Coronavírus e a moda: uma lista de tudo o que está acontecendo com a moda em meio ao COVID-19
Muitas dúvidas e questionamentos estão surgindo como consequência ao COVID-19, principalmente para nós, que trabalhamos com a indústria da moda. Devemos continuar comprando? O que é e não é realmente essencial? O que vai acontecer com o coronavírus e a moda? E uma das únicas que pode ser respondida com muita certeza: o que as marcas estão fazendo em frente a pandemia?
Entre precisar sobreviver e se solidarizar, é preciso encontrar um ponto de equilíbrio. Algumas disponibilizaram produtos essenciais para as medidas de saúde, outras fizeram grandes doações e algumas criaram produtos especiais para a reversão de lucros. Mas todas já entenderam que para sobreviver, precisam se adaptar, ajudar e se reinventar. Para você entender o que realmente está acontecendo por trás do mundo da moda durante a crise do coronavírus, trouxemos uma lista de marcas e ações que elas estão fazendo para tentar amenizar a situação no mundo inteiro. Como é a relação do coronavírus e a moda? Olha só:
A semana de moda de Londres anunciou que sua próxima edição, programada para junho, vai ser apresentada digitalmente. As coleções masculinas e femininas vão desfilar juntas, criando um evento gender-neutral. Começando dia 12 de junho, os shows serão abertos para a indústria e uma gama maior de consumidores, com palestras, workshops e apresentações programadas.
A Saint Laurent anunciou que não vai apresentar nenhuma coleção nas semanas de moda já agendadas pelo resto do ano. A marca, que normalmente se apresenta na Paris Fashion Week, vai lançar suas coleções no seu próprio ritmo, acompanhando as mudanças causadas pelo COVID-19 na indústria da moda. Será que é o começo do fim das semanas de moda?
Além de mudar o logo para mostrar seu compromisso com as medidas de distanciamento social e de mudar sua política de troca para se adequar à situação, a Zara também virou adepta dos shootings remotos. Seu último editorial foi feito pelas próprias modelos em suas casas, sem nenhum tipo de equipe presente no local.
Assim como a Zara, a Jacquemus tem feito seus editoriais remotamente, mas com direção de arte e fotos feitas através do Facetime. Bella Hadid e Barbie Ferreira foram as primeiras a modelar para a marca através desse processo - que teve resultados tão incríveis quanto sessões de fotos gigantescas e com enormes equipes.
A rede de fast-fashion foi uma das primeiras a lançar suas próprias máscaras faciais, que em várias cidades do Brasil já se tornou medida obrigatória para quem vai sair de casa.
Entre o coronavírus e a moda, a Colcci também entrou na causa e, em parceria com a Secretaria de Saúde de Itajaí, em Santa Catarina, disponibilizou seu espaço e matéria-prima para a confecção de 100 mil máscaras que serão distribuídas em instituições e comunidades carentes de várias cidades.
A Hering mobilizou parte de sua produção para confeccionar uniformes de proteção para profissionais da saúde. “São milhares de peças que serão doadas a diversos hospitais. Um gesto da Hering com o objetivo de proteger as comunidades que, a cada troca de cuidado e empatia, se transformam em nossa família”, comunicou a marca.
A Burberry está financiando a pesquisa de vacina que está acontecendo na Universidade de Oxford. A marca britânica também cedeu uma de suas fábricas para a produção de máscaras cirúrgicas e uniformes.
A Chanel já anunciou os planos de começar a produção de máscaras assim que o governo francês permitir. A marca também doou 1.2 milhões de euros para um fundo de emergência do sistema hospitalar público da França.
Os estudantes do curso de Moda e Têxteis da Central Saint Martins estão ajudando a criar máscaras não-cirúrgicas para o Serviço Nacional de Saúde britânico.
A Hermès prometeu doar 20 milhões de euros para os hospitais públicos de Paris.
A Nike está trabalhando com a Universidade de Saúde & Ciência de Oregon para produzir máscaras especiais para a equipe médica.
A Louis Vuitton reformulou seus workshops para fazer máscaras faciais não cirúrgicas e tem centenas de artistas da marca de luxo se voluntariando.
A Loewe vai doar 100 mil máscaras cirúrgicas para a Cruz Vermelha da Espanha, e também vai produzir máscaras não cirúrgicas para os voluntários e funcionários da Loewe. A marca também planeja doar parte dos lucros da próxima coleção cápsula para projetos educacionais.
A Supreme está vendendo uma t-shirt que foi pensada especialmente para ajudar na luta contra o coronavírus. O item vai ser vendido no site da marca e os lucros serão para apoio aos sem teto, com 100% dos valores arrecadados destinados à organização Help USA.
A Bottega Veneta anunciou que vai patrocinar bolsas de estudos para ajudar nas pesquisas relacionadas ao coronavírus na Itália.