Oi, Manu aqui! Mais uma vez venho dividir uma etapa do meu processo de maternidade, que tem sido uma montanha russa de emoções. Como já falei por aqui, fiz todo o acompanhamento com a Talu durante a gravidez, que além do enxoval me tirou muitas outras dúvidas. E um dos pontos que eu tinha muita curiosidade era sobre o congelamento de células-tronco.
Para me ajudar nessa questão, a Talu me apresentou algumas possibilidades de empresas confiáveis que fariam esse serviço. Então, pesquisei bastante sobre o assunto e optei pela Criogênesis. A partir daí, quis bater um papo com eles para entender melhor todo esse processo, a real necessidade do procedimento e como ele se aplicaria. Eles tiraram todas as minhas dúvidas e eu vou compartilhar tudo que aprendi para as futuras mães que também estiverem pesquisando sobre o assunto.
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o que é e para que serve o congelamento de células-tronco?
O congelamento de células-tronco é um procedimento feito para armazenar o material do bebê assim que ele nasce para que, em caso de necessidade, ele seja utilizado posteriormente para auxiliar no tratamento de doenças.
“As células-tronco podem ser utilizadas com aprovação da Anvisa no tratamento de mais de 89 doenças, como leucemias, anemias, talassemias, linfomas, entre outros. [Além disso,] há pesquisas e estudos clínicos em andamento no mundo inteiro para diversas doenças como: diabetes tipo 1, lesão medular, acidente vascular cerebral, autismo, infarto do miocárdio, lesões da córnea e doenças neurológicas como Parkinson, Alzheimer, entre outras", explicou a equipe da Criogênesis.
Essa aprovação da Anvisa é essencial para garantir a segurança das células. “A Agência Nacional de Vigilância Sanitária tem um papel central na normatização e segurança dessas terapias. Entre as principais regulamentações, estão a RDC 836/2023 que dispõe sobre boas práticas em células humanas para uso terapêutico e pesquisa clínica, a RDC 505/2021, que trata do registro desses produtos no país. Além disso, a Instrução Normativa 270/2023 complementa essas regulamentações ao abordar as boas práticas de fabricação de produtos de terapia avançada", disse.
como elas são coletadas e como ficam armazenadas?
Segundo a Criogênesis, “a coleta do sangue e do tecido do cordão umbilical é realizada na maternidade, no momento do parto, logo após o nascimento do bebê, após o corte do cordão umbilical".
Já o armazenamento, é feito em um local especializado. “As células-tronco são armazenadas em tanques de nitrogênio a baixas temperaturas, em média -196°C. Atualmente não há um tempo de armazenamento estabelecido pela literatura médica, porém estudos de viabilidade de células garantem hoje a durabilidade de mais de 30 anos de armazenamento de células-tronco hematopoiéticas".
quais são as limitações de uso das células-tronco?
Além do bebê, outras pessoas da família podem utilizar as células, caso seja necessário, mas a compatibilidade é menor, como a equipe da Criogênesis esclareceu. “As células-tronco são 100% compatíveis com o bebê. Já para os familiares a maior compatibilidade é 25% com irmãos consanguíneos".
quanto custa o congelamento de células-tronco?
Os valores variam de acordo com o tipo de coleta escolhida e tem dois tipos de pagamento, a do procedimento em si e a anuidade para manter as células no banco. De acordo com a Criogênesis, “a média de preço para a coleta do Sangue do Cordão Umbilical é R$ 3200 e a anuidade R$ 650; para o Tecido do Cordão Umbilical R$ 2200 e anuidade R$ 400,00 e a Polpa do Dente de Leite R$ 4000,00 e anuidade R$ 400,00".
o que acontece com o material se a empresa fechar ou falir?
É claro que, por ser um material que ficará guardado por muitos anos, rola essa dúvida. Eles me explicaram que há um aviso prévio, garantido em contrato, para enviar as células para outra empresa em caso de impossibilidade de armazenamento por algum desses motivos. Assim, é possível providenciar a transferência segura do material para um novo lugar habilitado a preservar as células.
como escolher o banco ideal para armazenar as células?
Essa parte é bem delicada, porque é necessário um banco sério, que vai garantir a melhor coleta e armazenamento para as células tronco. A Criogênesis explicou que “é importante escolher uma empresa que seja regulamentada, que tenha uma certificação internacional, que esteja de acordo com a legislação e que tenha profissionais comprometidos com a segurança e qualidade do material.”
Além disso, para garantir a qualidade na coleta é preciso que haja equipamentos de última geração, equipe qualificada, processos validados e infra-estrutura adequada. “A Criogênesis segue rigorosos protocolos de qualidade e segurança para garantir a qualidade dos seus serviços", explicou.
minha experiência com o congelamento de células-tronco
Eu achei a equipe da Criogênesis muito solícita. A comunicação foi muito fácil o tempo todo, eles foram muito atenciosos. Foi muito legal porque eles me monitoraram durante a gestação inteira e no momento em que eu entrei em trabalho de parto já avisei a eles para que um profissional estivesse junto comigo. Quando eu fui para o hospital já tinha uma pessoa da Criogênesis lá, que foi o tempo inteiro super atenciosa comigo, explicando todos os detalhes do procedimento. Eles acompanham todo o parto porque as células são coletadas no segundo em que o bebê nasce. Dois dias depois do nascimento, já recebi um relatório com o número de células coletadas.
Eu achei muito legal porque é uma maneira de preservar um material que pode ser fundamental para muitas doenças que a Olímpia pode ter ao longo da vida — e que pode ser usado para o benefício dela.
Durante esse processo, eu perguntei se eles já tiveram casos em que as células foram utilizadas com sucesso para a cura de doenças. E, apesar de não querermos que seja necessário, porque significaria que não houve nenhuma doença, em dois casos foram.
Por fim, acho que foi a melhor escolha para mim congelar as células-tronco da Olímpia, porque assim tenho mais uma forma de auxiliar na saúde dela durante toda a vida e, como mãe, isso me deixa muito mais tranquila.