A nostalgia pelos anos 90 continua com tudo trazendo ícones da época de volta ao centro das atenções, e é impossível falar na década sem mencionar Carolyn Bessette-Kennedy e seu estilo absolutamente atemporal. O gosto por clássicos, mas sempre auxiliados por toques de autenticidade, fizeram com que seus looks se mantivessem modernos e relevantes décadas depois.
O recente lançamento do livro "CBK: Carolyn Bessette Kennedy: A Life in Fashion", de Sunita Kumar Nair, mergulha em sua vida com centenas de fotos e entrevistas com figuras públicas e do círculo íntimo da americana, proporcionando uma reflexão sobre seu impacto na moda quase 25 anos depois de sua trágica morte em 1999 em um acidente de avião ao lado do marido e da irmã, introduzindo a figura de Carolyn para uma nova geração. Com pitadas de quiet luxury e old money, mas repleta de inspirações para quem adora um visual autêntico e refinado, suas escolhas continuam exercendo fascínio e despertando curiosidade.
A seguir, a gente conta tudo que você precisa saber sobre o estilo de Carolyn Bessette-Kennedy.
Nascida nos arredores de Nova Iorque em uma família de classe média, Carolyn iniciou sua carreira na moda no início dos anos 90 como vendedora em uma loja da Calvin Klein em Boston até chegar ao posto de relações públicas da marca americana. Foi nessa época, já como Diretora de comunicação da CK, que sua vida mudaria para sempre ao conhecer e se apaixonar por John Kennedy Jr., filho do presidente dos EUA JFK, assassinado enquanto cumpria mandato, e da lendária primeira-dama Jackie Kennedy.
Apesar dos Estados Unidos não terem uma família real, o clã Kennedy possui a mitologia e o glamour - e as polêmicas - dignas de realeza. O então solteiro cobiçado John já tinha a vida acompanhada permanentemente por paparazzis e, ao começar sua história de amor, Carolyn foi lançada aos holofotes. Mesmo sendo comparada com frequência à sogra Jackie, celebrada por seu bom gosto e pelo estilo ladylike, Bessette-Kennedy era cheia de personalidade e, talvez, o que faça mais sentido é pensar nela como a equivalente nova-iorquina da Princesa Diana. Além dos finais trágicos, as duas tinham em comum a elegância inata e a capacidade de elevar tudo que vestiam. Com estilo impossivelmente sofisticado, mas sem esforço, alguns elementos eram onipresentes em seu guarda-roupa e claro que a gente analisou todos para comentar aqui.
Começando por seu vestido de noiva assinado por Narciso Rodriguez, seu então ainda desconhecido colega de trabalho na Calvin Klein e amigo pessoal. Do tipo slip e bem simples, o look ganhou a companhia de véu e luvas transparentes e foi arrematado por sandálias Manolo Blahnik, tornando-se um dos looks de noiva mais copiados e amados de todos os tempos.
Aliás, em festas, ela mantinha essa vibe despretensiosa, sempre adicionando itens que quebravam a formalidade excessiva. Fã de preto total, suas apostas sempre tinham um toque especial, impedindo que seu estilo se tornasse chato ou sem graça. Fosse variando o tipo de decote, os materiais ou as silhuetas, seu pretinho nunca era básico.
Outro fator interessante é que ela raramente usava joias, especialmente em ocasiões festivas. Além de maquiagem leve que, no máximo, ganhava um batom vermelho.
Apesar de trabalhar na Calvin Klein, ela raramente usava a grife dos pés a cabeça, gostando de misturar. Sua marca favorita era Prada e ela também gostava de usar designers mais avant-garde como Ann Demeulemeester, Comme des Garçons e Yohji Yamamoto. Mas foi seu street style que consagrou o interesse, já que, apesar de ser muito citada quando o assunto é quiet luxury, sua aversão a logos é conhecida, chegando a retirar manualmente etiquetas visíveis de peças.
Carolyn tinha uma faceta divertida e sabia perfeitamente dosar o refinamento com toques despojados deixando seu visual único e digno de inspiração.
Mas e os pilares do seu guarda-roupa? Composto por mais ou menos 40 peças, ela era mestre em editar e criar centenas de opções diferentes com peças cuidadosamente selecionadas.
A camisa branca, por exemplo, não podia faltar e era sua eleita para qualquer hora do dia, fazendo par com saia longa e bolsinha vintage em baile de gala ou com jeans:
O slip dress não foi apenas para o casamento: o modelo era recorrente em suas composições, usado de várias maneiras diferentes.
O jeans boot cut ocupava o topo do pódio no quesito calças. Seu preferido era o 517 da Levi’s, normalmente comprado em brechós.
Na cartela de cores, os neutros corriam na frente e ela amava o combo de preto e bege. Outro truque de styling que não podia faltar era o mix de texturas.
Ela não era muito afeita a estampas, exceto quando o assunto era casaco, a maioria absoluta assinados por Miuccia Prada, complementos ideais para trazer emoção à base mais clean. E era aí que ela ousava mais: padronagens diversas tinham vez, do quadriculado ao animal print.
Nos pés, botas de cano longo, sandálias de salto bloco, chinelos e loafers faziam parte do repertório.
Alguns acessórios se tornaram marca registrada, como os óculos de formato oval e em preto ou em padronagem tartaruga e as tiaras. Lenços na cabeça também agradavam, assim como bonés.
Suas bolsas normalmente eram pretas de tamanho médio a grande. As queridinhas eram uma clássica Birkin, normalmente lotada de coisas, ou modelos minimal da Prada - a de acabamento em verniz era sua fiel companheira.
Chique, mas imperfeita, sua influência segue nas passarelas e pode ser percebida no DNA de marcas como The Row e Khaite, mas também de forma mais sutil em nomes progressivos, como Sandy Liang.
E você, já conhecia a história e estilo da Carolyn?