Você sabe o que é investimento e o que não é?

É comum ouvir alguém tratar aquela bolsa desejada, um carro luxuoso ou até a casa própria como “investimento”. São bens valiosos, é verdade, mas só merecem esse título quando fazem o dinheiro voltar: geram lucro, aumentam o patrimônio, pagam dividendos ou rendem juros compostos. 

Investir, afinal, é colocar seus recursos em ativos financeiros esperando retorno — e, em certos casos, aceitando correr risco, como na renda variável, em que você pode ganhar ou perder conforme o cenário econômico.

mas afinal, o que é investimento?

Tesouro direto: ele é uma renda fixa, considerado o mais seguro do Brasil. Nele, você empresta dinheiro para o governo e recebe de volta, com juros, no futuro. No Tesouro Selic, por exemplo, a taxa de juros atualmente está em 14,25% ao ano.

CDB / LCI / LCA / LC: Certificado de Depósito Bancário (CDB), Letra de Crédito Imobiliário (LCI), Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) e Letra de Câmbio (LC), que são títulos privados emitidos por bancos e instituições financeiras com o objetivo de captar recursos para financiar atividades de crédito, entre outras. Nesta aplicação, você empresta seu dinheiro e é remunerado com juros.

Ações: são uma das principais opções de investimento em renda variável, combinando o potencial de retornos elevados com a possibilidade de perdas significativas. Ao investir em ações, você se torna sócio das empresas e pode ganhar com os lucros e com a valorização dos papéis, ou pode perder com a desvalorização deles.

Pessoa carregando várias caixas de presente em um elevador, simbolizando consumo.
Foto: Vels Vision (Reprodução/Pinterest)


Fundos imobiliários (FIIs): são investimentos de renda variável. Você investe em imóveis sem precisar comprar um diretamente, recebendo renda de aluguéis ou ganhos com a valorização.

Fundos de investimento: é um investimento coletivo, no qual vários investidores aplicam dinheiro em um fundo administrado por um gestor profissional. Esse gestor aplica o capital em diversos ativos (ações, renda fixa, imóveis, câmbio etc.), buscando rentabilidade para os cotistas.

Criptomoedas: são moedas digitais protegidas por criptografia e a mais conhecida é o Bitcoin, que valorizou cerca de 27% entre abril de 2024 e abril de 2025, por apresentar alta volatilidade, especialistas recomendam que, ao diversificar sua carteira, no máximo 5% do seu dinheiro esteja alocado nelas.

tá, e por que esses não são investimentos?

Casa própria: é um bem, considerado patrimônio de uso. Se não gera renda e nem lucro, não é investimento. A não ser que seja um imóvel que esteja alugado e gerando dinheiro mensalmente para o proprietário.

Jogos de azar (bets, loterias): se é jogo e envolve sorte, não é investimento. Existe um risco altíssimo, pode gerar vício nas pessoas e a expectativa de perda é sempre maior do que a de ganho.

Carro: é um bem pessoal, pode ser a realização de um sonho, mas não é investimento. Além de desvalorizar com o tempo, gera custos (manutenção, seguro e impostos).

Consórcio: não gera lucro, é uma forma de compra parcelada para receber um bem, seja uma casa ou um carro, então não pode ser considerado um investimento.

Título de capitalização: funciona como uma poupança forçada, com baixa ou nenhuma rentabilidade na hora do resgate. É uma aplicação programada, normalmente oferecida por bancos e durante um prazo determinado em contrato. Todos os meses é descontado da conta do cliente o valor do título de capitalização em troca, a pessoa participa de sorteios de prêmios em dinheiro. Ou seja, se não tem garantia de lucro, de retorno financeiro, não é investimento.

Agora que você distingue cada opção, fica bem mais simples escolher onde aplicar seu dinheiro e fortalecer seu patrimônio. Lembre-se: educação financeira é um dos maiores ativos. Antes de decidir, aprofunde-se em fontes confiáveis — estude finanças, acompanhe podcasts como “O que tem na sua carteira?”, assista a especialistas no YouTube e leia reportagens e bons livros.