Abrindo mais uma temporada de fashion weeks, a semana de moda de Copenhagen ficou bem conhecida por incentivar a sustentabilidade — inclusive, para estar no calendário do evento, é preciso seguir alguns requisitos e 18 padrões mínimos, tais como a inclusão da diversidade, 50% de materiais recicláveis ou reciclados na composição dos tecidos e cenografias com zero desperdício.
Então, não é à toa que a Copenhagen fashion week vem ganhando cada vez mais visibilidade e força no circuito. Além disso, somos apresentados a uma estética minimalista, inovadora e que celebra o encontro entre silhuetas masculinas e femininas, redefinindo qualquer tipo de padrão e tornando-se referência no mercado da moda.
Abaixo, você confere alguns highlights dos primeiros desfiles, e pode acompanhar os próximos diariamente, já que reportaremos todos os detalhes da semana de moda de Copenhagen por aqui.
the garment
Seguindo uma vibe bem minimalista com muito requinte e inspirações noventistas, o desfile da The Garment, das co-criadoras Sophie Roe e Charlotte Eskildsen, é básico, mas não deixa os elementos elegantes passarem batidos. Incorporando o autêntico estilo escandinavo nos visuais desfilados, Eskildsen e Roe apostaram em cores neutras, e em calças e blazers com recortes masculinos. Em entrevista, as estilistas afirmaram que esse é o jeito que as mulheres se vestem por lá, sempre tentando encontrar a harmonia perfeita entre ambas as silhuetas, fazendo tudo funcionar perfeitamente bem.
gestuz
Passeando pela virada do milênio, o desfile da Gestuz provoca um mix de sentimentos, com calças cargo e saias de cintura baixa com g-strings aparentes. Enquanto a The Garment visitava o minimalismo, aqui, a proposta era reviver visuais que Beyoncé e Christina Aguilera usariam no início dos anos 2000, com um tipo de utilitarismo ultra sexy com tops minúsculos e vestidos justos. “Vi essa coleção sendo usada por mulheres confiantes que não têm medo de parecer sensuais e mostrar um pouco de pele, mantendo a atitude Rock'n'Roll”, explica Shested, diretora criativa e fundadora da marca.
aeron
Para a primavera de 2023, a Aeron buscou pela serenidade e calmaria através de uma paleta neutra e que valoriza os tons pastel. Eszter Áron, diretora criativa da marca, explicou que a sua inspiração veio através do desejo de viver bons tempos pós-Covid, “com uma boa taça de vinho, amigos e um pôr do sol à beira de um lago”, explica a fundadora.
A ideia de trabalhar peças e roupas que simbolizam o conforto e o bom humor através de materiais arejados e de uma cartela com tons calmantes, é otimista e foge um pouco das propostas sensuais que temos observado durante as últimas semanas de moda.
amalie roege hove
As malhas foram para outro patamar nos visuais de Amalie Roege Hove, que, para a semana de moda de Copenhagen, preparou um desfile com uma estética sexy e ousada, todos feitos em tricô. É possível ver minissaias, vestidos transparentes e blusas minuciosamente bem feitas. Uma cor em específico chamou a atenção, e foi o tom de verde que já apareceu em outros desfiles anteriormente e que, aparentemente, promete ser uma das tendências da estação.
pln
Intitulada "Coleção II" — já que essa é apenas a segunda coleção da marca e o desfile de estreia na Copenhagen fashion week —, a PLN, do fundador Peter Lundvald Nielsen, já deixou bem claro qual é a sua essência: um DNA punk, sombrio e com fortes referências que fazem parte do skatewear, e que seriam altamente apropriadas para uma festa underground sem hora para acabar. A título de curiosidade, todas as peças do desfile foram desenvolvidas pelas mãos do designer e sua equipe, aumentando a sensação de "propriedade pessoal", como o próprio criador deixou claro.
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