Se você frequentou qualquer mídia social nos últimos dias, com certeza se deparou com alguma foto, quote ou review da nova minissérie original Netflix, "O Gambito da Rainha". A produção chegou tímida na plataforma de streaming, sem muita divulgação e marketing envolvido, mas, do dia pra noite se tornou um dos conteúdos mais populares do Netflix Brasil, dominando a rodas de conversa e conquistando uma legião de fãs ao redor do mundo.
Apesar de fictícia, a minissérie conta com conceitos e personagens reais e representa uma árdua realidade de sexismo não só no xadrez, como na sociedade da época. A produção foi super bem recebida pela crítica, principalmente por ser fiel ao ambiente e aos detalhes do jogo.
Logo que foi disponibilizada na plataforma, nosso time maratonou o lançamento e hoje, vieram compartilhar seus review e críticas sinceras da minissérie. Vem com a gente e nos conte, qual sua real opinião sobre "O Gambito da Rainha"?
"Impossível não amar quando a protagonista é a Anya Taylor-Joy. Maratonei a série em um dia porque ela flui de maneira muito natural, intercala o passado e o presente e ainda provoca vários sentimentos diferentes a cada episódio. A fotografia fria contrastou super bem com os figurinos (perfeitos) e mesmo tendo um final um pouco previsível, o roteiro é bem construído e a trilha sonora é maravilhosa. A série fala de vício, perdas, superação e feminismo, tudo isso nos anos 60 com toda a revolução da contracultura acontecendo."
"Eu quis ver a série, depois não quis mais, mas finalmente engatei. E sério, quando comecei a assistir não parei mais! Os episódios têm um ritmo ótimo, uma história envolvente e pra quem gosta do jogo, o seriado é demais porque consegue traduzir toda a emoção do xadrez. Fora isso, pra quem gosta de moda, a evolução de estilo da protagonista conforme o seu crescimento profissional e pessoal ao longo da década de 60 (com um cheirinho dos anos 70) é maravilhosa."
"Para mim, "O Gambito da Rainha" é uma série necessária. Apesar de representar alguns vieses da realidade enfrentada nos anos 50, a série me fez refletir como muitos desses desafios estão presentes para nós até hoje.
Beth não foi uma menina de grandes privilégios, cresceu num orfanato de meninas e com muitos traumas de infância, gatilhos emocionais e envolvida constantemente com ansiolíticos. Porém, sempre foi extremamente inteligente e interessada. Aos 9 anos, Beth pediu ao zelador do orfanato para que lhe ensinasse o Xadrez e foi aí que tudo começou.
A trajetória de Beth Harmon como enxadrista, foi incrível! Diante de um cenário extremamente masculino e elitista, Beth não mede esforços para conquistar o seu espaço e mostrar pra que veio. Com o tempo, ela descobriu que o seu maior adversário estava dentro dela mesma. Uma versão de si com problemas com álcool e ansiolíticos, a deixava sempre para trás. O que me parece extremamente comum até mesmo nos dias de hoje, não é mesmo?!
Apesar de ser uma ficção, para mim, representou muito a realidade dos dias atuais. Beth não ganha todas as partidas, não foi adotada quando criança e nem cresceu rodeada de privilégios. A personagem sofre constantemente, seja por problemas emocionais ou por, simplesmente, ser mulher."
"De cara quis assistir a série por toda a temática e enredo, como uma apaixonada por séries e filmes de época não poderia perder, a série que aborda muitos temas dentro do xadrez, como a mulher era vista na época e o papel dela na sociedade, além de incorporar moda, arquitetura, história dentro da trama, o nuances comportamentais da personagem principal e as visitas que ela vazia ao passado através das memórias me prenderam do inicio ao fim. "