Em nossa série "Precisamos Falar Sobre:", abordamos temas relacionados à diversos assuntos que nós acreditamos ter grande impacto na vida de diversos indivíduos, e como veículo de comunicação nos sentimos na obrigação de conscientizar e empoderar o maior número de pessoas que pudermos.
A look stealer, Giovanna Marçon, fez um relato pessoal e íntimo no "Precisamos falar sobre: Psoríase" de como foi, e ainda é, sofrer com uma doença cutânea e como isso pode afetar nossa auto estima e nosso psicológico. Depois disso, recebemos muitos relatos pessoais de leitoras que sofrem de diversas doenças na pele e como isso teve um grande impacto na construção de sua personalidade e de suas relações interpessoais. Aproveitamos que o dia 23 de setembro é o dia da conscientização e awareness da Dermatite Atópica para falarmos dessa doença que afeta muitos e que ainda assim, é pouco falada.
Nós não somos nenhum especialista na assunto, mas em ajuda com a ONG CDD (Crônicos do Dia a Dia), viemos com a intenção de criar conscientização em cima da DA nesse mês que é dedicado à doença. Sempre pensando em ajudar aqueles que sofrem com essa ou qualquer outra doença crônica e está em busca de ajuda, informações, apoio e uma melhor qualidade de vida.
A Dermatite Atópica é um tipo de alergia cutânea extremamente comum caracterizada por eczema atópico, ou seja, ela é uma manifestação alérgica da pele. É uma doença genética e crônica, que apresenta pele seca, erupções que coçam, formam crostas na superfície e em casos mais agravados podem chegar a sangrar. Geralmente aparece em extremidades e dobras, nos braços e na parte de trás dos joelhos. A dermatite atópica frequentemente está associada à asma e a rinite alérgica, porém, com manifestação clínica variável.
A Dermatite Atópica não é contagiosa! Por ser uma doença ligada a hereditariedade, outras pessoas podem ter contato com as lesões sem se preocupar. Não existe risco de transmissão.
O diagnóstico é clínico, podendo ser feito por um profissional dermatologista, alergista ou imunologista. Muitas vezes a Dermatite Atópica pode ser confundida com acne, em casos menos extremos, por isso, é importante ter acompanhamento médico especializado, para um diagnóstico correto. O eczema da DA pode se manifestar de diversas formas, dependendo se o quadro da pessoa está agudo ou crônico.
Os sintomas são aparentes na epiderme. O principal sintoma é a pele extremamente seca (principal característica da doença), lesões na pele, coceira intensa, mudança da textura de certas áreas, ficando espessas e parecidas com couro, alteração na cor, vermelhidão e inflamação da pele ao redor das bolhas.
A causa ainda é desconhecida. É uma doença de origem hereditária, ou seja, herdada de um dos pais. Crianças que tem um dos pais com histórico de asma e rinite alérgica tem 25% de chance de desenvolver a Dermatite Atópica, e quando os dois pais tem a condição, tem mais de 50% de ter a doença. Alguns fatores externos podem aumentar a chance de agravar ou até desenvolver a anomalia, como por exemplo:
- Alergia a pólen, mofo, a pelos de animais e poeira em geral;
- Contato com materiais ásperos;
- Fragrâncias ou corantes encontrados em produtos como sabonete, creme hidratante, etc;
- Detergentes e produtos de limpeza em geral;
- Roupas de tecidos sintéticos;
- Baixa umidade do ar, causando maior ressecamento da pele;
- Temperaturas intensas, como frio, calor e transpiração;
- Estresse emocional.
Ainda não existe uma cura definitiva para a doença. Porém, ela pode ser controlada com tratamentos e acompanhamento médico. Existem remédios sintomáticos via oral e cremes para aplicar nas feridas que aliviam a coceira, diminuem o ressecamento e melhoram o aspecto da inflamação. É essencial para aqueles que vivem com a doença controlar os fatores externos que podem desencadear uma crise. Outro hábito que pode ajudar (E MUITO!) o quadro de quem sofre com a DA é sempre manter a pele hidratada, uma vez que, a maior parte das pessoas nessa condição têm a pele seca. Porém, é sempre importante lembrar de que o acompanhamento médico é indispensável, e somente um profissional da saúde deve prescrever medicamentos e produtos para aplicar na cútis.