O esporte vai muito além de ser apenas uma competição. Ele representa união, superação, conquistas, quebra de barreiras e a realização de sonhos. Seria bobice subestimar a importância das modalidades esportivas simplesmente por não gostar delas. Durante 14 dias, o mundo se uniu para acompanhar as Olimpíadas de Paris, e agora que terminaram, eu me pergunto: o que fazer agora? Talvez mergulhar nas Paralimpíadas e, em seguida, me congelar até a Copa do Mundo de 2026.
Tenho certeza de que, se você acompanhou quase todos os esportes ao longo dessas duas semanas, vibrou pelo Brasil e aprendeu as regras de modalidades como Taekwondo ou Surfe, simplesmente porque havia um brasileiro lutando por um pódio contra atletas de altíssimo nível. Se é o seu caso, assim como eu, você também vai sentir saudades do que vimos em Paris.
Desde o ouro inédito de Beatriz Souza no Judô, que me emocionou quando ela dedicou a vitória à sua avó, até a quinta medalha conquistada por Isaquias Queiroz na Canoagem, separei abaixo alguns dos momentos mais marcantes dos Jogos Olímpicos de Paris. O evento mal terminou, mas já deixa aquele gostinho de saudade e a expectativa para mais. Bom, continue lendo para descobrir quais são e quem sabe a gente não se encontra em Los Angeles, né?
Brasil, o país do Judô
Nas Olimpíadas de Paris 2024, o Brasil reafirmou seu status como uma das potências mundiais do judô! A delegação brasileira brilhou nos tatames, conquistando diversas medalhas e emocionando o país. Beatriz Souza, por exemplo, fez praticamente uma nação inteira ao chorar quando conquistou o primeiro ouro do Brasil nessa edição das Olimpíadas. Rafaela Silva também arrepiou todo mundo quando ajudou a delegação a levar o bronze na competição por equipes, consolidando ainda mais o Brasil como uma nação de judocas talentosos e apaixonados.
Brilha muito, Rebeca!
Rebeca Andrade e toda a equipe brasileira voltaram a encantar o mundo na Ginástica Artística durante as Olimpíadas de Paris. Com uma performance repleta de técnica e emoção, Rebeca garantiu quatro medalhas para o Brasil, reforçando seu nome na história do esporte e consolidando-se como a pessoa com mais medalhas do país! Ela liderou uma delegação brasileira que brilhou nos aparelhos, mostrando ao mundo a força e o talento da ginástica do país.
Menção honrosa para todas as meninas da delegação que deram sangue (literalmente, né Flavinha?), suor e lágrimas para a competição, garantindo a primeira medalha na competição geral por equipes. Que orgulho das meninas!
Caio Bonfim na Marcha Atlética
Caio Bonfim mais uma vez mostrou sua resistência e determinação na marcha atlética, dessa vez em Paris. Com uma performance estratégica e ritmo constante, ele alcançou uma posição de destaque, representando o Brasil com garra e determinação e garantindo a medalha de prata. Caio, que já é um veterano nas competições olímpicas, mostrou que sua experiência é um trunfo valioso e deixou todo mundo emocionado na sua entrevista para a Cazé TV.
O amor (casamento) está no ar
No dia 2 de agosto, logo após Huang Yaqiong, da equipe chinesa, conquistar o ouro ao lado de seu parceiro Zheng Siwei nas duplas mistas, seu namorado, o também jogador de badminton Liu Yuchen, a pediu em casamento. Liu se ajoelhou logo após a cerimônia de premiação. Quatro dias depois, a atleta francesa Alice Finot, após terminar em quarto lugar nos 3.000 metros com obstáculos feminino, foi até as arquibancadas e pediu seu namorado, o triatleta espanhol Bruno Martínez Bargiela, em casamento, utilizando um broche olímpico. (Ele aceitou e colocou o broche na camisa.)
Uma luta, três pessoas
Com certeza, uma das histórias mais inspiradoras de Paris 2024 foi a da esgrimista grávida que competiu com determinação e coragem. Essas Olímpiadas nos mostraram como as mulheres são imparáveis e poderosas. Grávida de sete meses, Nada Hafez, uma esgrimista egípcia de 26 anos, venceu sua primeira luta, mas foi eliminada um pouco depois. No entanto, após a competição, foi ao Instagram compartilhar a boa notícia.
“O que parece para você como duas jogadoras no pódio, na verdade eram três! Era eu, minha competidora e meu bebêzinho que ainda não havia chegado ao nosso mundo!” Hafez compartilhou. “A montanha-russa da gravidez é difícil por si só, mas ter que lutar para manter o equilíbrio entre a vida e os esportes foi nada menos que extenuante, mas valeu a pena.”
5x Isaquias Queiroz!
Com uma arrancada histórica e espetacular no final do C1 dos 1000m das Olimpíadas de Paris. Remada a remada, o baiano, natural de Ubaitaba, garantiu a prata, tornando-se a segunda pessoa com mais medalhas para o Brasil. "É uma sensação de alívio, muita felicidade. Não foi um ano fácil para mim. Essa medalha, para mim, é como se eu tivesse sido campeão olímpico", contou o canoísta para Pedro Bassan, da TV Globo.
Cindy Ngamba e a primeira medalha da equipe de refugiados
Cindy Ngamba fez história em Paris 2024 ao conquistar a primeira medalha para a Equipe Olímpica de Refugiados. Sua vitória foi muito além de um feito esportivo; foi um símbolo de esperança e perseverança em meio às adversidades. Após sua vitória na partida contra a francesa Davina Michel, a atleta de 25 anos agora se classificou para lutar na final no sábado (10) e garantiu a medalha de bronze.
Julien Alfred ganha a primeira medalha de Santa Lúcia
Julien Alfred escreveu seu nome nos livros e nas Olímpiadas de Paris! A velocista fez história não apenas por se tornar a mulher mais rápida do mundo ao vencer os 100 m rasos, mas também ao conquistar a primeira medalha olímpica de Santa Lúcia. Um dos feitos mais emocionantes do atletismo, com certeza.
Tara Davis-Woodhall e seu marido
Após ganhar o ouro no salto em distância feminino nas Olimpíadas de Paris, Tara Davis-Woodhall correu até seu marido, Hunter Woodhall, um velocista paralímpico. Os dois se abraçaram enquanto ela dizia a ele: "Eu consegui". Um daqueles momentos onde você para e pensa que nunca é apenas sobre os esportes, é algo muito além.
9.9 do Medina e sua foto histórica
Gabriel Medina fez história em Paris 2024 com uma pontuação de 9.9 no surfe, em uma performance que deixou todos de boca aberta. Sua manobra perfeita foi imortalizada em uma foto que rapidamente se tornou icônica, capturando o momento exato em que Medina desafiou as ondas do Tahiti.
Paixão não tem idade: Zeng Zhiying compete nas Olimpíadas aos 58 anos
Zeng Zhiying provou que a idade é apenas um número ao competir no tênis de mesa aos 58 anos. A título de curiosidade, Zhiying fez sua estreia olímpica pelo Chile, décadas depois de perder a chance de representar a China nas Olimpíadas de Los Angeles em 1984.