No dia 1 de Maio é comemorado mundialmente o Dia do Trabalho, a data comemorativa é feriado nacional e conta com diversas celebrações ao redor do mundo. Mas dessa vez, escolhemos substituir a nossa celebração por um papo sério. Um assunto que apesar de já estar presente em nossas vidas há muito tempo, parece que sempre o estamos jogando por debaixo dos panos e evitando falar sobre. Mas, com a sua incidência cada vez maior, nesse Dia do Trabalho, precisamos falar sobre: a Síndrome de Burnout.
Apesar do nome um pouco complexo, a Síndrome de Burnout é bem simples, ela se caracteriza por um excesso de estresse e cansaço extremo ligado ao trabalho, ela é um distúrbio psíquico caracterizado pelo estado de tensão emocional e estresse provocados por condições de trabalho desgastantes. Pode estar ligada ao excesso de demanda, como também à um ambiente de trabalho exaustivo e mais estressante do que o normal.
Segundo dados do International Stress Management Association, a síndrome acomete 32% da população que tem sintomas de estresse. E, nos casos mais graves, pode levar a problemas de saúde físicos, como úlceras, diabetes, aumento no colesterol, gastrite e no pior dos casos, até ao suicídio.
O burnout é coisa séria e devemos manter os olhos abertos aos primeiros sinais que a síndrome pode nos dar. Ele não é um vírus, não é algo que do dia para noite você vai contrair. Sua natureza é muito mais complexa e profunda, crescendo ao longo do tempo, o que o torna muito mais difícil de reconhecer. Ainda assim, nossos corpos e mentes nos dão sinais, e se você souber o que procurar, poderá reconhecê-lo antes que a situação seja agravada.
Ainda hoje há um extremo preconceito na hora de falarmos sobre saúde mental, doenças psicológicas ou doenças psicossomáticas, principalmente quando elas estão ligadas ao trabalho e mais ainda quando elas estão ligadas à mulheres no trabalho. O esgotamento completo e o excesso de estresse ainda são vistos como fraqueza e como má performance, em diversos mercados, setores e indústrias. Quando juntamos isso com a jornada dupla que diversas mulheres enfrentam todos os dias, a Síndrome de Burnout é quase uma consequência inevitável. Por isso, é tão importante falarmos sobre o assunto visando a desmistificação dos transtornos mentais.
_quais os sintomas?
Por ser algo que acontece a longo prazo, os sintomas são diversos e difíceis de notar. Os primeiros e mais comuns sintomas, são:
- cansaço físico excessivo;
- agressividade;
- isolamento;
- irritabilidade;
- dificuldade em se concentrar;
- lapsos de memória;
- ansiedade;
- pessimismo;
- baixa autoestima.
Entre diversos outros! Manifestações físicas também são extremamente comuns, algumas delas são, dor de cabeça, enxaqueca, sudorese, palpitação, pressão alta, dores musculares, insônia, crises de asma, distúrbios gastrointestinais, perda de apetite e por aí vai.
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_acho que estou com a síndrome do burnout, e agora?
Se você estiver enfrentando alguns desses sintomas, isso deve ser uma chamada de atenção, talvez você esteja se encaminhando para algo mais grave. Tire algum tempo para avaliar honestamente a quantidade de estresse presente em sua vida e seu trabalho e encontre maneiras de reduzi-lo. A Síndrome de Burnout não é como uma gripe; ela não vai desaparecer depois de algumas semanas, a menos que você faça mudanças significativas em sua vida!
Comece pedindo ajuda, conversando com seus superiores do trabalho, vá atrás de ajuda psicológica, diminua se possível a carga horária de trabalho, aprenda a delegar, procure hobbies, interesses foram da vida profissional, pratique exercícios físicos, fique um pouco longe da tecnologia e de novo, procure ajuda terapêutica. A síndrome de Burnout tem cura!