Recentemente, as sardas se tornaram o desejo de muitas pessoas. Com o sucesso da maquiagem natural, começaram a surgir técnicas para criar sardas fakes utilizando a make, mas a indústria da beleza foi além e desenvolveu o processo de micropigmentação.
Sim, se antes as sardas eram consideradas imperfeições e motivo para as pessoas usarem várias camadas de base, hoje outras buscam maneiras de criá-las. No entanto, surge o questionamento: será que as sardas fake com micropigmentação são a melhor escolha? Abaixo, nós, juntamente com a micropigmentadora Raphaella Bahia, te contamos mais sobre o procedimento.
como são feitas as sardas fake com micropigmentação
As sardas fake com micropigmentação são feitas com um dermógrafo, assim como a micropigmentação em outras áreas. “Com o aparelho, os pontos minúsculos são criados na região desejada. Normalmente o formato é arredondado, porém podem ser assimétricos e imperfeitos”, explica Raphaella.
Para o processo, a micropigmentação não é feita na epiderme, mas sim entre a epiderme e a derme.
os riscos das sardas fake
Apesar de ser tentadora, Raphaella Bahia alerta que a micropigmentação de sardas pode não ser a melhor escolha, pois é uma tendência que pode passar, e o procedimento tem longa duração.
"É algo muito complicado porque é uma moda que certamente vai passar e o procedimento dura muito tempo, podendo até mesmo ser definitivo. Além disso, segundo os dermatologistas, pode atrapalhar na hora de avaliar um possível câncer de pele e o procedimento pode ter o efeito alterado a partir do uso de produtos clareadores, que podem afetar a cor das sardas fakes", explica Raphaella, que está à frente da FR Microcenter.
E não é apenas a Raphaella quem demonstra preocupação com o procedimento, a dermatologista Marcella Alves, da Clínica Les Peaux, também alerta para os riscos, especialmente quanto à alteração de cor das sardas fake, que pode dificultar o diagnóstico de doenças de pele.
“A mudança na coloração das sardas falsas, causada pela oxidação da tinta utilizada na micropigmentação, pode, em teoria, apresentar desafios no diagnóstico de condições de pele, como o câncer de pele. A alteração na tonalidade das sardas artificiais pode interferir na avaliação visual de irregularidades na pele, podendo dificultar a detecção de sinais suspeitos”, orienta a médica.
Claro que ainda existem maneiras de diferenciar as marcas, como através da dermatoscopia, mas apenas um dermatologista é capaz de analisar as imagens para chegar ao diagnóstico final.
Em resumo, as sardas fakes podem apresentar riscos à saúde, mas não diretamente e além disso, é preciso ter certeza da sua escolha, afinal, a moda pode passar e você ainda ter as marquinhas.
Caso você tenha decidido adotá-las, procure um profissional de confiança e comunique ao seu dermatologista, assim, ele irá te examinar com mais clareza quando a coloração das sardas modificar.