No quarto dia de desfiles, tivemos o inverno suntuoso de Derek Lam, a apresentação futurista do duo Carol Lim e Humberto Leon, da Opening Ceremony, e o desfile do nepalês Prabal Gurung. Conforme a Fashion Week vai avançando, estamos notando uma diversidade enorme no casting das modelos, com um alto contingente de modelos negras e de outras etnias, como você verá no desfile da Derek Lam, que se destacou bastante por isso. Incrivel, não é?
O desfile da Derek Lam nos deixou com vontade de mais inverno aqui no Brasil. Sério, dá vontade de morar dentro daqueles casacos. Citando referências como o escultor Alexander Calder e o lendário fotógrafo Richard Avedon, Lam apresentou uma coleção com motivos gráficos e cores fortes, cujo foco foram sem dúvidas os casacos. Duffle coats, pea coats, overcoats com colarinho de pele e detalhes em couro, todos em materiais e texturas ricos, foram combinados com vestidos de crochê, camisas de couro e calças de lã, além dos vestidos de couro que nós já identificamos como um must-have. Nos pés das modelos, uma linha completa de botas, indo das anke boots até as knee-high, em cores sóbrias como preto e cinza. As turtlenecks apareceram novamente, em blusas segunda-pele usadas por baixo do vestido, num styling similar ao visto em Altuzarra ontem, então é só uma questão de tempo até que elas invadam as ruas.
Encontre algumas peças similares ao inverno chic e suntuoso de Derek Lam:
Efforltless and easy. Essas foram as palavras-chave no desfile de Prabal Gurung, que apresentou uma coleção com o objetivo de enaltecer a beleza e as formas femininas sem muito esforço. Para isso, ele usou uma silhueta clássica, como vestidos longos, com mangas compridas e fechadas no pescoço, mas deu um twist com cortes inesperados na região da cintura e na gola, criando um efeito sexy bem despretensioso. Ele ainda adicionou botões em alguns dos cortes, para as mais castas. Nos casacos, Prabal seguiu uma forte tendência desta temporada ao adicionar pele no colarinho, e nas peças mais invernais também apresentou cable-knits de cashmere, que pareciam extremamente confortáveis. O designer citou uma famosa pintura de Henri Rousseau, "Women Walking In an Exotic Forest", como referência, e fez total sentido pela escolha de materiais, com peles e couros exóticos, os cortes nas roupas que pareciam causados por algum animal selvagem, e as estampas bem art naïf.
O futuro, as seen by Carol Lim e Humberto Leon. A inspiração era o trabalho de Syd Mead, o designer que criou o visual futurista de Blade Runner, e o foco da coleção foram os tecidos high-tech. Muitas das peças pareciam projeções holográficas, como os brilhosos casacos de veludo jacquard e os knits costurados com cristais multicolores. O veludo é, aliás, uma das maiores tendências dessa NYFW, e no desfile da Opening Ceremony vimos looks inteiramente em veludo, das botas até o casaco. As botas foram um espetáculo à parte: OTKs plataforma de couro, e num look específico foram usadas com um casaco de couro preto, evocando a estética da trilogia Matrix. Carol e Humberto também criaram muitos pointy flats para usar com as calças palazzo e alguns vestidos de lamé. Nos acessórios, destaque para os brincos de prata compridos usados em apenas uma orelha.
Encontre peças com o mood futurista da Opening Ceremony: