A SP-Arte é a principal feira de arte da América Latina, depois de terem adiado a edição de 2020 algumas vezes, ela aconteceu em agosto no formato virtual, do dia 24 a 30 de agosto. Este ano já rolou uma edição da SP-Arte Viewing Room - evento online - entre os dias 9 e 13 de junho. E agora vai acontecer de maneira híbrida.
A SP-Arte vai ser do dia 20 a 24 de outubro em um novo lugar, ela sempre aconteceu na Bienal do Ibirapuera, e, desta vez, será na ARCA, um galpão, que já recebeu eventos como o São Paulo Fashion Week. Os ingressos variam de R$25 - R$50 e podem ser adquiridos através do site.
No site do evento existem algumas regras, como o uso obrigatório de máscara, e apresentação do comprovante de vacinação ou do teste de COVID-19, além do aviso de medição de temperatura antes de entrar no evento.
Todas as galerias que participam de forma presencial poderão ser visitadas virtualmente também, além disso, o ambiente online terá galerias de arte e design exclusivas a serem visitadas de qualquer lugar no mundo.
De maneira híbrida, a feira apresenta uma programação recheada de conversas com artistas, curadores e críticos do mundo da arte. Roteiros exclusivos, criados sob medida para a feira, guiam os visitantes pelos corredores da ARCA e também podem ser desfrutados remotamente pelo Viewing Room para você levar a SP–Arte para onde estiver. E, ao longo da semana do evento, você ainda pode acompanhar as transmissões ao vivo do evento e cobertura aprofundada.
O evento acontece na capital paulista, porém como sabemos que muitas leitoras não são de São Paulo, decidimos indicar artistas brasileiros de diversos lugares do país para vocês seguirem incentivarem a arte nacional.
Clara Moreira é artista visual, desenhista, nasceu e mora no Recife. Sua pesquisa artística desenvolve-se no uso do desenho à mão livre feito com lápis de cor, mesmo em obras maiores, testando como diálogo poético e artesania de corpo. A artista já fez mais de 60 cartazes de filmes e festivais de cinema brasileiros alternativos.
Denilson Baniwa, do povo indígena Baniwa, é natural do Rio Negro, interior do Amazonas. É artista-jaguar e atualmente reside no Rio de Janeiro. Seus trabalhos expressam sua vivência enquanto Ser indígena do tempo presente, mesclando referências tradicionais e contemporâneas indígenas e se apropriando de ícones ocidentais para comunicar o pensamento e a luta dos povos originários em diversos suportes e linguagens como canvas, instalações, meios digitais e performances.
Nascida em Porto Alegre, Gokula Stoffel, mora e trabalha em São Paulo. Na sua prática, investiga a possibilidade do desdobramento do “pictorial” em objetos e espaço. Sua preocupação com a função da imagem no presente momento é evidente em suas obras, que vão além de pinturas: Gokula aplica técnicas desta mídia em materiais industriais, pedaços de vidro, e variados tipos de tecido para criar suas obras.
Jota Mombaça é uma bicha não binária, nascida e criada no Nordeste do Brasil, mais especificamente em Natal. Escreve, performa e faz estudos acadêmicos em torno das relações entre monstruosidade e humanidade, estudos kuir, giros descoloniais, interseccionalidade política, justiça anti-colonial, redistribuição da violência, ficção visionária e tensões entre ética, estética, arte e política nas produções de conhecimentos do sul-do-sul globalizado.
Linga Acácio é de Fortaleza e é pesquisadore, artista visual e cineaste. Desde 2012, atua como diretore de fotografia em longas e curtas metragem. Sua pesquisa se mistura com a performance e com a dissidência de gênero e das implicações entre corpo e espaço nos processos de resistência anticolonial. Acácio frequentemente parte da sua Fortaleza natal para desenvolver projetos em mídias variadas que lidam com a questão da permanência em contextos e territórios em transformação. Um caso de um trabalho formalmente e politicamente potente.
Rafael Bqueer é de Belém no Pará, e é um artista, educador e carnavalesco. Transita por linguagens como a performance, vídeo, fotografia, entre outras práticas a partir das investigações sobre: arte política e interseccionalidades, decolonialidade, gênero e ativismo como Drag Queen em boates LGBTQI+. Sua obra investiga como as diferentes formas de presença dos corpos podem estabelecer perturbações na dimensão política, ou seja, na dimensão da disputa ou negociação do real.
Tiago Sant’Ana é artista visual, curador e doutorando em Cultura e Sociedade pela Universidade Federal da Bahia. Seus trabalhos imergem nas tensões e representações das identidades afro-brasileiras, entendendo as dinâmicas coloniais que envolvem a produção da História e da memória. Suas obras fazem parte de acervos públicos como o do Museu de Arte do Rio, Museu de Arte Moderna da Bahia e Casa de Cultura da América Latina. Também trabalhou como professor no curso de Artes na Universidade Federal da Bahia.
Ana Raylander Mártis dos Anjos é uma artista nascida em Minas Gerais que atualmente vive em São Paulo. Em 2020, foi responsável pelo primeiro levantamento de artistas transmasculinos e não-binários nas artes visuais, reunindo 90 nomes. Em seus trabalhos dialoga entre a história coletiva e a sua própria, envolvendo grupos de pessoas para colaborações e experiências de aquilombamento. Vem recorrendo com frequência aos saberes da educação, escrita, performance e brincadeira como forma de compor um maquinário verbal, corporal e ético para discutir suas urgências em projetos de longa duração.
A SP-Arte acontece do dia 20 ao dia 24 de outubro e os ingressos estão disponíveis através do site.