A temporada primavera verão 2024 da Copenhagen Fashion Week já acabou e, para ser sincera, eu já sinto saudades. Particularmente, acho que tem algo de muito bonito (e prático, e eu aprecio muito isso!) na forma como as marcas dessa semana de moda conseguem entregar tendências de um jeito conceitual e, ao mesmo tempo, muito fácil de vestir no dia a dia.
Além disso, a semana de moda escandinava dá um show em outros aspectos pertinentes à moda, como sustentabilidade e diversidade de corpos nas passarelas - inclusive, falamos muito sobre isso aqui e recomendo a leitura.
Sem me alongar muito mais sobre essa fashion week, vamos às principais tendências avistadas. Duvido você não se apaixonar por pelo menos uma delas!
50 tons de bege
Se a gente trocasse bege por azul daria certo também. Para ser honesta, a paleta da Copenhagen Fashion Week foi, no geral, bastante sóbria, com pontos coloridos aqui e acolá. Mas precisamos falar dos 50 tons de bege, do mais intenso camelo ao creme mais creminho, quase off white.
Todos tiveram espaço nas coleções de Deadwood, Gestuz, Lovechild 1979, Munthe, TG Botanical, Ganni, Stine Goya, The Garment, Saks Potts e até Marimekko - conhecida por suas estampas, mas que soube encaixar o bege desta vez também.
transparência
Dos sapatos aos acessórios, passando, é claro, pelas roupas, a transparência está mais viva do que nunca, segundo a Copenhagen Fashion Week. A. Roege Hove, Munthe e Stine Goya apostaram nos tecidos see-through enquanto Saks Potts mostrou pochetes e alças transparentes, e Kernemilk apresentou sandálias com vinil incolor.
tudo jeans
É um surto denim, caras leitoras. E o jeans não vem sozinho! Muito pelo contrário, ele está sempre acompanhado de uma parte de cima e de baixo. A dobradinha foi vista em passarelas de Gestuz, Munthe, Ganni, Stine Goya e Saks Potts.
Detalhe que o denim desfilado pela Ganni é construído com Circulose, um material natural inovador criado 100% a partir de recicláveis.
o rosa vive!
Se depender dos designers escandinavos, o barbiecore ainda tem uma sobrevida na primavera verão 2024 com nuances menos chocantes de rosa. O pink ficou mais maduro nas passarelas de A. Roege Hove, Lovechild 1979, Ganni, além de Stine Goya e Saks Potts, que também trouxeram o rosa-choque de novo. Verdade seja dita.
alongue a saia
Aparentemente, começamos a dar adeus àquela microssaia Y2K e é hora de alongar as saias para comprimentos midi, longo e até no joelho. Isso não significa que a moda está mais modesta, afinal, a maioria das peças nesse estilo vêm acompanhadas de transparências, croppeds ou barriga à mostra, com a temível cintura baixa. A. Roege Hove, Lovechild 1979, TG Botanical, The Garment e Saks Potts desfilaram a tendência.
texturas mil
Já falamos sobre o denim, mas não foi só ele que deu textura aos desfiles escandinavos. O tricô marcou presença em A. Roege Hove e Ganni, que também trouxe o couro (mesmo em suas versões alternativas, mais sustentáveis) bem como Gestuz, Deadwood, Munthe, Stine Goya. Outro acabamento que abrilhantou as coleções de primavera verão 2024 foi a seda em Saks Potts.
reage, bota um cropped!
Por um segundo, eu achei que tínhamos virado a página do cropped e voltaríamos às blusas mais alongadas. Mas isso fui eu sendo delulu - para usar um termo que está em voga no TikTok. O comprimento curtinho, que deixa a barriga gloriosamente à mostra, foi avistado em TG Botanical, A. Roege Hove, Ganni, Kernemilk, The Garment, Stine Goya e Gestuz, essas trouxeram até mesmo o blazer em versão diminuta. Nota importante: Saks Potts foi tão fundo na ideia que parte dos seus croppeds eram, na verdade, biquínis.
festa da camisa
Para as amantes de um dos maiores clássicos do guarda-roupa, a Copenhagen Fashion Week foi uma festa. A camisa esteve presente em sua forma mais oversized, desfilando de forma clássica - em tonalidades de branco e bege ou com listras azuis - ou alegre e vibrante, como nas estampas de Marimekko, Ganni e Munthe.
meias pro alto
Desde que o athleisure voltou com força ao cenário fashion, as meias escondidas dentro dos sapatos morreram e foram substituídas com louvor por versões até o meio da canela ou 3/4. Em Copenhagen, Ganni, Lovechild 1979 e Stine Goya apostaram no item de um jeito menos esportivo e mais delicado, com meias em tule. Enquanto isso, Marimekko foi direto ao ponto: meia com papete.
