Women’s March: Bruna Linzmeyer

por Giulia Coronato

Bruna Linzmeyer foi eleita personalidade do ano na 21ª edição do Festival do Rio, no final de 2019. O evento, considerado o maior festival de cinema da América Latina, homenageou a atriz por seu trabalho e ativismo constante à comunidade LGBTQ+ e ao feminismo. Em seu discurso de agradecimento, ela disse: "Acho que é um desafio estar com esse microfone para falar em nome desse coletivo que é múltiplo, maravilhoso, imenso e muito maior que eu."

Por essas razões, nós também decidimos homenagear a atriz em nossa série dedicada ao Dia Internacional das Mulheres, o Women's March. Onde te apresentamos mulheres fortes e inspiradoras para você se apaixonar e, claro, apoiar o trabalho de cada uma. 

Vem descobrir essa força da natureza que é Bruna e prepara o follow, porque o Instagram da atriz é um aprendizado constante, sempre abordando temas necessários de forma bem humorada e educacional: 

Bruna Linzmeyer - Women's March - Women's March - Verão - Street Style


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Por ser atriz e modelo e se considerar uma mulher dentro dos padrões de beleza estabelecidos pela sociedade, Bruna Linzmeyer disse que é muito fácil se deixar levar por pressões e opressões que toda mulher sofre diariamente em torno de sua aparência. Mas, com o feminismo, ela aprendeu a se aceitar, se amar e ser grata pelo corpo que tem, que serve como instrumento de trabalho mas também de prazer.

Ao falar de feminismo e mulheres, Bruna diz que não precisamos caminhar sozinhas, que temos que nos apoiar e estar disposta a pedir ajuda e a dar ajuda quando solicitado. Ao fazer um ensaio para a Vogue e aparecer com pelos nas axilas, ela contou à revista: "Nascemos praticamente obrigados a ser heterossexuais; a mulher a depilar os pelos; a ser magra; a escolher certo tipo de profissão que está apta para fazer. O feminismo traz essa consciência e essa é uma luta individual e coletiva. O que eu penso sobre os pelos, especificamente: por que na mulher é sujo e no homem não? Que ideia é essa de sensualidade e sexualidade da mulher sem pelos? É uma desconstrução. Eu me depilei durante muito tempo da minha vida. Ter pelos já foi estranho para mim, mas hoje acho estranho uma mulher não ter pelos embaixo do braço."

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A atriz sempre falou abertamente sobre sua relação com seu corpo e como desde muito jovem seus pais sempre respeitaram suas vontades e seu corpo, deixando-a extremamente a vontade. "Eu sempre fui muito livre, eu sempre tive um acesso ao meu corpo muito validado e respeitado por mim e pela minha família." Ao participar do programa "Saia Justa" da GNT, Bruna também contou como ser uma mulher pansexual, que se relaciona com outras mulheres, também aumentou seu entendimento e respeito por seu próprio corpo e pelo dos outros.

No seu Instagram, Bruna sempre usa seu conteúdo, como legendas e fotos, para se posicionar e falar abertamente da sexualidade da mulher e de como devemos ter autonomia do nosso próprio corpo, sempre de forma bem humorada e politizada. Corra para a rede social da musa e fique atenta para as melhores legendas que você vai ver em toda sua vida!

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Bruna sempre disse que não gosta de se colocar em uma "caixinha" e somente se definir como uma coisa ou uma orientação sexual. Mas como uma pessoa que tem visibilidade, ela se sente na obrigação de falar e se posicionar em causas e movimentos em que acredita e faz parte, usando sua voz para um fim educacional.

A atriz hoje se define como pansexual. "Eu me apaixono por quem eu quiser, não importa se é mulher ou homem cis, não-binário ou trans; se eu quiser também, só transo, sem me apaixonar. Raspo meus pelos e meu cabelo ou pinto eles cor de arco-íris. Uso as roupas que me der vontade, largas, velhas, vestido de marca vermelho justinho. Salto alto, maquiagem, cara lavada. Me enfio em qualquer caixinha para ter certeza de que não pertenço a nenhuma delas. Para mim, meu prazer, meu corpo e meu amor são livres desses limites".

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