O terceiro dia da semana de alta-costura de Paris contou com uma novidade: o retorno da Balenciaga ao evento após 53 anos. Depois da exclusão de todas as mídias da grife no Instagram semana passada, a maison voltou a ativa na rede, hoje mais cedo, com fotos do evento. Quem abriu este terceiro dia foi Yuima Nakazato, seguido de Franck Sorbier, Balenciaga, Elie Saab, Jean-Paul Gaultier, Viktor&Rolf, Zuhair Murad, Rahul Mishra e quem encerrou o dia foi Charles de Vilmorim.
_o retorno da balenciaga à alta-costura
Depois de 53 anos, a Balenciaga voltou ao evento sob direção artística de Demna Gvasalia. A primeira coleção do designer para a grife trouxe aspectos interessantes: modelos de diversas idades desfilaram peças muito estruturadas, e em tons sóbrios, que trouxeram um aspecto bem sólido e “pesado” para a coleção. A maioria das peças eram maiores e aumentavam algumas características físicas dos modelos, como os ombros. O conceito simples do desfile, as plaquinhas enumeradas dos modelos, e algumas modelagens foram uma homenagem a Cristóbal Balenciaga, criador da maison.
_elie saab gritou elegância
Elie Saab entregou uma coleção de vestidos incríveis nesta semana de alta-costura. A grife utilizou diversas cores para compor a coleção, porém mantendo-as em tons frios. As flores foram o maior foco da maison, tanto bordadas, quanto feitas com penas, com aplicações de brilho, com tecidos ou nas rendas, foram o detalhe mais presente na coleção. A coleção é bem diversificada e faz uso de recortes e transparência, mas sem perder a identidade.
_street style de jean-paul gaultier assinada pela sacai
Depois de revelar que sua última participação na semana de alta-costura seria na edição de primavera de 2020, o estilista anunciou uma nova estratégia: convidar um designer a cada temporada para interpretar os códigos da casa e dar a visão de alta-costura. É a oportunidade de designers mais jovens interpretarem as obras de Gaultier.
Aguardada desde 2020, a coleção foi desfilada hoje na semana de alta-costura da Jean-Paul Gaultier. A colaboração entre as maisons trouxe um pouco do street style para o evento. A grife ousou em apresentar peças feitas a partir de outras peças, vimos saias feitas de blazers e casacos, casacos feitos de calças entre outras criações diferentes que trouxeram um pouco da estética do upcycling, assim como no desfile de Ronald Van der Kemp. As cores sóbrias dominaram o desfile.
_viktor&rolf e a narrativa da realeza
A coleção chamada “The New Royals” trouxe uma estética monárquica mais puxada para o camp, assim, conta com materiais coloridos, casacos de pelos estampados, um excesso de pedrarias, aplicadas nas peças de vestuário como também usadas em acessórios, mangas bufantes, além de faixas diagonais (àquelas que as misses usam) com escritos empoderados e críticas para a sociedade. As flores também se fizeram presentes neste desfile como em muitas outras maisons.
_a leveza de rahul mishra
Com a coleção intitulada “The Shape of Air”, Rahul Mishra mostrou peças em tonalidade de azul, laranja e rosa. Um conceito interessante da maison foi o uso de “casas” bordadas, que transformaram algumas peças em cidades. A coleção, assim como outras que marcaram presença na semana de alta-costura, usou flores para detalhar ainda mais os itens que trouxeram uma delicadeza para o show.
_os clássicos e elegantes de zuhair murad
A aposta do estilista foi em clássicos sempre muito elegantes, como a silhueta justa. As cores sóbrias trazem um ar mais sério, que pode ser um pouco quebrado pelas características que deixam as peças super glamorosas, como o brilho, a transparência, fendas, caudas, franjas e demais detalhes em dourado. As criações de Zuhair Murad para esta semana de alta-costura exalam sensualidade, porém sem perder a elegância.
Amanhã acontece o último dia de desfiles e estamos ansiosas para ver o que as maisons podem trazer de mais inovador. Conta pra gente: até agora qual foi sua apresentação favorita?