Estou endividada, e agora? 6 passos práticos para sair das dívidas
Dívidas fazem parte da vida de muitas pessoas e de diferentes classes sociais, seja ganhando pouco ou muito. Talvez você nunca tenha passado por isso, mas Jana Rosa, empresária, criadora de conteúdo e fundadora da página “Bonita de Pele”, passou e pensou: "Tá, estou endividada, e agora?".
Jana foi entrevistada no nosso podcast “O que tem na sua carteira?”, uma parceria entre Steal The Look e B3, e revelou que há dois anos começou a missão de quitar dívidas (na casa do milhão), que sua empresa adquiriu. Mesmo sendo um sucesso de vendas no Instagram, um belo dia ela descobriu que as contas não fechavam e que a empresa estava no vermelho.

Se você não estiver atenta e tomar as rédeas da sua vida financeira. Esse tema é mais comum do que parece e pela primeira vez, o número de inadimplentes no Brasil ultrapassou a marca de 70 milhões de pessoas, equivalente a 42% dos adultos do país, segundo a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). O número é estarrecedor, mas a notícia boa é que existe luz no fim do túnel.
entenda sua situação financeira
Antes de agir, é essencial entender sua situação financeira. Saber exatamente quanto você ganha e gasta permite ajustes estratégicos para melhorar sua relação com o dinheiro. Faça um diagnóstico completo: anote todas as suas dívidas, juros, prazos e o total devido. Vá ao banco se for preciso para entender melhor a situação e tentar uma negociação que seja mais viável e compatível com o que você pode pagar. Faça registros semanais ou mensais da sua renda e dos gastos. Isso ajudará a visualizar onde cortar despesas e como distribuir melhor os recursos.
organize o seu orçamento
Adote um sistema de controle financeiro, seja por planilhas, aplicativos gratuitos ou anotações em agendas. O importante é ter clareza do seu dinheiro e para onde ele está indo todos os meses. O método 50-30-20 é o mais indicado pelos especialistas:
- 50% da renda para despesas necessárias: moradia, alimentação, luz, gás, internet, transporte (se você tiver carro ou trabalha fora de casa), atividade física, ou seja, são as coisas mais essenciais que você não pode ficar sem.
- 30% para despesas não necessárias: compras de roupas ou produtos que você queira, restaurantes, passeios, presentes, delivery, carro de aplicativo para essas saídas, etc
- 20% para investimentos e pagamento de dívidas: se sua dívida cabe dentro desses 20% de toda a sua renda e são parcelas que não alteram o seu orçamento mensal, então é super possível arcar com esse compromisso e investir na sua reserva de emergência e fazer aportes no curto, médio e longo prazo, sendo a maior parte na renda fixa e uma parte menor na renda variável.
Mas se sua dívida for um valor muito alto e está comprometendo seu orçamento mensal, ou então tem juros estratosféricos, seu foco principal deve ser quitar todas elas o mais rápido possível. Nenhum investimento tem juros como o do rotativo do cartão de crédito, que está em 445% ao ano, segundo dados do Banco Central. Então nesse caso, pagar a dívida é mais inteligente do que investir.
crie um plano de pagamento
Priorize as dívidas com juros mais altos, como cartão de crédito e cheque especial, que viram uma bola de neve quando não são pagos. Esqueça a timidez e negocie com os credores por descontos, melhores condições de pagamento ou aumento do número de parcelas. O importante é mostrar que você está disposta a pagar.
Se sua dívida for com um parente ou uma amiga, dê satisfações a essa pessoa, explique sua situação, peça para parcelar a dívida e cumpra com o combinado.
Para quem tem financiamento de apartamento ou casa, por exemplo, em alguns casos é possível solicitar uma pausa ou carência temporária nos pagamentos. Verifique as possibilidades com o seu banco. O mais importante de tudo é não “deixar para lá” ou abandonar a dívida para que ela não se torne algo ainda mais oneroso.
reduza gastos desnecessários
Identifique despesas não necessárias e corte onde for possível. Diminua seu custo de vida, cancele assinaturas não essenciais, ligue para sua operadora de telefone e internet e peça um desconto, pois caso contrário você vai migrar de operadora (isso sempre funciona). Opte por compras inteligentes no supermercado, levando sempre a lista de compras e fazendo trocas inteligentes. Dê uma pausa nos deliverys, nas saídas caras e apague os aplicativos de compras do seu celular por tempo indeterminado. Acredite, você não precisa de mais uma blusinha. Enquanto estiver quitando dívidas, evite fazer novas compras parceladas.
faça rendas extras
Esse é o momento que você precisa fazer dinheiro e renda extra é sempre muito bem-vinda. Tente arrumar um trabalho freelancer na sua área ou em outras funções que você pode explorar. Venda itens que você não use mais, isso vale para roupas, bolsas, sapatos, livros, eletrodomésticos ou eletrônicos que estão parados e sem utilidades. Essa é a hora de pensar o que você pode oferecer, seja de serviço ou produto, para aumentar o seu orçamento. Não tenha medo ou se intimide com trabalho nenhum.
busque conhecimento
Aprender a cuidar do seu dinheiro, ler livros sobre finanças pessoais e buscar entender mais sobre investimentos e juros compostos, pode te ajudar a tomar decisões mais inteligentes com o dinheiro no dia a dia. Leia livros, busque sempre aprimorar seu conhecimento e acompanhe conteúdos confiáveis. Não sabe por onde começar?
Então siga o @oquetemnasuacarteira e faça uma maratona dos últimos episódios do podcast, basta colocar na busca do Youtube ou Spotify “O que tem na sua carteira?”:
