Muitas pessoas já devem ter ouvido falar sobre o peeling, um procedimento não invasivo que, em geral, estimula a renovação celular, eliminando impurezas e células mortas, resultando em uma pele macia e uniforme, além de diversos outros benefícios dependendo do tipo e tópico escolhido.
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), existem dois tipos de peeling, o químico e o físico, que podem oferecer diferentes tipos de benefícios, como melhorar a acne, manchas, rugas e ajudar no controle da oleosidade. Por isso, para saber o melhor tipo de peeling para a sua pele, é necessário entender as suas necessidades, e nada melhor do que um profissional para te ajudar nesta parte.
Sendo um dos procedimentos dermatológicos mais procurados no Brasil e oferecendo diversos benefícios, hoje viemos contar um pouco mais sobre os tipos de peeling que existem e seus benefícios. Para nos ajudar nessa missão, conversamos com a dermatologista Dra. Silvia Quaggio que nos explicou melhor sobre o procedimento.
peeling físico
Esse tipo de peeling é feito através da esfoliação química. Os mais conhecidos são o de diamante e o de cristal. O procedimento é recomendado para melhorar acnes, poros dilatados e a estimular a renovação celular.
Segundo a Dra. Silvia, o peeling físico melhora a qualidade da pele, fazendo com que as substâncias usadas a seguir cheguem às camadas mais profundas. “Como ele abre esses canais na pele, podemos aplicar ativos após, chamados de drug delivery, que são ativos despigmentantes, outros com ação antioxidante, seborreguladora, entre outras finalidades.”, explicou a dermatologista.
O peeling físico costuma ter um efeito mais superficial e pode ser combinado com o peeling químico.
peeling químico
Estimulando a renovação celular, o peeling químico pode ser feito através de diferentes tópicos, os mais comuns são os de ácido retinóico, ácido glicólico, jessner e ácido tricloroacético. Dependendo da substância utilizada, esse procedimento pode gerar uma despigmentação da pele, ação seborreguladora e até mesmo rejuvenescedora.
Segundo a Dra. Silvia, o uso do ácido retinóico ou do glicólico, por exemplo, pode ajudar a tratar a textura da pele, clarear manchas e melasmas, fechar poros dilatados e melhorar rugas superficiais. Já o ácido tricloroacético, atua apenas na melhora de manchas e rugas.
cuidados após o procedimento
Independente de qual tipo de peeling você tenha feito, os cuidados após o procedimento são os mesmos. O mais importante é evitar a exposição solar em grande quantidade, ou seja, dias de piscina ou de praia, pelo menos até o processo de descamação da pele acabar. Já o sol que estamos expostos no dia a dia não é um problema, claro que com a proteção solar redobrada, retocando sempre para evitar manchas e mais sensibilidade na pele.
Para quem utiliza tópicos com ácidos, aqueles indicados para tratamento de acnes e manchas, deve suspender a aplicação por pelo menos uma semana, como recomenda a Dra. Silvia, uma vez que a pele está mais sensível e precisa de tempo para se recuperar.
Por isso, nesta primeira semana após o procedimento, é importante utilizar sabonetes e hidratantes para peles sensíveis, que vão ajudar na reconstrução da barreira cutânea e acalmar a pele. Ah, e não esqueça de redobrar os cuidados com a proteção solar!
recomendações antes do peeling
Existem alguns cuidados e recomendações antes de fazer o peeling. Em geral, para peles sensíveis, devido ao uso de tópicos com ácido, é recomendado que o tratamento seja pausado uma semana antes do procedimento. Isso porque as peles escoriadas, ou seja, machucadas, não podem realizar o peeling.
Além disso, antes do tratamento ser realizado, seja o físico ou químico, a Dra. Silvia nos explicou que a pele é preparada com clareadores para amenizar a possibilidade de manchas no pós peeling.
peeling e pele negra
Muitas pessoas com pele negra têm dúvidas se podem realizar o procedimento. A resposta é sim, mas com alguns cuidados. “Em pele negra, que o fototipo é mais elevado, orientamos os peelings físicos e peelings químicos com baixa concentração de ácidos, para não haver riscos de hipercromia pós inflamatória.”, explicou a Dra. Silvia.
A hipercromia, também conhecida como hiperpigmentação, nada mais é do que a formação de manchas. Isso é uma resposta da pele após algum trauma ou processo inflamatório, como o peeling. Como reação, temos um aumento da produção de melanina, responsável pela pigmentação da pele, o que causa manchas. Por isso, é importante estar atenta ao tipo de procedimento e escolher um bom profissional para realizá-lo.
