Existe um futuro para o jeans skinny?

por The Look Stealers

O jeans skinny despontou como tendência em meados de 2005 e, com o passar dos anos, se consolidou como must-have nos armários das fashionistas. O estilo manteve seu domínio sobre os consumidores por anos, desafiando as previsões dos especialistas que diziam que a trend havia chegado ao fim. Só em 2019, o modelo ainda representava 41% das vendas de jeans femininos, como apontam dados do NPD Group. Então, o que pode ter acontecido para uma queda repentina do jeans skinny e será que ele ainda tem futuro?

Primeiro, vamos investigar o que aconteceu para seu quase sumiço. Em 2020 e 2021, passamos por um período de isolamento social e começamos a priorizar roupas confortáveis por inúmeros motivos. Foi um momento de insegurança, medo e introspecção, em que buscamos um sentimento de aconchego até mesmo no look. Além disso, na maior parte do tempo, ficamos na intimidade da nossa casa e não havia razão para se arrumar da cintura para baixo, onde as câmeras das vídeo chamadas não filmavam. Colocando tudo isso na balança, dá para começar a compreender porquê passamos a não gostar mais tanto dos jeans skinny.

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Foto: @my_essential_list (Reprodução/Instagram)


o conforto se tornou essencial

Mas é claro que ainda existem mais fatores que contribuíram para essa aversão aos jeans skinny e o home office tem tudo a ver com isso. Nos acostumamos a trabalhar com calças de pijama, de moletom ou quaisquer bottoms que não nos apertassem aqui e ali, realidade completamente diferente da modelagem justa ao corpo, da cintura até os tornozelos.

E quando a vida voltou a correr nas cidades, já estávamos acostumadas a vestir roupas mais confortáveis e, mesmo que quase todos tenhamos voltado a usar calças jeans, foi natural ver uma busca por alternativas mais soltas que não prendessem tanto os movimentos.

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Foto: @nahappyvirusmi (Reprodução/Instagram)

o senso estético mudou

Se antes eram os millennials que criavam a moda, agora quem dita as tendências é a geração Z e, para eles, as calças jeans skinny nunca tiveram um senso estético bonito. A GenZ dá preferência a outros modelos como a wide leg, muito embora não tenha sido ela que tomou o lugar das calças mais apertadas, segundo as pesquisas. 

O título de queridinha vai, na verdade, para as calças jeans retas que, no ano passado, representaram 33% das vendas de denim para mulheres nos EUA ante os 30% de calças skinny. Foi a primeira vez, em pelo menos uma década, que o caimento sequinho foi deixado pra trás nesse levantamento, de acordo com a analista do NPD Group, Maria Rugolo.

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Foto: @stylishcurves (Reprodução/Instagram)

é o fim do jeans skinny?

Com certeza não! Muitas marcas apostam que os jeans skinny terão vida longa no armário dos consumidores, mesmo que não recuperem o status de "calças mais cool do momento". O modelo conquistou um lugar permanente no guarda-roupa de muitos compradores e, provavelmente, continuará como um item essencial vendido por varejistas, mesmo que os mesmos direcionem seus orçamentos de marketing para tendências mais "atuais".

É a lei de oferta e procura. Enquanto alguém ainda quiser comprar, as lojas ainda venderão. Na Levi's, por exemplo, os jeans skinny ainda representam 50 a 60% das vendas de calças femininas, segundo Jennifer Sey, presidente da marca. E mais, é possível dizer que o modelo realizou um feito: saiu do posto de tendência e entrou para a linha permanente das marcas. “Os jeans skinny substituíram a silhueta reta no começo dos anos 2000 e eles, definitivamente, podem voltar – só não temos certeza se isso será em 5 ou 10 anos”, disse Brieane Olson, presidente da PacSun.

Então, talvez você não se sinta mais tão atraída por eles hoje, mas é certo que os jeans skinny ainda têm espaço, uma fatia do mercado e, com certeza, um futuro na moda. O que nos resta perguntar agora é: quando veremos este comeback?

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