Todas as vezes que Kaia Gerber me fez querer cortar os cabelos

por Giovana Marcon

Eu sempre fui muito apegada aos meus cabelos. Na época da escola e faculdade eu tinha pânico de ir ao salão para cortar as pontas. Me dava taquicardia sentar naquela cadeira. E apesar de sempre ver os curtos e long bobs e achá-los lindos, achava que nunca iria passar a tesoura e que curto não combinava comigo. Todo mundo sempre me dizia que “cabelo cresce”, mas o apego era tanto que nem cogitava cortar tanto assim. 

Aí a Kaia Gerber, modelo e filha de Cindy Crawford, apareceu com os fios curtinhos e eu me apaixonei. Quando ela apareceu no Instagram com os cabelos chanel, uma chaminha acendeu dentro de mim.

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Foto: Kaia Gerber (Reprodução/Instagram)


Sempre tive vontade de experimentar um long bob, mas achava que por ter muito cabelo e muito volume, não ficaria legal em mim. Achava que ia dar aquele efeito de “capacete”, sabe? Tinha certeza de que eu não ia segurar o corte. Por isso não foi um processo rápido ou fácil - Kaia cortou os cabelos em junho e eu fui criar coragem só em outubro. Precisei pedir opinião no Stories, para as amigas e de uma longa conversa com a minha cabeleireira - que também é minha prima. Perguntei várias vezes se funcionaria pro meu rosto e tipo de cabelo, como seria a manutenção, se eu ia precisar gastar com produtos especiais. Eu tinha que ter certeza de que não iria me arrepender, meu cabelo é praticamente toda minha autoestima.

E depois de várias aparições de Kaia de cabelo curto, muita conversa e preparo psicológico (sério, uma vez cheguei a chorar cortando o cabelo), resolvi que queria mudar. Mandei as fotos da Kaia para minha prima e falei “É exatamente isso que eu quero”.

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Foto: Kaia Gerber (Reprodução/Instagram)

Óbvio que não ficou igual porque não somos iguais. Mas assim que ela cortou meu cabelo na altura do ombro eu me senti mais confiante. Fomos aos poucos, diminuindo o comprimento até chegar onde eu queria. E pela primeira vez desde que eu tinha 6 anos, eu estava com o cabelo curto.

Ao contrário das outras vezes em que precisava de pelo menos duas semanas para me adaptar ao novo corte, me senti imediatamente bem. Claro que rolaram algumas crises para descobrir como secar do jeito certo, como fazer babyliss com o comprimento tão curto, mas a facilidade para lavar e secar é maravilhosa. Tanto que depois de dois meses fui e cortei ainda mais!

Às vezes vejo fotos minhas com cabelão e sinto muita falta. Às vezes me sinto mais bonita com eles curtos, às vezes quero que ele cresça logo, não é uma relação muito estável. Mas todo mundo me diz que eu nunca estive tão bonita e isso me ajuda a pensar que a mudança foi boa e que, por mais superficial que seja, também mudou o jeito que eu me comporto e minha autoconfiança.

Hoje eu entendo 100% pessoas que são apegadas aos seus cabelos e que têm medo de passar a tesoura, mas posso afirmar que o desapego vem sempre na hora certa e deixa a vida muito mais fácil. Então a minha dica é aquela que todo mundo sempre me falava e que eu ignorava: quer cortar o cabelo? Corta! Ele vai crescer de novo.

Ah, e esse são alguns produtos de cabelo que eu não vivo sem e que ajudam a controlar a cabeleira - comprida ou curta:

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