5 coisas que aprendi ao vender minhas roupas online

por Isabella Aredes

Para quem não me conhece, eu sou a Isabella Aredes, coordenadora de design do STL e uma pessoa que começou 2021 com um novo visual. Quem não acompanhou desde o começo da minha história, eu decidi vender minhas roupas, e agora estou aqui para contar sobre essa experiência. 

Depois de quase cinco meses desde o início do meu processo de troca de estilo, quando eu decidi vender quase todas as minhas roupas, finalmente consegui me desfazer de boa parte das minhas peças através de um bazar no Instagram para começar a montar um novo guarda-roupa de acordo com meu estilo. Se você se identifica com o processo de troca de estilo e quer saber tudo o que eu aprendi em cinco meses, continue comigo que, abaixo, te conto todos os detalhes:

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_o processo é mais trabalhoso do que parece

Não posso começar esse post sem falar sobre o quão trabalhoso é todo o processo de desapegar de quase todas as roupas do armário. Quando tomei a decisão de trocar de estilo e vender minhas roupas atuais para comprar coisas novas, achei que em um mês estaria com tudo resolvido, mas a verdade é que além de demorado, as vendas por Instagram são mais difíceis do que imaginei - e a logística mais complicada do que parece. O meu processo teve as seguintes etapas: 

- Primeiro passo: fiz uma  consultoria para definição da mudança de estilo com a Beta Weber, stylist parceira do Steal The Look, que foi uma das grandes responsáveis por eu ter conseguido chegar ao final desse processo com um estilo que realmente fazia mais sentido pra mim e com roupas suficientes no armário para não passar nenhum aperto no dia a dia.

- Separei todas as peças do meu armário: isso foi muito importante para entender bem o que fica e o que sai. A visualização de todas as peças me fez ver que eu tinha mais roupa do que eu imaginava e que definitivamente elas não combinavam com o meu estilo.

- Cataloguei todas as roupas que eu decidi vender com as seguintes informações: descrição, marca, valor pago (em média), média de uso, valor para venda, para quem eu vendi e o valor do frete. Pode parecer trabalhoso, mas essa planilha, além de me ajudar a precificar as peças, também me ajudou muito na logística de entrega.

- Fotografei as roupas à venda: para a primeira leva de peças, fiz um editorial com fotos bonitas para deixar o feed super legal e com um conceito bacana. Logo depois percebi que o público prefere praticidade e que a melhor forma de fazer isso (pelo menos para o meu Instagram) é tirar fotos bem vida real e postar diretamente nos stories.

- Postei as fotos e realizei a venda: mais uma coisa que parece ser super fácil, mas na prática não é. O processo de venda pelo Instagram é com certeza a forma mais certeira de lucrar com a venda das peças, afinal não existe nenhuma taxa sobre o serviço. Mas isso significa que você terá que organizar a fila de vendas, conferir se o pagamento caiu ou não, lidar com pessoas pedindo para reservar algo e nunca mais responder - e outros problemas que quase me fizeram desistir do processo e colocar tudo em alguma plataforma mesmo pagando uma taxa alta.

- Embalei tudo e fiz as entregas: mais uma das coisas que me surpreendeu durante o processo foi descobrir o quanto é complicado embalar um produto para entrega e ajustar todos os trâmites do envio. Nunca imaginei que usaria tantas caixas e que um software facilitaria tanto minha vida quanto foi o Melhor Envio. A dica foi de uma seguidora e me poupou 2 dias de trabalho. Para entregas em São Paulo, eu usei o Click entregas, que é um site de motoboys que tem o preço mais em conta.

- Fiz a contabilidade e comprei algumas roupas novas para começar a mudança oficial de estilo: essa é definitivamente a melhor parte do processo até aqui! Garimpar diversos brechós e lojas em promoção em busca de peças que condizem com o meu novo estilo foi uma das coisas mais legais que fiz no ano passado. O dinheiro obviamente não deu para construir um novo armário completo, mas o processo foi super gostoso e com certeza mudou minha relação com a moda.

_antes de tudo, pense na logística

Como dito anteriormente, a parte da logística foi a mais complicada pra mim: desde arrumar caixas de papelão para colocar as roupas vendidas até me organizar para carregar tudo até a transportadora. Duas ferramentas que me ajudaram a não surtar durante o processo foi a Melhor Envio, que já faz o cálculo do frete e gera as etiquetas para envio rápido (você só precisa deixar as caixas na transportadora e pronto!) e o Click entregas, que é uma plataforma online que faz o contato com o motoboy e eu usei para entregas dentro de São Paulo.

_esteja preparada para diminuir (MUITO) o seu guarda roupa

Este é um ponto que eu já imaginava antes de começar o processo: minha quantidade de roupas no armário diminuíram drasticamente - e eu ainda estou longe de conseguir comprar tudo o que eu preciso para ter meu armário cápsula dos sonhos. Para esse momento de transição, investi em peças curingas que eu vou conseguir repetir várias vezes e que fazem total sentido com o meu novo estilo. Por enquanto, como eu quase não estou saindo de casa, está funcionando muito bem. Quando a pandemia acabar, com certeza vou precisar de mais algumas peças para conseguir montar looks sem precisar lavar as roupas 3 vezes por semana.

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_teste todos os formatos de venda

Como dito anteriormente, o Instagram é a forma mais rentável de vender suas roupas. Você não paga taxa de serviço e consegue negociar diretamente com quem está comprando suas peças. Mas depois de todo o processo, eu não descartaria o uso de alguma plataforma como a Repassa, Troc ou Enjoei para vender minhas roupas. Apesar do lucro sobre as peças ser em média 30% menor, você vai poupar MUITO tempo com a logística de fotos, transporte e negociação. Caso você ainda queira vender pelo Instagram, as minhas dicas são:
- Faça pelo seu próprio perfil;
- Seja o mais vida real possível: o dia que eu mais vendi peças foi quando eu desapeguei do feed perfeito e postei as peças com selfies direto dos stories;
- Faça o esquema de quem pagar primeiro leva: aconteceu muito de pessoas reservarem peças que outras tinham interesse e desistirem 2 dias depois, o resultado quase sempre é perder a venda;
- Facilite a vida de quem está comprando oferecendo várias formas de pagamento, como o PIX, Pic Pay (que permite a pessoa a usar o cartão de crédito) e transferência bancária.

_tenha tudo sob controle

Me despeço dessa experiência com uma informação valiosa: planilha salva vidas! Se eu pudesse te dar uma única dica, ela seria para catalogar tudo o que você tem, desde o tamanho da peça, o desconto dado, o valor do frete e até o @ do Instagram da pessoa que comprou. Na hora de fazer as entregas e conferir os pagamentos, você poupará MUITO tempo e terá total controle do que entrou de dinheiro. 

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