Entre os dias 3 e 6 de julho aconteceu em Paris a semana de Alta-Costura, isto é, a semana que contempla os modelos mais exclusivos e luxuosos das casas de moda. São peças meticulosamente feitas à mão, por artesãos extremamente qualificados e com os melhores materiais e técnicas existentes. A nível de curiosidade, mas também para que se entenda a importância do título de Haute-Couture, ou Alta-Costura em português, uma marca só pode receber essa qualificação caso atenda a uma série de pré-requisitos, como por exemplo, ter um ateliê em Paris com mais de 15 funcionários fixos e e apresentar suas coleções ao público duas vezes ao ano, com, ao menos, 35 looks, para citar apenas alguns.
Com tamanha atenção e detalhamento é de se esperar que o resultado seja uma verdadeira obra de arte - e de fato é. As peças são riquíssimas, o crème de la crème das técnicas de costura e design, é a moda elevada a sua última potência. É também das semanas de Alta-Costura que saem aqueles looks incríveis que ficamos babando durante premiações como Grammy ou Oscar. Inclusive, amamos ver as fotos dos desfiles imaginando quem serão as celebs a usar cada modelo. Vamos ver os melhores momentos da semana:
Givenchy chamou atenção não só por sua coleção em preto e branco com detalhes metalizados, superchic, mas também pelo casting pra lá de estrelado que contou com Léa T., Bella Haddid e Kendall Jenner.
Dior, que até a apresentação esteve com o cargo de diretor criativo vago após a saída de Raf Simons da Maison, fez o que soube fazer de melhor e homenageou seu tailleur Bar, este tipo de blazer super estruturado combinado à saia evasê, ícone do New Look.
Chanel homenageou seus ateliês e criou um ambiente no qual as próprias artesãs compunham o cenário. Nos looks, muito tweed e ombros marcados com perfume anos 80.
Versace exercitou todo seu DNA sexy e fetichista em vestidos exuberantemente trabalhados com aplicações e bordados, recortes e transparências. Ulalá!
O desfile de Alta-Costura da Valentino, dirigida por Pier Paolo Piccioli e Maria Grazia Chiuri, homenageou Shakespeare e foi a despedida de Maria Grazia da marca, já que assumirá a direção criativa da Dior. O desfile, fiel ao tema-inspiração, faz referência às vestimentas da Idade Média e às peças e obras do dramaturgo inglês. Literalmente, poético.