Você talvez não conheça Igi Ayedun, mas se gosta de moda, deveria guardar bem esse nome. A stylist e diretora criativa é um dos jovens talentos mais promissores do Brasil, embora já esteja morando do outro lado do Atlântico, mais precisamente em Paris.
Aos 25 anos, ela tem uma carreira invejável e muita experiência bacana para compartilhar com quem está começando a se envolver com a indústria da moda. Por isso fomos bater um papo com Igi e saber um pouquinho mais sobre essa fashion girl, que em matéria de estilo, aposta sempre no “menos é mais” – e, é claro que acerta! Confira:
![igi-ayedun-carreira-pergunta](https://static.stealthelook.com.br/wp-content/uploads/2015/09/igi-ayedun-carreira-pergunta.jpg)
Meu conselho é que as pessoas estudem muito. Claro que é essencial acumular experiências, não ter medo de trabalho duro, jamais desanimar, nunca se sentir satisfeito e saber ter humildade para aprender - não necessariamente com o que as pessoas dizem, mas certamente com o que você vive. A melhor escola está nos resultados e é a partir disso que você se reconhece como profissional.
É também super importante saber o que você está fazendo e o que quer fazer. Entender a moda longe do consumo é crucial, assim como saber a história da roupa e cruzar tudo isso com filosofia, sociologia e artes. Para fazer moda bem, tem que ser nerd, veloz e pragmático.
![igi-ayedun-paris](https://static.stealthelook.com.br/wp-content/uploads/2015/09/igi-ayedun-paris.jpg)
Estava cansada do mercado brasileiro e via que infelizmente eu não tinha tantas oportunidades aí. Pelo menos, não para fazer moda do jeito que gostaria, então resolvi escolher a cidade onde tudo nasceu, para adquirir o conhecimento da fonte e a cada dia aprendo mais!
![igi-ayedun-estilo](https://static.stealthelook.com.br/wp-content/uploads/2015/09/igi-ayedun-estilo.jpg)
Nossa! Eu poderia dizer que meu trabalho não influencia em nada meu estilo. Mas, isso não seria verdade. Fato é que eu respiro tanto moda no meu dia-a-dia, que distancio o meu estilo de tudo isso.
Claro que tenho uma silhueta, uma cor favorita (preto), mas sou tranquila com toques de humor. Normalmente tudo é organizado em função do meu desejo diário de ser sexy ou não. Pode acreditar, levo isso muito a sério, mas acho que é porque estou virando mulher. Muitas vezes prefiro ser invisível e deixar meu trabalho falar por si só. Porém, não sei quanto tempo isso vai durar, estou sempre em metamorfose!
![igi-ayedun-rotina](https://static.stealthelook.com.br/wp-content/uploads/2015/09/igi-ayedun-rotina.jpg)
Não tenho rotina, sou de gêmeos e detesto rotina. Então o mais bacana é ter uma certa liberdade para cada dia poder fazer algo diferente. Estou sempre envolvida em vários projetos ao mesmo tempo, sempre pensando em novas ideias e sempre empolgada com algo novo. Nada é constante. Para você ter uma ideia, nesse momento estou criando um plano de cobertura online para PFW (Paris Fashion Week), concebendo o styling de um desfile, fazendo personal styling de uma personalidade, redigindo duas matérias com entrevistas super especiais, organizando um evento itinerante para Março, gerenciando 20 adolescentes para o lançamento de um especial em parceria com a minha revista U+MAG e trabalhando na minha exposição para o ano que vem. Não consigo parar!
![igi-ayedun-moda](https://static.stealthelook.com.br/wp-content/uploads/2015/09/igi-ayedun-moda.jpg)
As pessoas. Adoro gente, porém não curto conviver com elas, hahaha. Mas, gosto de observar como as pessoas são, como elas se comportam, como elas se vestem e tudo isso me inspira, me fascina e me ensina a enxergar a moda onde ela realmente está: na vida! Esses dias cruzei com uma senhora no metrô, ela era negra e tinha três tons de cor de cabelo: cacau, grisalho e loiro. Tudo preso em um coque criando uma super dégradé, achei lindo e tão real! Ainda farei algo inspirado nisso.
![igi-ayedun-trabalho-moda](https://static.stealthelook.com.br/wp-content/uploads/2015/09/igi-ayedun-trabalho-moda.jpg)
Quando criança eu era fascinada por revistas de moda. A patroa da minha mãe trazia várias publicações internacionais das suas viagens pela Europa e pelos Estados Unidos, e como eu estudava meio período, passava as tardes na casa dela folheando e desenhando os modelos das revistas enquanto minha mãe trabalhava. Quando descobri que também poderia fazer revistas, aos 14 anos, alucinei e decidi que essa era minha vocação.