Com terceiro dia agitado — especialmente para as look stealers que estão in loco cobrindo essa maratona —, e marcado por desfiles espetaculares como a Balmain de Olivier Rousteing e o minimalismo chique da Courrèges, a Paris Fashion Week segue rendendo coleções de primavera bem interessantes e diversificadas. Há quem prefira optar trabalhar o otimismo do verão, e também existem aqueles designers que preferem explorar um lado mais sóbrio.
Se você ficou curiosa para saber de mais, te contamos em detalhes logo abaixo, portanto, continue deslizando sua tela e vem descobrir quais os destaques aconteceram hoje (28) na PFW. Ah, também estamos postando tudo no nosso feed e stories do Instagram, por isso, nos acompanhe por lá para ficar ainda mais por dentro do que está rolando na cidade luz.
Olivier Rousteing é bom no que faz e isso é indiscutível, sua visão disruptiva trouxe — ainda mais — vida a Balmain, é como se ele tivesse mudado a rota da marca para sempre — assim como Dion Lee fez na Bottega Veneta e agora, talvez, faça na Burberry. O primeiro look desfilado lembrou um pouco a fall season, e apesar de ainda trazer um pouco do DNA daquela coleção, os demais visuais eram completamente diferentes, com calças pantalona, saias esvoaçantes, um pouco de macramê e vestidos de tule.
O desginer soube explorar diversas estampas fantasiosas e renascentistas que conversavam muito bem entre si, além dos tecidos, construções, camadas e texturas, tudo isso em um show — remetendo a uma época em que era muito comum que os desfiles fossem performáticos e, consequentemente inesquecíveis —, intitulado "Balmain Festival" que está na sua terceira edição e sempre é muito bem comentada. Fica aqui mais uma salva de palmas para o diretor criativo da marca e sua constante vontade de se reinventar.
A Courréges de Nicolas Di Felice é deslumbrante para os jovens. É um pouco daquilo que você já espera: bodycon, calças de cintura baixa, visuais descomplicados — mas com personalidade — e simplesmente cool. Fazer o que é confortável, é errado? Não, quando bem-feito e bem aproveito é a pedida certeira para sucesso comercial e digital.
Em um ambiente all white, com a música que acompanhava a fonte de areia que foi instalada no local e deu a sensação de uma ampulheta gigante. É uma coleção que está ligada com o tempo, a prova está na mistura dos cortes mais atuais e despojados, com algumas outras inspirações, tais como o vestido feito de silicone, que foi modelado a partir de um modelo vintage da Courrèges de 1974.
Os primeiros looks do retorno do designer belga, Dries Van Noten, a semana de moda de Paris, deu a impressão de que essa seria mais uma coleção sóbria. Depois de alguns instantes, uma saia azul cobalto no meio de um blazer oversized preto abriu alas para um bloco mais colorido, ainda minimalista, porém, explorando combinações de tons suaves. A última parte do desfile é quem ficou responsável por introduzir produções mais vividas, parecendo um jardim de verão.
Van Noten usou seu tempo de passarela para nos contar uma história, que começa introvertida e calma, e termina em uma explosão floral que carrega consigo uma pontinha de esperança bem otimista.
“A dor desses três anos ainda não foi curada. Vai levar muito tempo para ficar curado". Jun Takahashi chega a Paris Fashion Week com um sentimento de dor, isso fica nítido em seus ternos, vestidos e demais peças com cortes tão ríspidos quanto uma lâmina. Apesar disso, muitos dos visuais estavam adornados com flores e frutas, além da presença de cores fortes com o amarelo neon e o pink. Ou seja, será que a mensagem ali teria a ver com estar se reconstruindo aos poucos? Com ter esperança? Bom, pelo menos, foi isso o que o designer japonês transmitiu, e ficamos contentes em poder sonhar junto dele.
Comemorando seu 10° aniversário, a sueca Acne Studios sempre vai levar um pouco do lifestyle escandinavo para as passarelas. É solto, é prático, apesar de parecer "doce" à primeira vista — especialmente pela cartela de cores em tom pastel escolhida por Jonny Johansson —, também é subversiva, trazendo detalhes drapeados para os ternos, estampas em alto-relevo em vestidos e mangas irregulares em suas blusas.
Apesar da delicadeza da coleção, em contrapartida as rendas e tecidos de cetim bem polidos, também haviam casacos e bolsas com detalhes pontiagudos e maxi vestidos bem reveladores. Johansson apresenta uma coleção de primavera que funciona como um convite ao mundo dos sonhos, onde nem tudo precisa, necessariamente, fazer sentido, só precisa ser bom.
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