Setembro chegou e com ele a temporada mais importante - e agitada! - da moda também. Afinal, a partir de hoje (08) até meados de outubro, as cidades de Nova York, Londres, Milão e Paris receberão os desfiles de primavera, aficionados da moda, estilistas estreantes e, claro, a velha guarda também. Porém, nessa primeira semana, o destaque fica para a NYFW, que abre as portas para nomes como Proenza Schouler, Kim Shui, Jason Wu, Altuzarra e PatBo.
Por aqui, reportaremos diariamente todos os detalhes e destaques das semanas de moda. Portanto, não deixe de nos acompanhar por aqui e também no nosso Instagram. Abaixo, contamos um pouco mais sobre os destaques do primeiro dia da New York Fashion Week, como a aguardada estreia do estilista Peter Do para a Helmut Lang e os detalhes ricos da Coach em um desfile cheio de texturas e criações a partir de tecidos reaproveitados da grife, que celebra os 10 anos de Stuart Vevers no comando da marca.
Através de uma "moda pé no chão" com sapatilhas e botas sem salto, a Coach apresentou um desfile recheado de texturas que fazem parte dos conceitos Coach (Re)Loved, nos quais o artesanato é explorado através de técnicas de design e aprendizagem, com ênfase na redução de desperdícios durante o processo criativo. A coleção introduziu itens de couro e jeans, reaproveitando peças usadas e pré-amadas fornecidas pela equipe de design da Coach, bem como vestidos justos feitos com rendas e tecidos que sobraram de produções anteriores da marca.
Na tentativa de continuar se comunicando com as gerações mais jovens, em especial os nova-iorquinos, Stuart Vevers, o atual diretor criativo da grife, contou que "a primavera é uma homenagem à forma como a geração de hoje está escrevendo a sua própria história através da moda, e a Biblioteca Pública de Nova Iorque sentiu-se instintivamente como o cenário perfeito para revelar este próximo capítulo".
Peter Do é conhecido por seus designs que, à primeira vista, parecem simples, mas revelam surpresas agradáveis, como um corte em formato de coração nas costas de um casaco. Sua estreia na Helmut Lang dialogou perfeitamente com a identidade da marca e com seu próprio estilo. Peter é um mestre da alfaiataria andrógina, e isso ficou evidente nos 48 looks que apresentou.
O diretor criativo explorou visuais urbanos, inclusive incorporando uma estampa de táxi amarelo em algumas de suas criações. Além disso, ele adicionou palavras do poeta Ocean Vuong em camisetas e camisas de sua coleção. Apesar de ter uma paleta de cores relativamente restrita, ele conseguiu introduzir toques inesperados que são característicos de seu design.
Christian Siriano é um dos raros estilistas que cria moda para todos os tipos de corpos, e ele sempre faz questão de enfatizar isso em seus desfiles. A NYFW, juntamente com a semana de moda de Copenhague, são das poucas que se esforçam para representar diferentes tipos de corpos na passarela, algo que não é tão comum em Paris, por exemplo.
Siriano, mais uma vez, trouxe uma variedade de formas corporais para as passarelas. Através de tecidos leves, múltiplas camadas e designs criativos, ele nos apresentou sua visão de moda, que é, sem dúvida, vibrante, inclusiva e extravagante na medida certa - abordagem contrasta marcadamente com o minimalismo que temos visto na moda contemporânea.
Com certeza uma das coleções mais alegres e com ares de primavera do primeiro dia da NYFW. O designer nepalês-americano apresentou uma série de visuais verdadeiramente "refrescantes", com destaque para a profusão de cores, especialmente o azul. A coleção também trouxe um toque especial com vestidos, saias e até mesmo um terno inteiramente metalizado.
Além disso, os maxi brincos em uma orelha só funcionaram como um toque inesperado que realçou os visuais. Esta é a coleção que, talvez, não deixe os olhos brilhando à primeira vista, mas é bem construída, harmoniosa e conseguiu brilhar mesmo em um dia chuvoso e nublado na cidade de Nova York.
Para muitos, o uso da Inteligência Artificial é visto como uma forma de "trapaça", mas para Hillary Taymour, ela é puramente uma ferramenta de criatividade. E para comprovar isso, a diretora criativa da marca reuniu anos de trabalho, sempre à frente de seu tempo, e submeteu-os as máquinas. O resultado? Uma coleção ousada, com drapeados volumosos, estampas caóticas, porém bem elaboradas, tanto pela equipe quanto pela própria IA, e toques assimétricos em cetim e aplicações de renda.
Os sorrisos forçados pegaram muitos de surpresa, mas foi a maneira que Taymour encontrou para nos transmitir a mensagem de que "o mundo está em chamas". De acordo com Charlie Engman, colaborador da designer, esse foi uma homenagem ao meme "This is Fine". Ao final do desfile, os rostos dos modelos caíram, revelando sua verdadeira expressão de insatisfação com o rumo que a moda vem seguindo ao longo dos anos, enquanto Hillary tenta promover mudanças com suas visões maximalistas e divertidas.
Aproveitamos para separar algumas peças que conversam com todos os destaques que citamos acima e logo abaixo você pode conferi-las!