Se por um lado o período Y2K tem domínio absoluto no quesito tendências, tem outro movimento no sentido oposto ganhando cada vez mais tração. Ao contrário da febre pela moda do início do milênio, esse fala mais sobre o estilo de vida que engloba muito além do que vestimos. Chamada de "Quiet luxury" e belamente ilustrada por marcas, peças e um mindset mais preocupado com durabilidade e versatilidade, resultando em uma estética limpa que remete ao minimalismo dos anos 90 e vem agradando em cheio uma legião de pessoas cansadas do ciclo interminável de novos produtos, cartelas e hits.
Enquanto para alguns, luxo é sinônimo de logos, brilhos e peças statement, no quiet luxury, ele é traduzido através de discrição, e motivado por questões como sustentabilidade e praticidade.
O fenômeno garantiu a ascensão de marcas como The Row, Bottega Veneta e nomes novos como Totême que representam o mood com suas coleções compostas por itens atemporais ou uma checklist de básicos elevados. A qualidade vem em primeiro lugar, distanciando da ostentação e evidenciando caimento e acabamento impecáveis sem etiqueta à vista.
Apesar da filosofia bem acessível, os preços das grifes identificadas como representantes faz jus ao apelido de luxo sendo proibitivos para a maior parte da população, porém, isso não quer dizer que você não pode aderir à vibe quiet luxury na prática, independentemente do orçamento disponível: busque por marcas com DNA focado em matéria-prima diferenciada, espírito clássico e com cuidado especial no desenvolvimento das peças. Uma produção menor e uma expertise em alfaiataria e camisaria também alinham bem com a filosofia do "menos é mais".
Na prática, para montar as composições, cores são super importantes e aqui os neutros reinam, misturados ou então no ton sur ton. Na hora de acrescentar tonalidades mais vibrantes, vale equilibrá-las com outras mais sóbrias.
Ou, pelo favorito truque da monocromia, elegendo uma cor só para ser protagonista. Nessas horas, um mix de texturas para adicionar dimensão à produção é sempre bem-vindo.
Musas dos 90s como Carolyn Bessette-Kennedy e Gwyneth Paltrow tem vários looks icônicos para inspirar o clima chique sem esforço.
E hoje em dia, além das irmãs Olsen — tão comprometidas com a estética que fundaram a The Row —, e Zoë Kravitz são certeiras para salvar na pasta de referências.
Comprimentos alongados saem na frente e oferecem alternativa para quem não é adepto do corte mini.
Um bom jeans, normalmente reto e sem lavagem, tricô e acessórios que finalizam e deixam a produção mais harmoniosa como um cinto ou acessórios delicados tipo brinco de argola pequeno ou uma corrente, também são escolhas certeiras do quiet luxury.
Linho, algodão e todo tipo de tecido natural tem preferência já que são confortáveis e elegantes.
Diferente da moda preppy, a quiet luxury é sofisticada, mas sempre com algum elemento casual que impede que o look fique demasiadamente entediante, como um calçado inesperado.
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Estética relax, mas o comportamento é business, peças oversized, mas sem cair no exagero.
Os looks na vibe quiet luxury agem como "respiro" ou para limpar o paladar visual, permitindo que a mente fique livre para outras preocupações. Pense em tendências de beleza como a "clean girl aesthethic" — atual febre do TikTok que também conversa com o desejo por uma moda mais atemporal e funcional.
Com tanta informação sendo absorvida a cada segundo, optar por composições simples, refinadas, elegendo apenas os essenciais na melhor qualidade possível pode sim ser o mais moderno.
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