COMPORTAMENTO
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O termo afropaty ou preta patrícia dominou a internet nos últimos anos. Ele se refere a pessoas negras que possuem ou buscam uma ascensão econômica.
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Essas mulheres valorizam a estética, procurando estarem bem vestidas e maquiadas, mas o termo vai além disso, sendo mais político do que aparenta.
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Os negros sempre estiveram na base da pirâmide socioeconômica, logo quando ocorre essa ascensão é comum que eles sejam os únicos nos ambientes de luxo.
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Essa presença gera questionamentos das pessoas ao redor e vários outros debates. Mas afinal, o que é luxo?
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Para pessoas negras, viver com luxo é sinônimo de quebrar padrões de baixa renda que estão associados à elas, é estar em locais que antes não podiam.
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É até mesmo ajudar familiares a conquistarem coisas, sejam elas materiais ou ter um estudo de qualidade.
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A jornalista Larissa Cunegundes entende o luxo como a possibilidade de comprar algo que vai ser duradouro, cujo trabalho tem significado.
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Já a Luanda Vieira acredita que luxo é estar confortável com sua essência, sem precisar agradar a expectativa do outro. É ter um estilo de vida único.
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Claro que luxo pode ser também algo material, principalmente o primeiro item adquirido, uma vez que possui um peso emocional e social enorme.
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O processo de ocupação dos lugares luxuosos não é fácil, porque mesmo ali as mulheres não estão isentas do racismo e livre dos olhares alheios.
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Larissa relembra o fato de pessoas negras serem sempre julgadas e quando possuem algo de luxo elas são vistas como arrogantes que estão ostentando.
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"Pessoas pretas com poder aquisitivo alto incomodam muito a sociedade", finaliza a jornalista.
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Esses julgamentos fazem com que pessoas pretas duvidem de seu direito de estar naquele local, como relembra Luanda.
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Luanda reintegra a importância de normalizar o sucesso de pessoas negras, garantindo que cada vez mais indivíduos tenham a chance de viver o luxo.
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Da nossa parte, podemos dar ouvido a essas pessoas, permitindo que elas ocupem espaços cada vez maiores e mais diversos.
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