No inverno de 2017 começamos a sentir uma brisa diferente permeando o inconsciente das mulheres mais antenadas de todo o globo terrestre. Uma brisa com um perfume antiguinho, com influências da arte renascentista, dos filmes estrelados por Jane Birkin, como La Piscine e a art nouveau tomando conta dos espaços mais descolados de todas as cidades. Os brechós viraram obsessão de toda fashionista, quebrando tabus e preconceitos de roupas já usadas. Antiquários e feirinhas de rua viraram hot spots da turma descolada da moda e da arte. A vergonha de viver uma época passada não existe mais, na verdade, é uma experiencia que virou tendência nos dias de hoje. Muito prazer, vintage fever. O mood que mistura as décadas de 20, 50 e 60 tomou conta de vestidos, acessórios e sapatos desfilados sem medo por quase toda menina que tem um quê antiguinho guardado dentro de sua alma. Até mesmo os feeds da maioria das contas do Instagram entraram nesse espírito. Fizemos uma seleção de alguns highlights dessa nova tendência de consumo e comportamento para vocês se inspirarem e colocarem em prática. Confiram:
Os lenços amarrados na cabeça no estilo camponesa já estavam aparecendo nas ruas alguns meses atrás, mas agora com a chegada do verão europeu e a aproximação da primavera brasileira, eles estão por todos os lados.
Para a tristeza de algumas brasileiras, o fio dental e o top cortininha não são mais os modelos preferidos para um bom banho de mar e sol. As mulheres procuram conforto e bem estar - em primeiro lugar. Por isso, os maiôs, tops e hot pants (muito usados na década de 60) estão dando a nova cara para o beachwear brasileiro e até mesmo mundial.
Eternizado por Brigitte Bardot, o xadrez Vichy tráz à tona os anos 50 de forma natural e despretensiosa. Pense em vestidos e saias fluidas em um dia de verão na praia ou no parque.
Muito se diz sobre o leque, que surgiu na dinastia egípcia onde era uma grande honra abanar um Faraó. Passando para o século V a.C na Grécia, os gregos abanavam suas esposas ao dormirem depois de saberem que Eros - deus do amor - arrancou uma asa de Zéfiro - deus do vento oeste - para poder refrescar sua amada Psique enquanto dormia. Na China, eles também tinham grande importância política e social. Mas foi na França na corte de Luís XIV e Luís XV que o acessório teve seu ápice. Dizem, na história da moda, que as mulheres se abanavam para afastar o cheiro ruim vindo das ruas e dos homens. Hoje, eles servem para dar charme e claro, nos refrescar de maneira graciosa e super vintage.
Muito usado nos anos 20, os saltos mais baixos representam uma forma da mulher se locomover de maneira livre e ao mesmo tempo muito feminina. Os saltos altos usados nos anos 70, 80 e 90 não fazem mais tanto sentido se forem colocados no contexto cosmopolita em que vivemos hoje em dia. Por isso, essa volta dos saltos baixos de maneira super estilosa e divertida.
Em um momento social onde nós mulheres queremos mais praticidade e conforto, as saias no comprimento midi são ideias. Muito usadas nos anos 50, principalmente no verão francês, espanhol e português, elas são ultra-femininas e valorizam qualquer silhueta.
As bolsas pequenas eternizadas pelos anos 20 voltaram com tudo. Um "toque" para sermos mais minimalistas? Talvez. Praticidade e conforto ao andar pela cidade aos finais de semana sem o acessório ser um peso tremendo? Com certeza.
