Fechando a temporada ready-to-wear de outono/inverno na Europa, a semana de moda de Paris 2021 foi uma mistura de surpresas, estreias e nomes de peso que nunca faltam no calendário francês. Conhecida por transpirar luxo e glamour das passarelas às ruas, Paris torna a data ainda mais especial com diversos eventos e festas voltados para a moda. Porém, dessa vez, por conta da pandemia, a história foi outra e muitas das apresentações aconteceram em formato digital ou em desfiles para pouquíssimos convidados.
Se você não conseguiu acompanhar todos os dias da PFW, nós separamos os melhores momentos e os principais destaques para te deixar por dentro do que rolou - incluindo as inspirações sul-americanas em coleções que marcaram presença na capital da França. Também te contamos quais foram as tendências propostas pelos designers e mostramos como trazê-las para a vida real. Abaixo a gente te conta tudo.
_raízes uruguaias
A estreia da designer Gabriela Hearst na Chloé rendeu uma coleção com ares uruguaios nas passarelas da semana de moda de Paris 2021. A estilista, nascida no Uruguai, é a nova diretora criativa da maison francesa e, além de trazer referências de seu país com listras coloridas e tons terrosos, seguindo uma proposta boho, apresentou peças feitas a partir de materiais com menos impacto ambiental e com direito a 80% dos fios de lã reciclados.
_modernizando o clássico
Apesar de popularidade da minissaia nos anos 60 ser mérito de Mary Quant, o designer francês André Courrèges foi quem trouxe a peça para as passarelas décadas atrás. Para essa coleção, o novo diretor artístico à frente da grife, Nicolas Di Felice, revisitou os arquivos de Courrèges para trazer de volta os clássicos da marca de maneira mais moderna e sofisticada.
_mix de texturas
Cecilie Bahnsen apostou em silhuetas amplas, mas com a cintura sempre bem marcada. A grife trouxe a tendência dos tecidos acolchoados em forma de vestidos românticos e contrastando com sobreposições de tricô. O mix de texturas e recortes localizados no ombro também fizeram parte dessa coleção de outono/inverno que, inclusive, veio acompanhada de um styling mais pesado até nos pés, com meias grossas e mocassins mais robustos.
_do passado ao futuro
A marca Issey Miyake decidiu buscar inspirações no passado, porém inserindo referências futurísticas a partir de recortes amplos e texturas.
_referências da alta-costura
Olhando para a sua própria coleção de alta-costura, o designer Alexandre Vauthier apostou em recortes e tecidos que faziam referência a última temporada, mas seguindo uma proposta mais casual e fácil de ser inserida na vida real para o ready-to-wear 2021.
_cromoterapia
O designer Jonathan Anderson, que está à frente da Loewe, trouxe uma coleção inspirada nas cores e no poder que elas têm de elevar o humor através das roupas. A ideia surgiu a partir de uma conversa com o estilista Benjamin Bruno, onde o mesmo contou sobre o universo da cromoterapia. O papo rendeu peças de tonalidades fortes e estampas cheias de personalidade, sugerindo um outono mais alegre e energético para a mulher moderna.
_retrofuturismo
Outra que decidiu usar o tempo como inspiração foi a grife Isabel Marant, que trouxe como tema o retrofuturismo para a apresentação da semana de moda de Paris 2021. A coleção de outono segue uma proposta baseada no futuro, mas com um toque oitentista, com peças feitas em tecidos de couro e vinil - e, claro, ombros mega marcantes. A cartela de cores variava entre tons neutros, estampas florais e nuances vibrantes.
_minimalismo chique
Jil Sander decidiu apostar em uma mulher mais minimalista e super elegante, mas que, ao mesmo tempo, gosta de detalhes ousados como renda e transparência. A paleta de cores neutras dividiu o lugar nessa coleção com tons mais delicados, como o amarelo e lilás - duas grandes apostas que também estamos de olho.