O terceiro dia de desfiles do SPFW n52, edição que marca a volta do evento presencial, começou super especial com duas apresentações externas pela manhã. A abertura ficou por conta do projeto Ponto Firme, que ensina a arte do crochê para detentos e egressos do sistema prisional. E mais tarde foi a vez de Fernanda Yamamoto evidenciar toda a riqueza da cultura oriental com um desfile lindo nas instalações de sua loja.
Assim como nos dias anteriores, o dia de hoje no SPFW n52 foi cheio de emoções, muitas tendências de moda, potência criativa, diversidade, cultura e criatividade. Além dos desfiles incríveis e imponentes, tivemos fashion films impecáveis e cheios de conceito. Nós ficamos de olho em tudo que aconteceu e te contamos tudo sobre os melhores momentos dos desfiles e apresentações poderosas de hoje.
Os participantes do Projeto Ponto Firme abriram o terceiro dia de desfiles do SPFW n52 com uma coleção super criativa e marcante, com destaque para a grande novidade, agora o projeto se tornou um ateliê-estúdio-escola. Intitulada ‘Bando’, a coleção é imponente e sofisticada, com linhas e formas modernas com receitas super criativas. A evidência fica para os fios, escolhidos a dedo por Gustavo Silvestre, que destaca a tecnologia e inovação com destaque para o fio Glow, que brilha no escuro.
Os kimonos foram os destaques do desfile de Fernanda Yamamoto para o SPFW n52. Ressaltando a riqueza da cultura asiática e tendo como base três kimonos antigos do acervo da comunidade Yuba, Yamamoto ressignificou as peças trazendo sua releitura. Aplicações em seda, formas ousadas e criativas, texturas e até técnicas em origami e shibori foram incorporadas nas criações.
Uma com uma coleção forte e impactante denominada ‘Encante’, a marca Naya Violeta, do Projeto Sankofa, apresentou um desfile potente nas passarelas do SPFW n52. Formas fluidas e amplas, estampas poderosas cheias de brasilidade, assinadas pelos Irmãos Credo, e cores vivas, a coleção refletiu o brilho da diversidade e representatividade da cultura afro-brasileira.
Com um desfile cheio de criações exuberantes a marca Santa Resistência trouxe um pouco das religiões de matriz africana como inspiração para as passarelas do SPFW n52. Entre muitos babados, volume, cores vibrantes e estampas imponentes, vimos um match dessas características com linhas femininas e modelagens sofisticadas.
Com um fashion film quase psicodélico e super inebriante, a coleção da marca Ão para o SPFW n52, nos transportou para outras dimensões. As criações que exploravam as linhas e modelagens de um jeito único, brincaram com as formas e caimentos dos tecidos de maneira orgânica, cheia de curvas e volume.
Com uma trilha sonora impecável, a coleção da marca LED para o SPFW n52, intitulada ‘De volta para casa’ apresentou um fashion film sensual. Regada a crochê, telas, pontos de brilho marcantes e muita pele à mostra, as criações tinham modelagens casuais de corte elegante e muito sofisticado.
O desfile da marca Misci, para o SPFW n52, roubou a cena com uma mistura de fashion film e desfile físico. O estilista Airon Martins apresentou suas criações ao som de muita sofrência, com Sasha Meneghel abrindo e fechando o desfile. O cenário cheio de cadeiras de bar, contrastava com as peças da coleção, intitulada ‘Fuxico Bar’, que tinha modelagens simples e marcantes, cortes elegantes e cores ao melhor estilo casual chic.
O fashion film de Gloria Coelho para o SPFW n52 misturava em seu cenário uma vibe street industrial futurista. Os destaques foram as peças estruturadas, amplas e com volume na medida. A alfaiataria desconstruída marcou presença nas criações da estilista, com modelagens modernas e cheias de recortes, que foram uma viagem ao futuro. Listras imponentes e contrastantes com um ar esportivo, pontos de cores escuras e toques de transparência também se destacaram.
Com um toque de mistério o desfile da Neriage para o SPFW n52 foi marcado pela fluidez. A coleção apresentava uma alfaiataria com toques desconstruídos, muitas texturas e camadas, recortes assimétricos e detalhes em franjas. O destaque ficou por conta dos tecidos fluidos e plissados que faziam movimentos leves enquanto as modelos desfilavam. Vimos a presença marcante de modelagens amplas e mangas marcantes, que davam um ar moderno para as criações.
A Martins brilhou com seu fashion film autêntico e cheio de atitude. As peças tinham um ar pop transgressor com referências do folclore brasileiro e com uma trilha sonora que fez imergíssemos em uma vibe metalcore. As peças por sua vez contrastavam com a música pesada com um mix improvável de referências, mas que deu super certo, cores vibrantes, estampas marcantes, como a denominada 'Kansai' - homenagem ao estilista Kansai Yamamoto - e modelagens amplas e criativas.
Com fortes influências do estilo emo punk, o fashion film de Igor Dadona nos apresentou a coleção ‘Loveur’. Como uma continuação do que o estilista desfilou na coleção passada, ‘Loveur’ representa o sentimento da ressocialização pós pandêmica e como esse processo causa tantas incertezas. Vimos muita alfaiataria desconstruída, a mistura do transgressor com o tradicional, bastante volume e conforto, que o estilista chama de house couture, uma alusão ao tradicional, grandioso e externo, haute couture.
Com um desfile super alto astral, leve e com um show lindo e forte de Lia de Itamaracá, a marca Handred apresentou nas passarelas no SPFW n52 uma coleção inspirada nas obras de cerâmica de Brennand. A coleção era inteira em cores claras, se referindo ao início, com tecidos acetinados e trabalhos em bordados e aplicações feitas por artesãos brasileiros. As formas representavam os desenhos livres, rústicos e florais das peças em cerâmica.
O fashion film da marca Irrita para o SPFW n52 inspirou o movimento. Com muita dança contemporânea as criações apresentadas eram leves, com destaque para as estampas com cores vivas, cheias de formas abstratas marcantes e com muito movimento. Além das linhas simples e modelagens fluidas.
Finalizando o terceiro dias de desfiles do SPFW n52 com uma apresentação super performática e conceitual, a marca de Lino Villaventura foi aplaudida de pé pelo público. Explorando linhas orgânicas imponentes e abstratas, o estilista apresentou criações super artísticas e volumosas, com muitos recortes e aplicações. Modelos assimétricos com muitas texturas, silhueta um pouco ampla, linhas criativas e tecidos com muito movimento foram os destaques.