super coloridos e cheios de cultura enraizada.
azulerde
Tendo como principais inspirações, as artes visuais e a representatividade afro futurista para a construção da sua essência, a Azulerde apresenta em suas criações uma representação contemporânea de sua ancestralidade. Atrelado a isso, também se destaca a sua forte preocupação com uma produção de viés sustentável, onde, desde o nascimento da marca em 2017, grande parte de suas peças tem algum elemento oriundo do reaproveitamento de resíduos sólidos de outros mercados. Dentre os materiais que mais se destacam estão: os acrílicos, reciclados ou coletados de empresas de sinalização de Recife; madeiras naturais, vindas de uma indústria de persianas também recifense; e laminados, de uma marcenaria de Moreno. Esses materiais são empregados nos detalhes dos acessórios e aplicações das peças, gerando diretamente a circularidade de subprodutos.
ateliê mão de mãe
As marcas brasileiras de moda integrantes do projeto Nordestesse, abordam a sustentabilidade de maneiras diferentes, enquanto algumas já conseguem empregar esse viés para o processo como um todo, outras ainda estão expandindo para seus setores. No caso da Ateliê Mão de Mãe, por exemplo, esse conceito está intrínseco à escolha de seus materiais, já que trabalha com o algodão, uma matéria-prima natural. Além disso, não podemos deixar de destacar a parceria super bacana com a iniciativa Sou de Algodão, que busca promover uma ideia de consumo de moda mais consciente e responsável.
santa resistência
A Santa Resistência, da estilista Mônica Sampaio, tem como um de seus pilares a sustentabilidade. Além dos processos, que buscam aproveitar e reaproveitar ao máximo suas matérias-primas, a etiqueta prioriza também os ideais limpos dos fornecedores com os quais trabalha. Um exemplo é a Lunelli Têxtil, uma de suas patrocinadoras, que tem compromisso com processos sustentáveis, que vão desde a certificação até o tratamento da água que utiliza. A Santa, que também é uma das marcas brasileiras de moda integrantes do projeto Sankofa, em seu último desfile para SPFW, apresentou dois looks criados a partir de tecidos cedidos por um grande conglomerado de moda brasileiro, o grupo SOMA, ressignificando e transformando tais materiais em novas peças.
grão
Focada em slow fashion, a Grão é uma marca de moda sustentável criada por Renata Pinheiro. Com uma produção de baixo volume e sob demanda, a etiqueta tem como um de seus maiores diferenciais os métodos de tingimento 100% naturais, que não utiliza nenhum tipo de corante químico ou qualquer outro aditivo tóxico. Além disso, faz uma curadoria de tecidos e materiais biodegradáveis a serem usados em suas criações, e realiza a reutilização dos extratos tintórios - oriundos de seus processos de tingimento, que são internos, e podemos dizer que quase artesanais. E não para por aí, já que também reaproveita suas sobras têxteis para confecção de outros itens, como brindes.
depedro
Ser sustentável tem se tornado um dos principais pilares de grande parte das marcas brasileiras de moda, como também é o caso da DePedro, do diretor criativo Marcus Figueirêdo. Desde a criação da etiqueta, o estilista busca conciliar práticas sustentáveis com a arte dos artesãos do Seridó, resgatando as raízes do sertão de forma respeitosa e consciente. A essência primordial da marca sempre esteve muito atrelada às três bases principais da sustentabilidade - social, econômica e ambiental -, logo muitas de suas práticas são regidas por esses conceitos. Dentre elas, destacamos o uso de matéria-prima reciclada ou orgânica, tingimento com corantes naturais, reaproveitamento de resíduos sólidos, cadeia produtiva local e 100% constituída por sertanejos, e geração de empregos e renda para a região.
soul dila
Se você ama marcas brasileiras de moda com uma pegada mega descolada e moderna, além da vibe praiana super alto astral, precisa conhecer a Soul Dila. Criada por três amigos, em 2008, de forma despretensiosa, a etiqueta produz peças super divertidas, como por exemplo as camisetas com expressões muito usadas na Bahia. Em constante crescimento, a Soul Dila também promove ações internas a fim de diminuir seus impactos ambientais, onde podemos destacar o uso de sobras de tecidos para a fabricação de subprodutos, como cachepôs, cangas - tingidas à mão -, bolsas e ecobags, e nécessaires. Os processos de estamparia são desenvolvidos de forma sustentável, como no caso da ECOPRINT, método que utiliza menos água. A seleção de fornecedores alinhados com seus princípios limpos também são pontos importantes para a marca.
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