Agosto Dourado: a importância da amamentação para a mãe e o bebê

por Manu e Clau

A gente já disse isso, mas nunca é demais repetir: a gestação é uma montanha-russa. E como se não bastasse as mudanças físicas e emocionais durante as 40 (para mais ou para menos) semanas, quando o bebê nasce, novos desafios começam, como a amamentação. Felizmente, a gente não precisa encarar essa sozinha; eu e a Clau temos o apoio da Talu Concept, que, além de ter nos auxiliado durante todo o processo de enxoval, também ajuda com os melhores acessórios.

Mas antes, vamos falar sobre o Agosto Dourado?

Imagem de uma mulher amamentando um bebê em um sofá. Ela veste uma camisa listrada e calça larga de tecido leve, ambos em tons claros.
Foto: Amanda Schafer (Reprodução/Pinterest)


Agosto Dourado é o mês dedicado à conscientização sobre a importância da amamentação, um ato que, além de alimentar, fortalece o vínculo entre mãe e filho e contribui significativamente para a saúde de ambos. O termo "dourado" faz alusão ao padrão ouro que é o leite materno, sendo considerado o alimento ideal para os bebês nos primeiros meses de vida. A campanha foi criada para destacar os benefícios da amamentação e incentivar políticas públicas que promovam esse ato natural e essencial.

É sempre importante lembrar também que não amamentar, por quaisquer motivos, não te torna "menos mãe" e existem bancos de leite, fórmulas e outras alternativas para garantir que o seu bebê se desenvolva e cresça de forma saudável.

No entanto, é válido reforçar que a amamentação exclusiva até os seis meses de idade é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde do Brasil. O leite materno é um alimento completo, contendo todos os nutrientes necessários para o crescimento e desenvolvimento saudável do bebê, além de anticorpos que protegem contra diversas doenças. Segundo a OMS, se todos os bebês fossem amamentados exclusivamente até os seis meses, cerca de 1,5 milhão de vidas infantis seriam salvas a cada ano.

No Brasil, a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019 mostrou que 45,7% das crianças menores de seis meses eram amamentadas exclusivamente, um aumento em relação aos 37% registrados em 2006. Embora esse progresso seja significativo, ainda há desafios para alcançar a meta de 50% estabelecida pela OMS para 2025. Barreiras culturais, falta de apoio no ambiente de trabalho e desinformação são alguns dos obstáculos que precisam ser superados.

Por isso, o Agosto Dourado também tem como objetivo sensibilizar a sociedade e os profissionais de saúde sobre a necessidade de apoio às mães que amamentam. Isso inclui o estabelecimento de ambientes acolhedores para a amamentação em espaços públicos, a implementação de políticas que garantam licença-maternidade e paternidade adequadas, e a promoção de campanhas educativas contínuas. Todos esses esforços são cruciais para garantir que mais crianças e mães possam se beneficiar dos efeitos positivos da amamentação.

A amamentação é, sem dúvida, um dos pilares fundamentais para o início de uma vida saudável. Por isso, conversamos com uma especialista no assunto, a Enfermeira Obstetra Aline Fernandes, da Home Baby Assessoria, e aqui está o papo na íntegra com ela:

STL: Quais são os principais benefícios da amamentação tanto para o bebê quanto para a mãe?

HBA: Os principais benefícios para o bebê são:

  1. Nutrição Completa: O leite materno contém todos os nutrientes necessários para o crescimento e desenvolvimento do bebê nos primeiros seis meses de vida.
  2. Fortalecimento do Sistema Imunológico: O leite materno é rico em anticorpos que ajudam a proteger o bebê contra infecções e doenças.
  3. Desenvolvimento Cognitivo: Estudos sugerem que bebês amamentados têm melhor desenvolvimento cognitivo e maior QI.
  4. Vinculação Afetiva: A amamentação fortalece o vínculo emocional entre mãe e bebê.
  5. Redução de Riscos de Doenças Crônicas: Bebês amamentados têm menor risco de desenvolver doenças como obesidade, diabetes tipo 1 e 2, e algumas formas de câncer infantil.
  6. Melhor Digestão: O leite materno é mais fácil de digerir do que fórmulas artificiais, reduzindo problemas como cólicas e prisão de ventre.

Já para a mãe, os benefícios são:

  1. Recuperação Pós-Parto: A amamentação ajuda o útero a voltar ao seu tamanho normal mais rapidamente e reduz o risco de hemorragia pós-parto.
  2. Perda de Peso: Amamentar queima calorias, ajudando a mãe a perder o peso ganho durante a gravidez.
  3. Redução de Riscos de Doenças: A amamentação está associada a uma menor incidência de câncer de mama, câncer de ovário e osteoporose.
  4. Vinculação Afetiva: A amamentação promove a liberação de hormônios como a oxitocina, que fortalece o vínculo emocional com o bebê e pode reduzir o risco de depressão pós-parto.
  5. Economia: O leite materno é gratuito, evitando os custos com fórmulas infantis e acessórios relacionados.
  6. Praticidade e Conforto: O leite materno está sempre disponível, na temperatura ideal e livre de contaminações.
Mulher vestindo um vestido preto básico, elegante e versátil, adequado para diversas ocasiões. A peça é sem mangas, realçando a simplicidade e a sofisticação.
Foto: Ashley Graham (Reprodução/Instagram)

STL: Muitas mães enfrentam dificuldades para amamentar. Quais são os desafios mais comuns e como eles podem ser superados?

HBD: Existem algumas dificuldades comuns que as mães encontram, e eu explico quais são e como superá-las a seguir.

Dor e Desconforto nos Mamilos:

   - Causas: Pega incorreta, mamilos rachados ou sensíveis.

   - Soluções: Aprender e praticar a pega correta, ter conhecimento sobre os cuidados com as mamas e procurar ajuda de um consultor de lactação.

Baixa Produção de Leite:

   - Causas: Amamentação infrequente, estresse, problemas de saúde materna.

   - Soluções: Amamentar com mais frequência, garantir uma alimentação equilibrada, usar técnicas de relaxamento e consultar um especialista em lactação.

Ingurgitamento Mamário:

   - Causas: Produção excessiva de leite, amamentação ineficaz.

   - Soluções: Amamentar regularmente, compreender quais são os sinais de uma mama após a mamada efetiva, ter conhecimento sobre a pega efetiva e diferentes posições para amamentar. 

Mastite:

   - Causas: Infecção mamária.

   - Soluções: Continuar amamentando para manter o fluxo de leite, contratar uma consultora de amamentação que tenha conhecimento atualizado sobre o novo protocolo 36 de condutas para mastite.

Confusão de Bicos:

   - Causas: Introdução precoce de mamadeiras ou chupetas.

   - Soluções: Evitar o uso de bicos artificiais, usar técnicas de relactação se necessário ou administrar o leite para o bebê através da colher dosadora ou copinho, caso seja necessário.

Falta de Apoio e Informação:

   - Causas: Falta de conhecimento, mitos sobre a amamentação.

   - Soluções: Participar de grupos de apoio à amamentação, consultar consultores de lactação, buscar informações de fontes confiáveis e educar a família e amigos sobre a importância do apoio.

Retorno ao Trabalho:

   - Causas: Dificuldade em manter a amamentação exclusiva.

   - Soluções: Planejar a extração e armazenamento de leite, estabelecer uma rotina de amamentação/extração, utilizar bombas de qualidade e negociar com o empregador horários flexíveis para amamentação.

Pega Incorreta:

   - Causas: Bebê não consegue abocanhar adequadamente o mamilo.

   - Soluções: Receber orientação sobre técnicas de pega correta, tentar diferentes posições de amamentação e ajustar a posição do bebê.

STL: Como amigos e familiares podem apoiar uma mãe que está amamentando?

HBA: Amigos e familiares podem desempenhar um papel fundamental no apoio a uma mãe que está amamentando, tanto emocionalmente quanto na prática. Em termos de apoio emocional, é importante oferecer palavras de incentivo e reconhecimento dos esforços da mãe, reafirmando a importância e os benefícios da amamentação tanto para ela quanto para o bebê. Além disso, estar disponível para ouvir suas preocupações e dificuldades sem julgamento e com empatia é essencial para ajudá-la a lidar com os desafios que pode enfrentar durante esse período.

No aspecto prático, amigos e familiares podem ajudar nas tarefas domésticas, como cozinhar, limpar e cuidar de outros filhos, permitindo que a mãe tenha mais tempo para descansar e se concentrar na amamentação. Também é valioso oferecer-se para cuidar do bebê em momentos que a mãe precisa descansar ou tomar um banho, ajudando também com responsabilidades como trocar fraldas e acalmar o bebê.

A educação e a informação são outro ponto importante de apoio. Buscar informações confiáveis sobre amamentação para fornecer suporte informado é fundamental, além de participar de grupos de apoio à amamentação ou consultas com profissionais de saúde junto com a mãe. Ajudar a desmistificar crenças incorretas sobre a amamentação e incentivar a mãe a seguir orientações baseadas em evidências médicas são formas de fortalecer sua confiança e conhecimento.

Criar um ambiente de apoio também é essencial. Para isso, é importante ajudar a criar um ambiente tranquilo e confortável para a mãe amamentar, reduzindo o estresse e as interrupções durante as sessões de amamentação. Respeitar as decisões da mãe em relação à amamentação e oferecer apoio incondicional, além de ser paciente com as mudanças na rotina e nas necessidades da mãe e do bebê, são atitudes que contribuem significativamente.

Por fim, incentivar o autocuidado da mãe é crucial para sua saúde e bem-estar. Promover o descanso e uma alimentação adequada, incentivando a mãe a descansar sempre que possível e a manter uma dieta saudável e equilibrada, é uma maneira importante de apoiar. Além disso, é importante encorajar a mãe a procurar ajuda profissional quando necessário, como consultores de lactação ou pediatras, e acompanhá-la em consultas e sessões de apoio à amamentação, garantindo que ela tenha o suporte necessário em todos os momentos.

Pessoa sentada em um sofá branco vestindo uma camiseta social azul clara e calça jeans, com um bebê no colo. Usa tênis pretos com listras brancas, enfatizando um look casual e confortável. Ao lado, um cachorro pequeno descansa sobre uma manta.
Foto: @anastasiiaholoborodko (Reprodução/Pinterest)

STL: Quais são alguns mitos comuns sobre a amamentação que você gostaria de desmistificar?

HBA: Há diversos mitos comuns sobre a amamentação que precisam ser desmistificados. Um deles é a crença de que "amamentar dói". Muitas pessoas acreditam que a amamentação sempre causa dor, mas a realidade é que, embora algumas mulheres possam sentir desconforto no início, a amamentação não deve ser dolorosa. Se a dor persistir, isso geralmente indica problemas como pega incorreta ou infecção, que podem ser resolvidos com ajuda profissional.

Outro mito é que "algumas mulheres não produzem leite suficiente". É comum ouvir que muitas mulheres não conseguem produzir leite suficiente para seus bebês, mas a verdade é que a maioria das mulheres é capaz de produzir a quantidade necessária. Produção inadequada de leite geralmente está relacionada à amamentação infrequente ou problemas de pega, ambos fatores que podem ser corrigidos.

Há também a crença de que "fórmula é tão boa quanto o leite materno". Apesar de algumas pessoas acreditarem que a fórmula infantil é equivalente ao leite materno, o leite materno contém anticorpos e nutrientes únicos que não podem ser replicados na fórmula. Ele oferece benefícios imunológicos e de desenvolvimento que a fórmula não pode proporcionar.

Um mito recorrente é que "você deve parar de amamentar se estiver doente". Muitas mães acham que precisam interromper a amamentação quando ficam doentes, mas na maioria dos casos, elas podem e devem continuar amamentando, já que o leite materno fornece anticorpos que ajudam a proteger o bebê contra a doença.

Outra falsa ideia é que "bebês amamentados precisam de água extra". Algumas pessoas acreditam que, especialmente em climas quentes, bebês amamentados necessitam de água além do leite materno. No entanto, o leite materno é composto de 88% de água, fornecendo toda a hidratação necessária para o bebê, mesmo em climas quentes.

Por fim, há o mito de que "amamentar estraga os seios". Muitas pessoas pensam que amamentar causa flacidez ou danos aos seios, mas as mudanças nos seios estão mais relacionadas à gravidez e fatores genéticos do que à amamentação. Além disso, a ideia de que "após um ano, o leite materno não tem mais valor nutricional" é incorreta, pois o leite materno continua sendo uma fonte importante de nutrição e anticorpos, mesmo após o primeiro ano de vida. Esses são apenas alguns exemplos de mitos que podem ser desmistificados com informações corretas e baseadas em evidências.

STL: Qual é a importância do suporte profissional, como consultores de lactação, para mães que amamentam?

HBA: O suporte profissional, como o oferecido por consultores de lactação, é essencial para mães que amamentam, pois proporciona orientação técnica e prática fundamental. Esses profissionais ajudam as mães e os bebês a encontrar a posição correta para uma amamentação eficaz, prevenindo dor e lesões nos mamilos. Além disso, eles oferecem soluções para problemas comuns como ingurgitamento, mastite, ductos bloqueados e baixa produção de leite, além de auxiliar em casos onde os bebês não estão ganhando peso suficiente.

A educação e a informação fornecidas por consultores de lactação são outro aspecto crucial desse suporte. Eles disponibilizam informações atualizadas e baseadas em evidências sobre amamentação, além de desmistificar crenças incorretas e mitos que cercam o tema. Isso permite que as mães façam escolhas informadas e seguras durante o período de amamentação.

O suporte emocional também é uma parte vital do trabalho desses profissionais. O apoio de um consultor de lactação pode aumentar a confiança da mãe em sua capacidade de amamentar, oferecendo encorajamento e reafirmação. Ter um profissional experiente ao lado pode reduzir significativamente a ansiedade e o estresse relacionados à amamentação, proporcionando uma experiência mais tranquila para a mãe.

Os consultores de lactação oferecem ainda um apoio individualizado, desenvolvendo planos personalizados que atendem às necessidades específicas de cada mãe e bebê. Eles monitoram o progresso da amamentação e ajustam as estratégias conforme necessário para garantir o sucesso contínuo. Esse acompanhamento contínuo é essencial para o bem-estar da mãe e do bebê.

Além disso, a prevenção e o tratamento de complicações são áreas em que os consultores de lactação desempenham um papel crucial. Eles são capazes de identificar e tratar problemas de amamentação precocemente, prevenindo complicações mais graves e prolongadas. Quando necessário, esses profissionais também podem orientar as mães para outros especialistas de saúde, garantindo uma abordagem completa e integrada ao cuidado.

Por fim, consultores de lactação promovem a amamentação exclusiva e prolongada, educando as mães sobre os benefícios dessa prática nos primeiros seis meses e incentivando a amamentação conforme as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS). Eles também ajudam as mães a planejar a continuidade da amamentação ao retornarem ao trabalho, oferecendo orientações sobre técnicas de extração e armazenamento de leite. Além disso, esses profissionais têm o conhecimento necessário para apoiar mães em situações especiais, como aquelas com condições médicas específicas, bebês prematuros, ou mães adotivas que desejam amamentar ou relactar após uma pausa.

Mulher amamentando um bebê, vestindo roupas confortáveis e soltas em tons neutros e naturais, numa tendência de moda minimalista e orgânica.
Foto: Abigail Diederich (Reprodução/Pinterest)

STL: Existem alimentos ou hábitos que podem ajudar a melhorar a produção de leite materno?

HBA: Existem diversos alimentos e hábitos que podem ajudar a melhorar a produção de leite materno, proporcionando um suporte essencial para as mães que amamentam. Em termos de alimentação, alguns alimentos são particularmente benéficos. A aveia, por exemplo, é rica em ferro e pode ajudar a aumentar a produção de leite. As sementes de feno-grego também são conhecidas por suas propriedades galactagogas, ou seja, a capacidade de estimular a produção de leite. Além disso, as sementes de linhaça, ricas em ácidos graxos ômega-3, são importantes para a produção de leite. Outros alimentos, como espinafre e folhas verdes, são ricos em ferro e cálcio, essenciais para a saúde da mãe e do bebê. Cenouras e beterrabas, ricas em betacaroteno, também desempenham um papel importante na lactação, assim como nozes e amêndoas, que são fontes de proteínas e ácidos graxos essenciais.

Além da alimentação, certos hábitos podem ser fundamentais para melhorar a produção de leite materno. A amamentação frequente é um dos fatores mais importantes, pois quanto mais a mãe amamenta, mais leite seu corpo produz. O descanso suficiente é outro aspecto crucial, já que o cansaço pode afetar negativamente a produção de leite. Reduzir o estresse também é vital, e práticas de relaxamento como yoga e meditação podem ser muito benéficas nesse sentido.

Uma boa nutrição, com uma dieta equilibrada, é fundamental para manter a produção de leite em níveis adequados. Além disso, cuidados com as mamas são importantes; saber como elas devem estar minutos antes de oferecer ao bebê pode facilitar uma pega adequada, evitando dor durante a amamentação e garantindo um esvaziamento eficaz das mamas. Por fim, é importante evitar certos alimentos e bebidas que podem afetar a produção de leite, como cafeína e álcool. É aconselhável consultar um consultor de lactação para esclarecer dúvidas sobre quantidades e intervalos, especialmente se houver ingestão dessas substâncias, para garantir que a amamentação ocorra de maneira saudável e eficaz.

STL: Quais são as recomendações para mães que precisam voltar ao trabalho, mas querem continuar amamentando?

HBA: Para mães que precisam voltar ao trabalho mas desejam continuar amamentando, é importante seguir algumas recomendações que podem facilitar esse processo. Antes de voltar ao trabalho, é essencial conversar com o empregador para informar sobre a intenção de continuar amamentando e discutir a possibilidade de ter intervalos regulares para amamentar ou extrair leite. Também é importante planejar o espaço, verificando se há um local privado e adequado no ambiente de trabalho para a extração e armazenamento do leite. Preparar a rede de apoio é outro passo crucial; contratar uma consultora em lactação pode ser útil para capacitar quem vai cuidar do bebê sobre como armazenar, aquecer e administrar o leite materno, evitando a confusão de bicos na ausência da mãe. Além disso, criar um estoque de leite com antecedência, aprendendo diferentes técnicas de extração com a ajuda de uma consultora de lactação, garante que o bebê tenha leite suficiente durante o dia.

Durante o trabalho, é importante extrair leite regularmente, idealmente a cada 3 horas, para manter a produção e evitar o ingurgitamento. Armazenar o leite corretamente em recipientes esterilizados e mantê-lo em um refrigerador ou bolsa térmica com gelo é fundamental para preservar a qualidade do leite. Usar um sutiã de amamentação pode facilitar a extração e proporcionar maior conforto durante o dia.

Ao chegar em casa, a mãe deve amamentar o bebê com frequência para manter a produção de leite, aproveitando ao máximo o tempo em casa para esse contato. Se necessário, pode ser útil também fazer a extração de leite em casa para garantir que o bebê tenha leite suficiente para o dia seguinte.

Algumas dicas adicionais podem ajudar a manter a amamentação enquanto se trabalha. Manter uma dieta equilibrada é essencial para sustentar a produção de leite, assim como manter a calma e tentar reduzir o estresse, já que ele pode impactar negativamente na produção de leite. Levar fotos do bebê, uma roupinha com o cheiro dele ou ouvir músicas que lembrem o bebê durante a extração no trabalho pode ajudar, pois essas ações estimulam as emoções maternas, facilitando a produção de leite. Investir em uma bomba de leite eficiente e confortável também faz diferença na experiência diária de extração. Além disso, consultar um consultor de lactação pode oferecer suporte adicional e técnicas para facilitar a amamentação nesse período de transição. Por fim, estabelecer uma rotina consistente pode ajudar tanto a mãe quanto o bebê a se adaptarem à nova realidade de forma mais tranquila.

Mãe e bebê em quarto minimalista. Ela está usando roupa íntima branca e top de alças finas, que remetem a conforto e praticidade. O cabelo está com tranças estilizadas, um coque alto, evidenciando uma tendência de penteados protetivos e modernos.
Foto: @naraaziza (Reprodução/Instagram)

STL: Como as campanhas de conscientização, como o “Agosto Dourado”, impactam a percepção pública sobre a amamentação?

HBA: As campanhas de conscientização, como o “Agosto Dourado”, desempenham um papel crucial na mudança da percepção pública sobre a amamentação, impactando a sociedade de várias maneiras. Primeiramente, essas campanhas aumentam a visibilidade e promovem a educação sobre o tema, fornecendo informações baseadas em evidências sobre os benefícios da amamentação para a saúde do bebê e da mãe. Elas também educam sobre técnicas de amamentação, a superação de dificuldades comuns e a importância do apoio à mãe lactante. Além disso, essas iniciativas ajudam a desmistificar preconceitos, quebrando mitos e promovendo uma compreensão mais clara e científica da amamentação. Ao fazer isso, as campanhas encorajam a normalização da amamentação em público, reduzindo o estigma associado.

No âmbito do apoio e empoderamento, as campanhas como o “Agosto Dourado” oferecem suporte emocional e prático para as mães, incentivando-as a confiar em sua capacidade de amamentar. Essas campanhas promovem a criação de redes de apoio e grupos de mães que amamentam, facilitando a troca de experiências e o suporte mútuo. Além disso, elas incentivam iniciativas governamentais e institucionais, como políticas públicas favoráveis à amamentação, que incluem licenças maternidade mais longas e a criação de locais adequados para amamentação em espaços públicos e locais de trabalho. Essas campanhas também estimulam instituições de saúde a adotarem práticas amigas da amamentação, como a Iniciativa Hospital Amigo da Criança.

Os benefícios para a saúde pública são outro impacto significativo das campanhas de conscientização. Elas destacam como o leite materno pode prevenir doenças infantis e promover a saúde a longo prazo, ajudando a reduzir problemas de saúde e a mortalidade infantil. Ao promover a amamentação, essas campanhas contribuem para a redução das morbidades e mortalidades infantis. Além disso, ao diminuir a incidência de doenças em crianças amamentadas, as campanhas ajudam a reduzir os custos com saúde pública e a necessidade de fórmulas infantis, o que também diminui os impactos ambientais associados à sua produção e descarte.

Finalmente, as campanhas de conscientização influenciam a sensibilização social e cultural. Elas promovem uma mudança de atitudes, aumentando a aceitação e o apoio social à amamentação, tanto em espaços públicos quanto privados. Ao fazer isso, incentivam pais, familiares e a comunidade a apoiar e facilitar o processo de amamentação. Além disso, essas campanhas educam as novas gerações sobre a importância da amamentação, criando uma cultura contínua de apoio e prática que se perpetua ao longo do tempo.

Mulher usando blazer marrom e rabo de cavalo brinca com bebê vestido de branco. Estilo casual chic com maquiagem minimalista e acessórios discretos. Tendência de moda confortável e atemporal para mães modernas.
Foto: Dora (Reprodução/Pinterest)

Logo nós voltamos contando mais sobre as nossas experiências e expectativas. Não deixe de acompanhar e mande para alguém que precisa ler esta série de pautas sobre maternidade e, em especial, os conteúdos sobre amamentação.

Você também vai gostar