Já pensou no quanto as divas pop e os times de futebol têm em comum?

por Karen Merilyn

Já parou para pensar o quanto o universo das divas pop e o dos times de futebol têm em comum? Eles podem até parecer dois lados opostos quando falamos em grupos sociais ou nichos da internet, mas na verdade são muito parecidos.

Assim como o time do coração é, muitas vezes, herdado ou escolhido na infância, a cantora que você vai amar por toda a vida, também. Eu, por exemplo, sou fã da Beyoncé por causa da minha mãe, que também sempre gostou, e por isso cresci vendo todos os clipes da maior artista viva — só não funcionou com o Flamengo, foi mal! 

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Pessoa em traje prateado com jaqueta estruturada e botas altas. Usa óculos escuros e está sobre fundo preto. Divas pop
Foto: Beyoncé (Reprodução/Instagram)


Se minha infância foi decorando cada letra do Dangerously in Love, meus primos aprenderam os hinos dos seus times. Enquanto os apaixonados por futebol viam jogo toda quarta, meu compromisso semanal era o DVD "I Am... Yours: An Intimate Performance at Wynn Las Vegas”, da Beyoncé. 

Torcida vibrante em estádio lotado, com iluminação vermelha destacando a paixão. divas pop
Foto: Estádio (Paula Reis / Flamengo)

Quando se fala em estádios, divas pop e times de futebol têm ainda mais em comum. Ambos arrastam multidões para os campos, um para os jogos, outro para os mega shows. Nos dois a plateia se emociona, chora, torce, relembra momentos marcantes e canta muito. 

Pessoa com camiseta de divas pop, calça azul e acessórios coloridos, sentada em banco de madeira.
Foto: Karen Merilyn (Reprodução/Instagram)

E o que são as graphic tees senão uma versão das camisas de time? Elas também servem para mostrar para o mundo quem você apoia, servem como uniforme para ir aos estádios e, às vezes, são usadas em ocasiões equivocadas — mas como julgar amor de fã, não é mesmo?

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Quando se fala em competição, nem preciso falar que o Grammy e a Libertadores são praticamente iguais. Nos dois a briga é feia entre os fãs para saber quem vai ser o melhor e levar um troféu para casa. Quem perde, vira meme entre os rivais, quem ganha tem seu momento de glória. E todo ano é a mesma coisa: já tem os fandoms que sempre brigam, os mais cotados para vencer, alguma injustiça e por aí vai.

Por falar em injustiça, ela acontece muito, tanto no futebol quanto na indústria musical. O dia em que Beyoncé perdeu o AOTY do Grammy com o Lemonade (ou com o Renaissance) e o momento em que Vini Jr. não ganhou a Bola de Ouro foram exatamente iguais. A reação do público, as claras motivações pela perda do prêmio e até os memes foram bem parecidos — quem estava no Twitter viu.

Os dois universos também compartilham a imprevisibilidade. Se no futebol tivemos o Volta Redonda retornando para a Série B depois de 26 anos, no mundo pop temos a Lady Gaga emplacando um hit solo depois de 13 anos, com “Abracadabra”. 

Isso sem falar nas rivalidades históricas, como Vasco e Flamengo, ou fãs de Madonna e Lady Gaga, nos grandes ídolos que serão sempre considerados os melhores, como Michael Jackson ou Pelé, nos clubes ou artistas subestimados, nas estrelas que surgem e desaparecem, enfim, uma infinidade de pontos que fazem esses dois mundos serem praticamente um só.

Por fim, o que mais une esses dois universos é essa paixão, essa fidelidade e esse amor incondicional. Uma dedicação que não se abala e está lá do #1 na Billboard à Série C do Brasileirão com a mesma intensidade.

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