Entrando na reta final da Paris Fashion Week, o sétimo dia de desfiles teve muito streetwear e toques mais contemporâneos. Por exemplo, o Mug Show de Demna Gvasalia para a Balenciaga, e especialmente a nova coleção de verão de Matthew Williams para a Givenchy. Por outro lado, o minimalismo sofisticado de Pierpaolo na Valentino conseguiu equilibrar as emoções no dia.
Logo abaixo você pode conferir mais detalhes sobre todas as apresentações de hoje (02) e, claro, ficar por dentro dos nossos destaques favoritos. Portanto, se você está acompanhando nosso report diariamente, te convidamos a continuar deslizando sua tela, cara leitora. Vem com a gente:
Sob uma grande trilha de lama feita pelo artista espanhol Santigo Sierra, Demna apresentou sua nova coleção de primavera/verão. O desfile — intitulado The Mud Show —, carregava inúmeros dos códigos estéticos que Gvasalia tanto gosta. Moletons e jaquetas oversized, calças utilitárias amplas, piercings e claro, os óculos futuristas. As novidades ficam por conta de um acessório inusitado, a bolsa-luva, e alguns corsets.
Na passarela, ao som de uma batida intensa e pesada, Kanye West foi o responsável por abrir um dos shows mais aguardados da semana de moda de Paris. Em nota, o diretor criativo da Balenciaga afirmou que não irá mais explicar suas coleções. “A moda é uma arte visual e tudo o que precisamos é que ela seja enxergada através dos olhos de alguém. Moda, em seu melhor cenário, não precisaria de uma história para ser contada, goste você ou não.” Sobre a escolha da decoração e estética escura, o designer explica que a lama é uma metáfora para a busca da verdade com a ideia de manter-se com os pés no chão.
Após o sucesso iminente do Pierpaolo Pink, o que viria a seguir? Bom, sem restrições e com uma coleção que foi feita para todos, o verão de Piccioli vai dos tons vibrantes até as noites de gala com muito brilho e all black. Não importa se você prefere visuais mais glamourosos, ou se o seu mood é minimalista, o desfile Unboxing Valentino definitivamente terá algo que fara seus olhos brilharem.
Vale ressaltar que a alfaiataria foi um dos pontos altos da coleção. Casacos feitos de nylon, blazers transpassados, macacões com bainhas onduladas, todos construídos de maneira minuciosa e que honram a silhueta da marca. Olhando por esse ângulo, o que fica, é que essa é uma coleção com maximalismo refinado na sua precisão, ou seja, é praticamente o melhor dos dois mundos.
Se pudéssemos definir a coleção de Matthew Williams para a Givenchy em poucas palavras, elas seriam "streetwear com ares sofisticados." Melhor ainda, é o encontro entre o cocktailwear, com direito a vestidos de plumas e luvas de ópera, e um passeio despojado nas ruas de Paris — ah, certifique-se de incluir muitas bermudas cargo no look para essa ocasião. Analisando bem, esse desfile reuniu muito do que MMW realizou na marca por várias temporadas e, como resultado, parece que ele finalmente estabeleceu sua estética para a casa.
Ainda assim, fica um pouco do luxo silencioso que gostaríamos de ver até um pouco mais dentro da Givenchy: os mini-tailleurs, zíperes nas luvas, alças finas nos vestidos e a iconografia em forma de G nas bolsas. Enfim, esse é o conceito de sofisticação para Matthew, e parece funcionar aqui.
Imagine um desfile feito para agradar a Geração Z, em quem você pensa? Pode ser que a Versace apareça nos seus pensamentos, ou talvez, até mesmo David Koma. Bom, cada capital da moda parece ter seu foco nas tendências Y2K — e, querendo ou não, enquanto os anos 2000 estiverem em alta, muitas marcas irão firmar seus códigos com base nas trends dessa época —, consequentemente, em Paris, a descolada Ottolinger ficou com o posto.
Christa Bösch e Cosima Gadient não se contiveram e criaram looks que muitas seguidoras fiéis do weird girl aesthetic iriam adorar: jaquetas biker desconstruídas, terninhos justos, muito bodycon e cortes irregulares. “É como de manhã, quando há uma luz muito quente e você tem aquela sensação boa sobre o dia. Você começa o dia otimista, sai e assina um contrato — não é um dia comum, é um dia muito bom.” Explicou Gadient em entrevista à revista Vogue.
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