Visitei 3 brechós em Montevidéu e te conto o que vale a pena

por Amanda Honel

Se tem uma coisa que eu amo quando viajo para fora do Brasil, é conhecer os brechós locais. No mês passado, estive na capital do Uruguai e visitei alguns brechós em Montevidéu, preparando um guia especial.

Fiquei hospedada na região do Parque Rodó, que é uma ótima localização, inclusive. Consegui conhecer todos esses brechós a pé, nos bairros vizinhos, Punta Carretas e Pocitos.

Uma curiosidade: para eles, a palavra "brechó" não tem significado algum, nem tradução. Se estiver no Uruguai e quiser garimpar, procure por "second hands."

Loja de roupas de segunda mão com arara externa exibindo peças coloridas e estampadas. Moda sustentável e acessível, promovendo tendências vintage e eco-friendly. Ideal para quem busca estilo único e consciente.
Foto: Antolina (Reprodução/Amanda Honel)


antolina second hand

Esse foi o primeiro brechó que visitei, na Avenida 21 de Setiembre. Apesar de parecer pequeno por fora, tem dois andares e uma infinidade de araras. O que mais me chamou a atenção foi a quantidade de peças de marcas brasileiras à venda: Hering, Renner, Schutz e Carmen Steffens.

Encontrei muitos casacos – uma boa dica se você for no inverno –, além de bolsas e tênis.

Confesso que achei os preços um pouco mais altos do que estou acostumada no Brasil. As camisas custam cerca de R$ 50, bolsas R$ 110 e tênis entre R$ 300 e R$ 500, dependendo da marca. Se estiver por lá, vale a pena dar uma olhada e talvez encontrar um achado, como o Nike Air Max que estava por R$ 320.

Loja de moda infantil com vitrine contemporânea expondo roupas coloridas e acessórios diversos. Fachada moderna e cores vibrantes indicam tendências atuais de estilo para crianças, destacando variedade e modernidade no vestuário infantil.
Foto: Era Mío (Reprodução/Amanda Honel)

era mío

Ainda na mesma região do Antolina, o brechó Era Mío fica na Rua Luis de la Torre. De cara, já dá pra perceber o tamanho dele. Achei o mais diferente da lista, pois é o único com foco em peças infantis, tanto roupas quanto brinquedos, que dominam o primeiro piso da loja.

Na seção de roupas femininas, o que me chamou a atenção foi a quantidade de peças ainda com etiqueta, muitas delas de marcas fast fashion como Zara e H&M – inclusive, achei uma sobreposição de póa que eu já tive.

Mochila preta estilo irreverente, com estampa de personagem de óculos escuros. Tendência urbana e divertida, ótima para compor looks casuais e modernos. Ideal para quem busca acessórios estilosos e funcionais.
Foto: Era Mío (Reprodução/Amanda Honel)

O foco não era tanto em peças de marca, mas mesmo assim encontrei uma bolsa Karl Lagerfeld e uma mochila Kanken. Destaque também para peças super tendência, como cintos western e bolsas de franja.

Os preços eram semelhantes aos do Antolina: bolsas entre R$ 100 e R$ 300, vestidos por R$ 80 e tênis entre R$ 150 e R$ 300.

Loja de roupas de segunda mão,
Foto: Variete (Reprodução/Amanda Honel)

variete - second hand

Esse talvez seja o único brechó da lista que pode ser considerado de luxo, com uma infinidade de peças realmente vintage.

A loja é pequena, mas oferece muitas opções, principalmente de jaquetas de couro. Encontrei bolsas da Yves Saint Laurent, conjunto vintage da Chanel e peças da collab Gucci x Disney.

Vestido bege sem mangas com estampa de letras pretas formando
Foto: Variete (Reprodução/Amanda Honel)

O que mais me encantou foi a quantidade de peças realmente antigas, como um sapato de tango da década de 50, em perfeito estado, e um casaco laranja de uma grife local.

Os preços, como esperado, são os mais altos da lista devido às peças de luxo. A bolsa Yves Saint Laurent estava por R$ 760, sandálias por cerca de R$ 130 e jaquetas jeans no mesmo valor.

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