As influenciadoras digitais que não existem na vida real, mas que estamos amando seguir
Existe uma geração de influenciadoras digitais que ganha cada vez mais destaque nas plataformas das redes sociais, chegando a milhões de seguidores no Instagram. Mas, dessa vez, não estamos falando sobre Emma Chamberlain ou qualquer outra poderosa da geração Z, e sim sobre as influencers virtuais que não existem na vida real. Em outras palavras, influenciadores que são criados tecnologicamente no computador.
Você se lembra quando éramos crianças e ficávamos impactadas com filmes futuristas, onde a humanidade convivia com robôs que eram idênticos aos seres humanos? Pois, é! O que parecia impossível, hoje é quase uma realidade. Ainda não chegamos no nível de Westworld, mas é inegável que estamos caminhando para algo semelhante. Essas influenciadoras digitais virtuais são capazes de nos fazer desejar consumir o que elas "consomem", seja um look, um lugar ou até uma comida.
No primeiro momento, ao entrar na conta de uma influencer virtual, parece ser um perfil como outro qualquer. Com uma estética muito bem pensada, looks super reais - e muitos deles de grandes marcas conhecidas -, ambientes de verdade. Tudo pensado nos mínimos detalhes e real, exceto pelo fato da protagonista ser uma criação de computação gráfica. Precisamos dizer que, apesar de ser um pouco assustador no começo, logo nos pegamos interagindo com a influenciadora e até salvando looks de inspiração. É muito interessante seguir esses perfis de influenciadoras digitais do futuro e por isso, listamos alguns deles que você deveria conhecer.
Para começar o ranking de influenciadoras digitais virtuais, Lil Miquela. Ela é uma criação digital com mais de três milhões de seguidores no Instagram, já lançou singles e é uma das queridinhas de marcas de luxo, como Prada e Calvin Klein - sim, ela fecha publis como qualquer garota "normal".
Em sua rede social, Miquela posta sobre moda, lifestyle, comidas e até selfies com celebridades reais - ela, inclusive, já esteve no Brasil dando rolê com a cantora Pabllo Vittar. Além disso, a influencer também é engajada em causas sociais! A sua aparência é de uma jovem da nova geração, ela é cool e estilosa, tem sardas, dentes separados e usa franjas curtinhas - sem contar que não liga para padrões impostos pela sociedade. Ah, e vale dizer que Miquela é meio brasileira, meio espanhola.
Entre as influenciadoras digitais computadorizadas mais legais está a Kenna. Ela foi criada em 2019 pela marca alemã Essence Cosmetics e foi apresentada como estagiária de desenvolvimento da linha de beleza. Porém, o seu perfil no Instagram mostra um lifestyle além do universo da marca, como de uma pessoa real.
A experiência de Kenna terminou em março de 2020, quando ela compartilhou o seu último dia como estagiária da Essence e se desligou da rede social.
Ao contrário das demais influenciadores digitais dessa lista, Shudu é a primeira modelo virtual a nascer nas redes sociais. O responsável pela sua criação é o fotógrafo Cameron-James Wilson que, inclusive, é CEO da The Diigitals Agency, uma agência só de modelos computadorizadas. A digital influencer é poderosa no meio da moda e já foi rosto até de uma campanha especial da Fenty Beauty.
Ria é uma modelo e influenciadora virtual japonesa, criada pela empresa Aww Inc, e já participou até da semana de moda de Tóquio. Ela compartilha sobre a cultura oriental e está em busca de entender o mundo. A fashionista digital já apareceu em diversas revistas de moda do Japão e tem um feed super descolado, cheio de dicas, reflexões e looks estilosos.
Uma das influenciadoras digitais que não existe na vida real, mas que faz o maior sucesso nas redes sociais e tem mais de 333 mil seguidores no Instagram é a japonesa Imma - que, inclusive, já foi capa da revista CGWorld. Quem entra em seu perfil pela primeira vez, pode até levar um tempo para entender que Imma não é uma pessoa real. Afinal, além dos traços idênticos ao ser humano, a influencer vive postando fotos rodeada de amigos reais, ou seja, pessoas que de fato existem.
De fotos bem posadas comendo massa em um restaurante de Los Angeles a cliques fazendo exercícios físicos em casa, assim é a "vida" da influenciadora virtual Bermuda, uma das melhores amigas de Miquela.
As influenciadoras digitais criadas por computação gráfica não se limitam apenas ao público feminino. O modelo virtual masculino conhecido como Lawko tem mais de 155 mil seguidores, muito estilo e está sempre rodeado das amigas virtuais Miquela e Bermuda.
Recentemente, na NYFW, fomos apresentadas à uma nova influencer virtual, a AMA. Ela, assim como outras influenciadoras digitais, é o rosto de uma label, a PH5. Porém, não se engane, sua presença online vai além disso. Segundo seu perfil, que por enquanto é fechado - você precisa requisitar para segui-la -, seu desejo é advogar sobre a mudança climática em nome da marca e ajudar o negócio a construir e divulgar ações sustentáveis.
E quem disse que as brasileiras também não estão sendo representadas pelas influenciadoras digitais? Antes mesmo do boom das celebridades virtuais, a Lu da Magalu já fazia sucesso nas redes sociais, com dicas de compras e lifestyle.