O SPFW N51 aconteceu entre os dias 23 e 27 de junho e contou com a participação de 43 marcas no line-up, entre elas, as veteranas do evento e outras que estavam estreando. O evento mostrou algumas tendências para ficarmos atentas, além de algumas atitudes que valem serem destacadas.
Vale lembrar que essa foi a primeira vez que o Projeto Sankofa marcou presença, apresentando oito marcas de estilistas racializados, o objetivo é contar com uma moda mais diversa. A iniciativa foi tomada pela VAMO (Vetro Afro Indígena na Moda), startup de inovação social, e do movimento Pretos na Moda, com o apoio do SPFW e do Instituto IN-MOD. Na edição N51 do SPFW, as apresentações das coleções foram feitas através de fashion films, transmitidos ao vivo e agora estão gravados no site oficial.
_diversidade
As marcas apresentaram suas coleções de S/S 22 ou, como costumamos chamar, Primavera/Verão 2022. O evento mostrou que a moda não é apenas estética, é política também, assim, nomes como: LED, Isaac Silva, Ponto Firme, Walério Araújo entre outras levaram para as “passarelas” modelos gordos e LGBTQIA+. Já as marcas do Projeto Sankofa, trouxeram a identidade dos povos pretos em relação à cultura e religiões de matrizes africanas. A Santa Resistência fez ainda uma homenagem para Elizabeth de Toro, princesa de Toro, na Uganda, que foi primeira africana a ser aceita na Ordem dos Advogados da Inglaterra.
_paleta tendência
É praticamente inevitável falar do SPFW N51 sem falar sobre tons terrosos, diversas marcas apostaram nessa tendência, e além da paleta, foi possível ver o uso de vermelho, amarelo e tonalidades de azul e verde, esta última cor sendo bem usada em tom militar e bandeira.
_tecidos
Em relação a materiais, o tricô e o crochê estiverem presentes nos desfiles de diversas marcas e em diferentes peças, como Ateliê Mão de Mãe, ALUF, Anacê, Ronaldo Fraga e outras. Ao falar sobre técnicas, uma das mais vistas foi o patchwork, é possível conferir em peças como calças, jaquetas, entre outras. Ainda falando de materiais, este ano foram mostradas marcas slow-fashion e sustentáveis, como Lilly Sarti, que usa matérias primas naturais e materiais ecologicamente responsáveis, como a mistura de fibras naturais e fios reciclados de garrafas PET; e a LED que usa técnicas de upcycling e customização para a criação de suas peças.
_tecnologia
A tecnologia não poderia ficar de fora desta edição do SPFW, uma vez que foi inteiramente virtual. Mas, a marca de Weider Silveiro foi além, fazendo com que as modelos usassem um celular posicionado com uma ring light para tirarem selfies ao final da passarela.
Agora conta pra gente, quais os destaques mais te interessaram no SPFW N51?